sábado, 20 de junho de 2020

Filme – “Dios se lo pague” – uma noite de desapontamentos; despedidas e palavras amargas; grupo junto ao piano também sabe machucar com ilações sobre a ausência do anfitrião; refletindo sobre os muitos momentos de solidão e desprendimento de Alvarez; Péricles Richardson aparece para flertar a dona da casa; ela se chama Nancy e aos poucos aceita um diálogo mais amistoso com o pretendente; o doutor Silva se despede

Talvez seja interessante retomar https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2020/06/filme-dios-se-lo-pague-membros-da.html antes de ler esta postagem:

A infeliz mulher se coloca diante de um grande espelho... Vê-se que está a ponto de chorar. A custo ela sufoca seu pranto e logo os ponteiros do relógio apontam para as três da madrugada. Junto ao piano há um grupo animado que, de certo modo, contribui para que os convidados se esqueçam um pouco da ausência de Alvarez.
(...)
Boa parte já havia se despedido... Ela se aproximou dos que estavam ao piano e agradeceu, disse-lhes que eram convidados perfeitos... Eles retribuíram e disseram que ela era uma perfeita anfitriã. Uma das mulheres disse que aguardavam Alvarez para cumprimentá-lo... Ele gostava de música clássica, podia mesmo ter aproveitado algum concerto... Alguém perguntou se ele estava bem de saúde e ela confirmou que não havia nada de errado com o marido. No momento só queira agradecer-lhes por terem animado a festa. Uma das convidadas quis saber se ele ainda chegaria... Ela respondeu que era possível e se retirou.
Outro que se despedia pediu-lhe que mandasse lembranças ao Alvarez. Depois emendou que acreditava que ela lhe faria uma cena de ciúmes por não ter aparecido durante a festa... Ela negou, garantindo que não era do tipo ciumenta. Alguém sugeriu que protestasse ao marido o seu pouco caso com o evento.
(...)
A casa foi ficando mais esvaziada... A cada minuto que passava a mulher perdia sua condição de conter a decepção. Cada um que saía a constrangia um pouco mais. Isolou-se a um canto e refletiu sobre outras ocasiões em que o marido a deixou por noites inteiras... Muitas vezes jantou sozinha. Dizia que já se acostumara, mas no fundo tinha muito a lamentar.
Um tipo aproximou-se e ofereceu-lhe uma bebida dizendo que ela estava mesmo precisando... Ela o olhou e notou que o conhecia... Respondeu que precisava era de que ele se fosse, pois já fizera mal em ter aparecido.
Não era outro senão o Péricles Richardson, aquele playboy, filho de rico industrial... Pelo visto ele não havia esquecido da ocasião em que permaneceram algum tempo juntos no cassino. Ele confessou exatamente isso, estava obcecado... Disse que desde aquela ocasião não a tirara mais de seus pensamentos. Precisava falar-lhe.
Ela estranhou... Acaso queria tratá-la com deboche? Alguma chantagem? Seria uma perda de tempo dizer ao Alvarez que a conhecera na casa clandestina de jogos! Ele se esforçou para mostrar que jamais faria uma coisa dessas...
Apesar do seu padecimento, a mulher defendeu o marido ao dizer que se tratava de um homem íntegro e acima das convenções sociais. O tipo foi direto ao assunto e cravou que não o conhecia e tampouco se interessava pelo Alvarez. Ela o interrompeu e perguntou se queria saber se eles haviam se casado, e respondeu no mesmo instante que não... Além disso a tão falada viagem ao exterior havia sido uma farsa para encobrir aparências.
Péricles respondeu que suspeitava exatamente o que ela acabara de lhe dizer. Ela vociferou que, já que tinha certeza, podia espalhar aos demais de seu círculo. Talvez assim deixassem de frequentar a casa de Alvarez. Para ela seria um grande favor, já que não suportava mais tanta hipocrisia.
O tipo sentiu-se na condição de indagar mais... Quis saber se ela vivia feliz. Ela respondeu que possuía mais do que sonhara ter na vida. Ele a pressionou perguntando se tinha certeza do que dizia... E como não podia ser verdade, pois se dispunha a viver junto do homem mais velho que não a vinculava a mais nada? O rapaz explicou que gostaria de ter certeza do que acabava de ouvir, assim deixaria de pensar nela... Isso trazia-lhe sofrimento.
Do modo como Péricles falava, parecia-se mais com um adolescente... Ela disse-lhe isso e é neste momento que ficamos sabendo que a protagonista se chama Nancy... Ele lhe pede perdão. Ela ficou surpresa de o outro já saber o seu nome. Disse-lhe que não o queria lhe seguindo pelas ruas ou lhe telefonando descaradamente. Esse tipo de coisa poderia comprometê-la, e ela não aceitaria de nenhum modo. Ele mesmo disse que não sabia se conseguiria evitar.
Nancy tocou-lhe o braço e garantiu que, dependendo de como se comportasse, poderiam ser bons amigos. Neste mesmo momento chegou o doutor Silva que vinha atrás do amigo, pois chegara a hora de se retirarem. Nancy chamou Thomaz para providenciar a retirada dos dois. Ao doutor, Nancy sugeriu que voltasse sempre e que trouxesse o seu simpático amigo mais vezes.
(...)
Não há dúvida... O doutor Silva era o convidado que chegou à casa falando bem do ambiente e de suas festas... Ele trouxe um companheiro que não frequentava o local. Agora sabemos que este se tratava do Péricles.
Indicação (não informada)
Um abraço,
Prof.Gilberto

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