quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Revolução Industrial e trabalho infantil

Esses fragmentos selecionados da antiga coletânea de textos de História são importantes para um estudo acerca das condições das primeiras fábricas durante a primeira fase da revolução industrial inglesa.

Em sua maioria, as fábricas eram improvisadas, já que aos empresários interessava o maior lucro possível. É claro que, para isso, agregavam também grande quantidade de crianças e trabalhadoras exploradas em longas jornadas, com péssimos salários...

O texto permite vislumbrar as conclusões a que os comissários encarregados das investigações chegaram... Leva-nos à reflexão sobre a condição da criança numa época em que não podemos dizer que havia infância tal como conhecemos...

As crianças significavam bocas a mais para alimentar... Eram empecilhos dos quais muitos queriam se livrar e, assim, não se importavam em alugá-las a empresários gananciosos...

Muito comuns são os relatos sobre bandos que se especializaram em explorar órfãos...

O final do século XVIII e início do XIX foram marcados por vários sofrimentos provocados pela industrialização e exploração do proletariado... Pretendo registrar outro documento da mesma época... Acerca dos bairros operários ingleses... Por hora apreciem este aí. Muitos de vocês já o conhecem...

Report of commissioners in the employment of children in factories – 1838 - Condições de trabalho no Relatório dos Comissários do Trabalho Infantil, extraído de “Coletânea de documentos históricos para o 1º Grau”. SEE.CENP.


O presente relatório reuniu, também, uma grande quantidade de provas sobre os diversos aspectos das condições das fábricas, que exercem importante influência na saúde dos trabalhadores, adultos e crianças.

Nas fábricas antigas e pequenas o relato uniforme é: suja; mal ventilada; mal drenada; sem banheiros ou vestiários; sem exaustores para a poeira; maquinaria solta; passagens muito estreitas; alguns tetos são tão baixos que se torna difícil ficar em pé no centro da sala... Disto resulta: - Que as crianças empregadas em todos os ramos de manufatura do Reino trabalham o mesmo número de horas que os adultos; - Que os efeitos de trabalho tão prolongado são: a deterioração permanente da constituição física; a aquisição de doenças incuráveis; a exclusão (por processo de fadiga) dos meios de obtenção da educação adequada; - Que na idade em que as crianças sofrem prejuízos com o trabalho elas ainda não são emancipadas, sendo alugadas e seus salários recebidos pelos pais ou responsáveis.

Um abraço,
Prof.Gilberto

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