As atividades propostas para estas aulas podem contemplar recorte de conteúdos a partir dos tópicos História; Cidadania; Ética; Diversidade Cultural.
Objetivos: a partir do estudo de Meu Avô Africano, de Carmen Lucia Campos (São Paulo, Panda Books - 2014) e análise das ilustrações de Laurent Cardon (contidas no livro) pretende-se:
* Possibilitar a reflexão sobre o escravismo no Brasil do século XIX;
* Analisar as diferenças entre a imigração europeia e a transferência compulsória a que africanos foram submetidos;
* Garantir o debate acerca da diversidade cultural de nosso povo e da valorização dos vínculos de nossa identidade com a África e os descendentes de africanos.
Principal expectativa: Valorizar Atitudes de Respeito à Diversidade Étnica e Cultural.
Três aulas: Leitura compartilhada de Meu Avô Africano, de Carmen Lucia Campos (São Paulo, Panda Books - 2014) e análise das ilustrações de Laurent Cardon (contidas no livro); registros de síntese das discussões do grupo.
Duas Aulas: Leitura de fragmentos selecionados e discussão em torno de questões propostas para elaboração de síntese de respostas (duplas).
(...)
Anexos – Fragmentos e Questões:
Trechos do livro:
O
vô Zinho disse:
“Quando
você nasceu, fiquei muito feliz. Você foi o primeiro neto da família. Sua mãe
me deu a honra de escolher o seu nome. (...) Eu queria uma palavra que
lembrasse a terra de seus antepassados... Finalmente encontrei Iori, de origem
africana”... “Iori quer dizer ‘a força da luz’”.
“A
gente come feijoada, moqueca e bobó, dança samba, faz batucada, joga capoeira e
nem lembra que tudo isso tem a ver com os escravos africanos”.
A Tia Jô explicou que:
“senzala era o lugar
onde os escravos viviam antigamente. Era um local muito apertado, sujo, sem
janelas”...
“O baobá é uma árvore
imensa que vive até 6 mil anos e pode ficar mais alta que um prédio de 10
andares! Ela é sagrada no Senegal e em outros países africanos”.
“Os europeus e
asiáticos escolhiam vir para o Brasil e eram pagos pelo seu trabalho. Já os
africanos eram comprados em sua terra como mercadoria, Viajavam em navios
superlotados, sujos e recebiam pouca comida e água. Muitos morriam durante a
viagem e os que chegavam estavam bem fracos e doentes e viravam escravos, sem
qualquer direito”.
Os escravos se
revoltavam... “Eles iam para o meio do mato e lá formavam comunidades, os
quilombos, onde voltavam a ter liberdade e podiam seguir novamente sua
religião, seus costumes, que os senhores, os ‘seus donos’, proibiam”.
“A África não é só o
lugar de miséria que mostram na televisão. Ou de pessoas com roupas coloridas
que cantam e dançam com muito ritmo. Tem muito mais lá do que selvas e caçadas
de leões e elefantes. Há uma cultura rica e muita história. Os primeiros homens
que surgiram na Terra nasceram no continente africano”.
Vítor concluiu:
“Depois de fazer o
trabalho para a escola, mudei de opinião sore a África. Percebi que a terra dos
meus antepassados é muito bonita e importante de verdade. Comecei a perceber
que há negros famosos não só no futebol. Há cantores, músicos, atores, top models
e até presidente dos Estados Unidos!”
Questões
Consulte os registros
elaborados durante as discussões e os fragmentos selecionados.
1) Há uma parte da história
em que a família de Vítor viaja para o litoral.
Ao passarem pela Rodovia
dos Imigrantes, a tia Jô explica que o nome da estrada é uma homenagem aos
imigrantes que vieram ao Brasil para trabalhar (deu exemplos: espanhóis,
portugueses, italianos, japoneses entre outros).
Os africanos transferidos
para o Brasil também podem ser considerados imigrantes? Por quê?
2) Vô Zinho e Tia Jô
ajudaram Vítor a pesquisar sobre a Nigéria e alguns outros países da África.
Vítor pensava que a África
fosse um lugar de miséria, pobreza e gente cantando e dançando com roupas
coloridas.
Por que as pessoas quase
sempre pensam isso sobre a África?
3) Vítor descobriu muitas
coisas sobre a Nigéria e a África que ele não conhecia, cite algumas.
4) Cite algumas tradições
brasileiras que foram introduzidas pelos africanos.
5) Quais informações
mostram que os escravos tinham razão em se revoltar? Explique qual era a forma
mais comum de revolta dos escravos.
6) Qual das explicações
dadas pela Tia Jô você achou mais interessante? Por quê?
Leia: Meu Avô Africano. Panda Books.
Um abraço,
Prof.Gilberto