segunda-feira, 30 de junho de 2014

“A droga da obediência”, de Pedro Bandeira – o detetive Rubens pertence ao esquema da “Pain Control”, Calu e Caspérides correm sérios riscos; Miguel conhece mais instalações da “Pain Control”, recebe dados assustadores sobre os testes em cobaias humanas e vê a “Cobaia 14” em ação

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Poderíamos imaginar que a sorte dos “karas” estivesse mudando... A chegada do detetive Rubens à sala onde estavam Calu e o cientista Caspérides parecia providencial... A sua solicitude os protegeria e daria conta de acabar de uma vez por todas com a malvada trama do Doutor Q.I.
Mas infelizmente o agente policial não era uma pessoa do bem... Rubens era o tipo afinado com a “Pain Control” e que colaborava de todas as formas possíveis com o projeto da Droga da Obediência... De fato, Bandeira conseguiu formatar uma trama que levou muitos a conclusões enganosas.
(...)
Calu percebeu o seu erro logo que foi atirado no fundo do camburão, onde foi trancado juntamente com Caspérides. Percebeu que Rubens funcionou o veículo e saiu velozmente sem ao menos perguntar qual era o endereço da “Pain Control” ao cientista...
A viatura estava tão rápida que quase atropelou um casal de mendigos que estava próximo à saída do estacionamento da delegacia...
E o detetive Andrade?
Pelo visto ele não compactuava e nem tinha conhecimento do envolvimento do companheiro de investigações... Ele ficou muito assustado ao saber que o outro havia se retirado das dependências levando o Zé da Silva e outro jovem detento num camburão... Percebendo que algo de errado estava acontecendo, saiu correndo em disparada e no caminho quase passou por cima do casal de mendigos.
(...)
Mas precisamos retornar à realidade de Miguel...
Como sabemos, ele estava preso numa das dependências da “Pain Control”, para onde havia sido levado pelos capangas da empresa... O Doutro Q.I. já havia conversado com o garoto através da tela, falando-lhe com entusiasmo a respeito de seus planos. Ele esperava contar com a colaboração do rapaz, a quem reservara lugar de preeminência.
É claro que Miguel repudiou a tudo que ouvira. Jamais compactuaria com um projeto tão abominável quanto aquele de transformar a humanidade em “formigas obedientes” a partir da Droga da Obediência... Apesar disso, sentia que estava em posição de agir contra a paranoia... Precisava de tempo para pensar.
Trouxeram-lhe farta refeição, mas, embora estivesse faminto, não tocou em nada porque os alimentos podiam conter a substância venenosa.
O moço voltou a dormir sem ter qualquer noção a respeito do relógio da natureza... Sequer sabia há quanto tempo estava ali... O fato é que foi despertado pela voz metalizada do Doutor Q.I ., cuja silhueta aparecia na tela. Em síntese, o tipo explicou-lhe que seria conduzido a outras dependências da “Pain Control” e teria oportunidade de conhecer mais sobre a “nova era” que se iniciava.
Um funcionário acompanhou Miguel... Conforme passavam de um ambiente para outro, novas telas eram acionadas automaticamente, assim o Doutor Q.I. conseguia explicar tudo ao líder dos “karas”.
(...)
Miguel conheceu o local de produção da droga em suas mais diversas configurações (pó, comprimidos...). O Doutor Q.I. disse que pensavam em inseri-la em cigarros... Jovens seriam treinados para oferecer a droga em escolas e, em pouco tempo, a moçada do mundo inteiro estaria controlada. Esse passo era importantíssimo para se iniciar a Will Control, ou seja, o “controle de todas as vontades”.Ao chegarem a um ginásio, o empregado entregou uma planilha a Miguel... O Doutor Q.I. prosseguiu explicando os vários resultados que haviam obtido com os testes em cobaias humanas... Os dados davam conta de que elas superavam os recordes mundiais detidos por reconhecidos atletas internacionais, e em várias modalidades (corrida, salto em altura...).
Miguel pôde observar a “Cobaia 14”, uma garota que já estava correndo ininterruptamente por vinte horas... A pequena não apresentava o menor sinal de cansaço e detinha a espantosa marca de uma hora e cinquenta minutos para os 42 quilômetros que correspondem à maratona!
Sem dúvida, algo medonho de se ver... Mas a voz metalizada do Doutor Q.I. era só entusiasmo.
Leia: A droga da obediência. Editora Moderna.
Um abraço,
Prof.Gilberto

domingo, 29 de junho de 2014

“A droga da obediência”, de Pedro Bandeira – Calu conseguiu entrar na delegacia e, graças ao seu talento e ao tumulto local, contatou Caspérides; o detetive Rubens coloca-se à disposição para protegê-los e libertar os estudantes sequestrados

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Vimos que Crânio conseguiu descobrir que o doutor Márius Caspérides estava escondido na delegacia, onde se fazia passar pelo perigoso Zé da Silva, um assaltante de bancos. O seu raciocínio foi perfeito e isso convenceu Magrí e Calu. Assim, ainda que estivessem preocupados com Miguel, decidiram partir para a ação na delegacia.
(...)
A delegacia estava que era um alvoroço só... Ao mesmo tempo em que policiais chegavam e partiam em viaturas apressadas, o ambiente estava carregado de pessoas agitadas por compromissos diversos. Parecia mesmo que vários advogados haviam combinado de aparecer no mesmo momento daquela quinta-feira.
O alvoroço permitiu que Calu entrasse sem ser notado. É claro, graças aos seus truques de maquiagem, ele estava muito transformado... Os funcionários nem se davam conta de que o tipo que chegou com uma pilha de livros que devia ser entregue ao delegado era na verdade um dos garotos do Elite dado como desaparecido.
Percorrendo as diversas salas, Calu reconheceu o que se passava em cada uma delas... Ele mesmo atendeu o telefonema do delegado Boanerges, que estava informando que se atrasaria para o expediente.
Excelente imitador, Calu não teve dificuldade em se passar pelo delegado. Na sequência, ligou para a carceragem, onde um entediado funcionário recebeu ordem de conduzir o preso Zé da Silva (o do assalto ao banco no centro da cidade) até a sua sala... O carcereiro algemou o detento e seguiu até o doutor Boanerges. A sala estava vazia, e foi do banheiro que Calu, dando à sua imitação ares truculentos, exigiu que o criminoso fosse deixado sozinho... O carcereiro devia ficar do lado de fora, trancar a porta e montar guarda.
(...)
Calu saiu do banheiro e foi direto ao assunto com Caspérides. Disse que sabia quem ele era na verdade, que tinha uma foto sua e que ele não precisava temer porque era amigo e estava ali para libertá-lo... O confuso bioquímico mostrou-se ainda mais atrapalhado e conseguiu responder apenas que não pretendia ser libertado.
O garoto não perdeu tempo, disse que o assunto dizia respeito à Droga da Obediência e que ele deveria ajudá-los a libertar mais de vinte estudantes que estavam sendo mantidos em algum cativeiro como cobaias... Calu explicou que infelizmente não podiam contar com a polícia porque havia agentes infiltrados que colaboravam com o esquema criminoso...
Depois Calu teve de falar rapidamente sobre como havia se passado pelo delegado Boanerges... Ele queria que Caspérides se convencesse de uma vez por todas, então disse que a situação era crítica e que dois inocentes já haviam sido assassinados...
A informação deixou Caspérides muito sensibilizado... Ele disse que se sentia culpado por aquela tragédia e que tudo se passava na “Pain Control”... Calu quis saber o que era aquilo.
(...)
Essa conversa entre Calu e Caspérides (ou pelo menos boa parte dela) foi ouvida pelo detetive Rubens... De repente ele entrou na sala pedindo que não se assustassem com a sua presença... Esclareceu que sabia quem era Calu, e explicou que ficou preocupado ao escutá-lo sobre a atuação gente da polícia envolvida no esquema criminoso... Ressaltou que policiais honestos como ele não permitiriam que aquilo prosseguisse, e que sua missão era prender a quadrilha inteira...
Calu sentiu firmeza nas palavras que ouviu e falou da suspeita que ele e os amigos tinham em relação a um policial gordo e careca... Rubens emendou que se tratava de Andrade, de quem ele também tinha certa desconfiança. Depois disse que não podiam permanecer na delegacia, pois se Andrade estava no esquema, de fato, corriam um sério perigo...
Rubens explicou que sairiam num camburão e que entraria em contato com o pessoal de outra delegacia para que o caso da “Pain Control” fosse resolvido, assim os estudantes sequestrados podiam ser libertados... O detetive esclareceu que teria de algemar Calu para que não despertassem desconfianças enquanto saíssem.
Pouco tempo depois, o detetive Rubens saía pelos corredores da delegacia conduzindo dois tipos algemados...
Enquanto seguiam para o estacionamento, o policial brincava com um molho de chaves que levava num de seus bolsos.
Um abraço,
Prof.Gilberto

sábado, 28 de junho de 2014

“A droga da obediência”, de Pedro Bandeira – O Doutor Q.I. conversou com Miguel apresentando as “vantagens” de seu projeto; o plano incluía a dominação de toda a humanidade; um convite diabólico

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Cada vez que o Doutor Q.I. soltava a sua voz metalizada, Miguel se surpreendia... Principalmente porque o vilão mostrava que conhecia muito a seu respeito... Ele falou os nomes de Crânio, Magrí e Calu e deu a entender que possuía o controle de várias situações... Isso deixou Miguel muito irritado... Mas o pior é que estava em condição desfavorável... Restava-lhe ouvir o que o outro tinha a dizer.
(...)
Então ele ficou sabendo que estava na “Pain Control”, uma poderosa indústria farmacêutica que, apesar de desconhecida, controlava muitas empresas do ramo... O vilão deixou bem claro que sabia dos planos de Miguel ao causar a impressão de que ele e os comparsas haviam sido sequestrados, quando na verdade estavam escondidos e tramando contra o projeto que ele desenvolvia com tanto afinco.
É claro que essas palavras preocuparam Miguel... Mais uma vez, por sua causa, pessoas de quem gostava corriam perigo... Mas considerando suas limitações, apenas disse que não era correto utilizarem pessoas sadias para fazer experiências com medicamentos, e que remédios devem servir apenas aos doentes.
(...)
O Doutor Q.I começou a falar freneticamente. Reconheceu que o garoto era muito inteligente, porém precisava saber que a “Pain Control” possuía um plano que ninguém conseguiria conter... O próprio significado “Controle da Dor” já era uma indicação do que ela era capaz de realizar... Não demoraria e todos os habitantes do mundo seriam atingidos pelas garras da indústria... A quantidade de dor e de moléstias, duração da vida humana, e até mesmo o número de novos nascimentos ou de mortes seriam definidos pela “Pain Control”... Assim como a sociedade das formigas, os humanos viveriam uma realidade absolutamente perfeita.
Miguel não podia acreditar no que ouvia... A voz metalizada não interrompeu sua falação até anunciar que era por tudo aquilo que faziam os testes com a Droga da Obediência... Futuramente teriam condições de controlar até a vontade das pessoas em qualquer parte do mundo.
(...)
O Doutor Q.I. falava sobre essas coisas e se empolgava ao garantir que o sucesso do empreendimento só traria vantagens para a sociedade... Ninguém mais demonstraria nenhuma iniciativa nem mesmo para protestar contra uma ordem recebida... Isso simplesmente significaria o fim de revoluções, pois ninguém mais expressaria qualquer tipo de vontade. Os únicos desejos válidos seriam os do próprio Doutor Q.I., incutidos nos organismos dos viventes.
O quadro que foi apresentado para Miguel era algo que ele jamais poderia imaginar. As palavras que ouviu eram diabólicas... Conseguiu dizer que aquelas ideias significavam a destruição do ser humano e que o líder daquele empreendimento não passava de um louco...
O poderoso chefe da “Pain Control” respondeu que o rapaz devia pensar melhor, pois tudo é relativo e que “a verdade tem várias facetas”... Se ele se esforçasse para pensar um pouco mais, entenderia que o desenvolvimento do projeto proporcionaria uma realidade “de paz, sem conflitos ou turbulências”... Depois disso provocou afirmando que sabia que Miguel diria que “só existe uma verdade”, mas acrescentou que ele deveria ter a humildade de reconhecer que a verdade estava nas mãos dele.
Miguel passou a falar sobre uma série de desvantagens que a obediência cega promoveria, principalmente a repetição de erros antigos... Em contrapartida, garantiu que a liberdade possibilita a sobrevivência da humanidade, e que o progresso só ocorre quando há respeito às divergências...
(...)
Novamente o Doutor Q.I. o provocou dizendo que, enquanto liderança estudantil, também ele assumia comportamento ditatorial ao não permitir que “opiniões idiotas” atrapalhem as deliberações que defende. O vilão fez questão de garantir que aquilo era uma postura louvável... Até por isso ele o convidava para participar da “Pain Control”...
Miguel, então, faria parte de uma elite jovem e inteligente... O convite foi feito porque o rapaz tinha o reconhecimento da empresa. Ele não precisaria tomar a droga, pois sua posição seria de comando ao lado do grande chefe.
(...)
O final da conversa foi de total pasmo. Miguel não deu nenhuma resposta. Em vez disso aparentou refletir sobre tudo o que ouvira... O Doutor Q.I. se animou e disse que esperava contar com a ajuda de jovens como ele... Garantiu que em breve conheceria a Droga da Obediência e que alguém o apanharia para uma visita a outras instalações.
O tipo não conseguiu esconder a ansiedade e o desejo de ouvir uma resposta positiva de Miguel. Mas isso ficaria para depois.
Leia: A droga da obediência. Editora Moderna.
Um abraço,
Prof.Gilberto

quinta-feira, 26 de junho de 2014

“A droga da obediência”, de Pedro Bandeira – Crânio, Magrí e Calu leem o arquivo de Márius Caspérides; Crânio conclui que o cientista entendia que só na prisão se livraria dos criminosos da “Pain Control”; Miguel detido

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Calu, Crânio e Magrí conversaram a respeito de suas últimas descobertas... Eles se reuniram novamente no esconderijo que os “karas” mantinham no Elite. A garota foi fundamental para a reconstituição da conversa que tinha ouvido entre os dois bandidos que estavam na casa de Caspérides... Então ela garantiu que aqueles tipos estavam à captura do bioquímico (citado como “a chave” por Chumbinho) porque certo Doutor Q.I. os ameaçava.
Crânio cogitou que aquele só podia ser a cabeça por trás do projeto macabro... Alguém de elevado quociente de inteligência com o qual deveriam cedo ou tarde lidar...  Para o pensador do grupo o desafio era instigante, sobretudo porque poderia provar que sua capacidade de raciocínio era muito maior do que a do misterioso vilão.
Graças a um computador portátil que mantinham no esconderijo, os três puderam ler o arquivo que copiaram da máquina de Caspérides... Entenderam que ele havia criado uma droga muito poderosa e concluíram que os jovens estudantes sequestrados só podiam estar sendo usados como cobaias em testes.
(...)
Magrí lamentou a demora de Miguel... O desanimado Calu concluiu que, assim como os bandidos, eles também estavam muito longe de Caspérides...
A observação do amigo foi como que um incentivo para Crânio refletir sobre as situações que eles conheciam... Lembrou que, de acordo com os bandidos, o cientista foi por eles perseguido até o centro da cidade, onde ocorria um assalto a banco.
Para Crânio havia uma forte relação entre a fuga de Caspérides e o assalto... De acordo com o seu raciocínio, não seria de se estranhar se o próprio cientista resolvesse invadir o banco e anunciar um assalto. Para justificar esse pensamento, Crânio emendou que a situação dele era das mais delicadas por estar sendo perseguido por bandidos armados... Apesar dessa fragilidade, o bioquímico contava com sua inteligência e, assim, não teria sido por acaso que se faria passar por um “Zé da Silva”.
Podia ser mesmo isso... Aos poucos, Crânio convenceu seus dois parceiros de que os infiltrados na polícia podiam nem conhecer a aparência do cientista foragido... Se a hipótese estivesse correta, o homem que eles precisavam encontrar devia estar na delegacia onde trabalhavam os detetives Andrade e Rubens, onde alguém libertou os brutamontes avistados na casa de Caspérides.
(...)
As ideias que trocaram levaram os três “karas” a entender que, se quisessem mesmo encontrar o cientista citado na mensagem de Chumbinho, teriam de organizar um plano para agir na delegacia...
Calu lembrou que “Zé da Silva” é um nome bem comum, e que naquele local devia haver vários “Zés da Silva”... Magrí fez nova referência sobre a demora de Miguel... Calu disse que talvez ele tivesse encontrado o verdadeiro Bino... Mas o que podiam fazer àquela avançada hora da noite?
Crânio sugeriu que descansassem por algumas horas.
(...)
Como sabemos, Miguel estava nas dependências da “Pain Control”... Ele despertou e a tela diante de sua cama se iluminou apresentando a silhueta do Doutor Q.I. e emitindo o som de uma voz metalizada... O garoto quis saber como é que sabiam o seu nome, e ouviu da misteriosa voz que se sabia muito mais a seu respeito.
Miguel rebelou-se. Falou que queria sair imediatamente dali e que ninguém tinha o direito de mantê-lo preso... A esse respeito, a voz distorcida respondeu que ele não estava em condições de discutir a sobre direitos... Por fim, disse que Miguel poderia chamá-lo de Doutor Q.I.
Leia: A droga da obediência. Editora Moderna.
Um abraço,
Prof.Gilberto

terça-feira, 24 de junho de 2014

“A droga da obediência”, de Pedro Bandeira – Miguel encontrou Bino, ou Bino encontrou Miguel?; capangas da “Pain Control” se infiltraram na casa de Caspérides; excelente trabalho de Crânio e Magrí

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É isso mesmo. Miguel estava se desvencilhando do disfarce no banheiro do Logos quando Bino se aproximou... Num primeiro momento, o líder dos “karas” ficou sem saber o que fazer porque a aproximação foi surpreendente... Deu um jeito de fazer a peruca cair no cesto de papel sem que o outro percebesse... Mas ficou imaginando que podia ser que o tipo o reconhecesse.
De qualquer forma, Miguel tratou de conversar o mais naturalmente que podia. Respondeu que havia começado a estudar no Logos naquele ano... Bino disse que tinha acabado de se matricular.
Conforme o pequeno bandido falava, Miguel percebia que, de fato, tratava-se mesmo do Bino do Elite, porém completamente modificado para despistar as investigações... O plano dos marginais era perfeito.
O tipo foi direto ao assunto... Quis saber se Miguel estava com algum problema... E já que foi assim, Miguel emendou que estava desanimado.
Sem perder tempo, Bino disse que possuía algo que poderia melhorar o seu astral, um negócio “da pesada”.
(...)
Foi tudo muito rápido... É como se ele soubesse que o aliciado não ofereceria mesmo nenhuma resistência... De repente, já estavam fora do colégio e caminhando pela Avenida Rebouças.
Miguel estranhou, mas não podia deixar a chance escapar. A van parou próxima dos dois. A porta mal se abriu e ele foi atirado para o fundo do carro... O garoto foi entorpecido com um pano umedecido em clorofórmio.
Como sabemos, não era assim que o pessoal do Doutor Q.I. atuava quando saía em busca de novas cobaias.
(...)
Miguel despertou na “Pain Control”. Subtraíram-lhe os disfarces que restavam e o abandonaram num quarto sem janelas... A cama não era das mais confortáveis, mas não se pode dizer que o ambiente fosse dos piores... Ao despertar, viu que na parede à sua frente estava uma tela... Não demorou e ela funcionou.
A silhueta do Doutor Q.I apareceu chamando-lhe pelo nome e anunciando que ele estava sendo aguardado.
(...)
Magrí e Crânio seguiram para o endereço de Márius Caspérides indicado pela lista telefônica... Chegaram com cuidado à casa localizada na Vila Mariana... Fizeram-se passar por um casal de namorados para não despertar atenção das demais pessoas. Bem próximos do local puderam ouvir sussurros que vinham do interior... Havia pessoas lá dentro, e pelo visto elas também estavam à espera de Caspérides, pois falavam a respeito de sua demora.
Percebendo essa situação, Magrí e Crânio prosseguiram encenando um par romântico e andaram pela calçada... Notaram que um carro preto estacionado próximo à esquina fazia parte da trama que se desenrolava na casa do bioquímico... Viram que o tipo do veículo estava dormindo profundamente, então concluíram que certamente já fazia um bom tempo que os bandidos haviam se instalado ali para atocaiar o cientista.
Não tiveram problemas para se aproximarem mais da casa... Magrí, que era uma excelente ginasta, fez acrobacias que a colocaram de ponta cabeça no beiral... Como um grande morcego camuflado pela escuridão, ela pôde ouvir mais detalhadamente que os dois brutamontes conversavam exatamente sobre Márius Caspérides...

Eram o Coisa e o Animal... Eles estavam ali para matar o cientista... Conforme falavam, revelavam que também eles corriam risco, já que, se não o eliminassem, seriam punidos pelo Doutor Q.I.
Magrí ouviu a tudo isso com muita atenção. E foi assim que ficou sabendo também que os atrapalhados capangas da “Pain Control” desconfiavam que Caspérides estivesse foragido... Não se conformavam de o terem perdido durante a perseguição pelo centro da cidade, justamente quando ocorria o assalto ao banco na região da Praça do Patriarca... Lamentavam terem sido capturados pela polícia no mesmo instante em que o marginal Zé da Silva havia sido detido... Por um lado tiveram a sorte de serem soltos graças à intervenção do detetive parceiro do Doutor Q.I., pois o assaltante de bancos amargava a prisão... Mas por outro lado estavam ali sem saber o que fazer e, ainda por cima, ameaçados de morte pelo chefe...
Os atrapalhados capangas da “Pain Control” só interromperam a sua falação quando ouviram um barulho que vinha da direção da calha anexa ao telhado... Nada viram, então foram para a frente da casa, mas ali só havia um jovem casal de namorados. O Coisa perguntou se eles não viram ou ouviram nada de estranho... O moço respondeu negativamente...
Enquanto Coisa e Animal resolveram seguir para o carro, onde o Fera roncava, Crânio e Magrí se dirigiram para a casa... A garota conseguiu forçar a janela que dava para o jardim... Entraram e com o auxílio de uma lanterna descobriram o computador de Caspérides... Ligaram a máquina, que guardava em sua área de trabalho uma pasta intitulada “D. O. Conclusões finais”          ... Leram registros apavorantes... Crânio copiou o arquivo em um disco e, antes de saírem, ainda teve tempo de tomar posse de uma fotografia do cientista que estava num porta-retrato.
Leia: A droga da obediência. Editora Moderna.
Um abraço,
Prof.Gilberto

segunda-feira, 23 de junho de 2014

“A droga da obediência”, de Pedro Bandeira – Crânio, Magri e Calu decifram a mensagem escondida no esparadrapo; Caspérides não é cientista totalmente desconhecido; Miguel no Logos

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Como sabemos, Magrí quebrou o esquema de segurança no IML e conseguiu chegar até o cadáver do Bronca... De posse do dedal-curativo seguiu para a lanchonete localizada na Avenida São João.
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Calu e Crânio estavam muito bem disfarçados e também preocupados porque a reunião que haviam planejado estava muito atrasada... Além da demora de Magrí, Miguel ainda não aparecera.
Nenhum dos rapazes lograra encontrar o Bino... Magrí explicou que sua intromissão no Rio Branco resultou em nada... Apesar disso tinha as novidades e falou sobre a notícia da morte do Bronca... Contou a respeito do curativo que conseguiu identificar pela televisão e sobre a sua ousada visita ao IML...
Sim, ela estava com o curativo, e dentro dele devia estar uma mensagem de Chumbinho... Com todo cuidado, Crânio desenrolou gaze e esparadrapo até descobrir o fragmento de papel com letras minúsculas...
(...)
O pensador dos “karas” viu que dificilmente conseguiriam entender algo... Então reescreveu o texto com letras maiores... Magri e Calu concordaram que se tratava de algo muito estranho...Crânio percebeu que Chumbinho se esforçou para tornar a mensagem indecifrável para seus perseguidores... Por isso utilizou dois códigos, em vez de um só... Primeiro seria necessário transcrever o conteúdo utilizando o “código vermelho”, que substitui as vogais respectivamente por “ais”, “enter”, “inis”, “omber” e “ufter”... O resultado ainda não era claro, mas Calu notou que a aplicação do “código tenis-polar” resolveria de uma vez por todas aquele mistério... Em síntese a utilização desse código implica em trocar as letras das palavras de acordo com a “sobreposição tenis-polar”, e isso significa que o “t” é trocado por “p”, “e” por “o”, e assim por diante.
No final, os três descobriram que Chumbinho havia transmitido a mensagem “Droga da Obediência: Perigo! A chave é Márius Caspérides.”
A curta mensagem revelou qual era a droga e, devido aos últimos acontecimentos, o efeito que ela causava... Isso não era pouca coisa, e os meninos acharam que Chumbinho havia realizado um trabalho digno de um “kara”... Crânio refletiu sobre a violência provocada pela droga... Obediência e morte... Magrí lamentou o ocorrido com o Bronca... Calu comentou que, talvez, pais e professores não achassem desprezível uma droga como aquela.
Imediatamente Magrí e Crânio o advertiram sobre a seriedade da situação, que não suportava piadinhas.
Depois falaram sobre a “chave” revelada pela mensagem... Crânio disse que já havia lido sobre o tal Caspérides em artigos publicados a respeito de suas ideias acerca de “engenharia genética aplicada ao tratamento de doenças psiquiátricas graves”...
As palavras de Crânio animaram os outros dois, mas por onde iniciariam a busca pelo bioquímico?
A lista telefônica da própria lanchonete auxiliou os pequenos detetives... Decidiram que Magrí e Crânio iriam até o endereço... Calu retornaria ao esconderijo dos “karas” no Elite, onde esperava encontrar Miguel.
(...)
É sobre o líder do grupo que devemos tratar... Por onde ele andou desde que tinham se dividido para investigar as quatro escolas onde Bino poderia voltar a agir?
Miguel foi muito bem maquiado por Calu... Além de cabeleira, passou a contar com um bigodinho ralo... Seguiu para o Logos, onde teve de observar com atenção todos os que apareceram à sua volta... Mas não via ninguém que lembrasse Bino.
O sinal tocou e a moçada se dirigiu para suas salas... Para Miguel aquele momento foi de se dirigir até o banheiro para livrar-se da peruca encaracolada que o fazia “suar em bicas”.
Enquanto deixava a água correr pelo seu rosto, foi surpreendido por outro garoto que o observava... O tipo quis saber se ele era novo na escola.
Leia: A droga da obediência. Editora Moderna.
Um abraço,
Prof.Gilberto

“A droga da obediência”, de Pedro Bandeira – perante funcionários advertidos pelo Doutor Q.I., Chumbinho dá a entender que o Bronca havia sido o pivô da confusão; notícia sobre o desaparecimento de mais dois alunos do Elite; Bino e sua nova missão

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Evidentemente Chumbinho tornou-se um elemento a ser notado com maior atenção pelo pessoal da “Pain Control”... Todos viram que o garoto interagiu com o D.O.19... Ou alguma grave falha havia ocorrido, ou o D.O.20 se tratava de elemento ainda não totalmente controlado.
Depois da execução do Bronca, os funcionários dominaram Chumbinho, que foi levado com forte esquema de segurança para uma sala à parte... Um dos tipos dirigiu-se à tela para contatar o Doutor Q.I.
Logo que a silhueta do enigmático chefe se formou, o homem relatou-lhe o episódio desastroso... Ressaltou que os dois estudantes do Elite estavam envolvidos e, como tinham sido vistos conversando, estava claro que não haviam sido drogados devidamente.
Sem deixar de manifestar um “falso entorpecimento”, Chumbinho calculava o que podia ocorrer com ele... Temia sinceramente uma execução sumária por considerarem que se tratava de um espião... E isso se tornava cada vez mais aterrorizante porque o tipo seguia dizendo que a execução da “cobaia 19” tinha sido inevitável... Restava resolver o que seria feito com o nº 20.
(...)
Ao mesmo tempo em que lamentava a possibilidade de um fim trágico, Chumbinho alimentava a esperança de sua mensagem ter chegado até os “karas”...
(...)
A sequência da conversa entre patrão e empregado foi o desabafo do Doutor Q.I a respeito da incompetência de seu pessoal... Só então ele ficou sabendo que os funcionários não vigiavam adequadamente as cobaias nos momentos em que recebiam o reforço da droga... O empregado informou que nos dois meses de experiências nunca ocorrera nada parecido porque as cobaias sempre obedeceram prontamente às ordens...
O Doutor Q.I. estava mesmo muito nervoso e queria saber por que as duas cobaias não haviam sido drogadas devidamente... Sem obter explicação do funcionário, gritou com Chumbinho esperando que ele desse a resposta...
Chumbinho simulou que estava sendo despertado de um estado inconsciente... Disse coisas desconexas, mas que faziam algum sentido... Falou sobre Bino e o oferecimento da droga no colégio, e depois sobre o banheiro onde Bronca combinava uma fuga...
Finalmente, Chumbinho deu a entender que não sabia onde estava, e que queria retornar à sua casa... A silhueta passou a falar mansamente, garantindo que o menino voltaria para a sua família... Precisaria, contudo, “tomar um remedinho”.
Imediatamente o funcionário entregou-lhe um copo com água e um comprimido da droga... Não teve outro jeito... Chumbinho colocou o “remedinho” na boca repetindo as palavras do Doutor Q.I. e depois bebeu um pouco da água... Enquanto o chefe gritava que não admitiria mais erros daquele tipo e exigia que o menino fosse encaminhado para junto dos outros, Chumbinho tornou-se amolecido sem oferecer resistência enquanto o carregaram para fora dali.
(...)
A morte do Bronca e a falha no controle de Chumbinho deixaram o Doutor Q.I. angustiado... Mas ao ler a manchete do jornal do dia, ele demonstrou grande preocupação... A matéria dava conta de que mais dois estudantes da escola Elite haviam desaparecido misteriosamente, e apresentava a lista completa (Bronca, Chumbinho, Miguel, Calu, Crânio e Magrí).
Então ele quis falar imediatamente com o “agente escolar” da empresa... Pelo intercomunicador, exigiu que o contatassem. Evidentemente precisava tirar satisfações com o Bino.
(...)
E foi isso mesmo o que aconteceu... Em pouco tempo o “falso estudante” estava em frente a uma das telas parlamentando com o chefe.
É claro que o cabelo tingido o deixara bem modificado... E o Doutor Q.I. não deixou de tecer elogios ao seu desempenho nas tarefas... Mas ressaltou que uma falha devia ter ocorrido... Algo em relação à segurança...
Bino quis dar garantia de que nada de errado tinha acontecido até então, mas foi interrompido pelo patrão, que deu-lhe uma missão para ser executada naquele mesmo dia... Ela dizia respeito a quatro garotos específicos...
Leia: A droga da obediência. Editora Moderna.
Um abraço,
Prof.Gilberto

sábado, 21 de junho de 2014

“A droga da obediência”, de Pedro Bandeira – com a aparência completamente alterada por Calu, os “karas” seguiram à procura de Bino; ao saber da morte de Bronca, Magrí segue ao IML

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/06/a-droga-da-obediencia-de-pedro-bandeira_20.html antes de ler esta postagem:

Os quatro amigos foram devidamente disfarçados por Calu... Sua missão era procurar Bino nas escolas elencadas por Crânio. De fato, graças à competência do garoto que se dedicava à dramaturgia, os “karas” ficaram irreconhecíveis.
Magrí divertiu-se com sua aparência... Ela tornou-se surpreendentemente feia e deselegante... O próprio Calu tratou de arranjar uns arames para os dentes da menina, isso fez com que até sua voz se alterasse consideravelmente. A transformação em “outra pessoa” fazia parte do plano de Miguel.
A garota visitou o Rio Branco e constatou que Bino não estava entre os estudantes daquele colégio... Ela não tinha dúvidas de que o reconheceria. Depois de cumprida a sua parte da missão, restou-lhe partir para a lanchonete em plena Avenida São João, onde o grupo se reuniria.
(...)
Magrí passava por calçadas de lojas de eletrodomésticos quando foi surpreendida por uma notícia transmitida por um aparelho de televisão que funcionava numa vitrine... O repórter falava a respeito de outro cadáver de jovem estudante desaparecido. É claro que aquilo lhe chamou a atenção e o mínimo que podia fazer era aguardar a conclusão da matéria.
Foi assim que Magrí ficou sabendo que um jovem havia sido encontrado morto com um tiro nas costas numa estação de metrô... As imagens que surgiram na tela não deixaram a menor dúvida... Tratava-se do Bronca.
É claro que isso deixou a garota muito abalada, mas não podia vacilar e tentou observar o máximo que podia para garantir as informações que os jornalistas haviam levantado... A notícia pouco revelava... Concluía-se apenas que os repórteres haviam sido mais rápidos do que a polícia... Porém um pequeno detalhe captado pela câmera na ocasião em que filmaram o assassinado não escapou aos olhos atentos de Magrí.
Ela viu que no dedo de Bronca estava o “dedal” de Chumbinho... Certamente não seria sem uma razão que o garoto transferira o seu curativo para a mão do ex-aluno do Elite.
Essa constatação fez Magrí tomar outro rumo... Então, em vez de ir à lanchonete, entrou num táxi e ofereceu uma boa soma para que o motorista seguisse bem rápido até o Instituto Médico Legal...
(...)
Magrí pretendia ver Bronca e subtrair o “dedal” de Chumbinho...
Não foi difícil conseguir a autorização dos funcionários e policiais... Ela apresentou-se como namorada do rapaz e o seu pranto sensibilizou a todos.
Enquanto proferia palavras de desespero e se atirava sobre o moço estirado na fria pedra, ela retirou o que lhe interessava... Um funcionário deu por encerrada a dramática despedida e a conduziu para fora da sala.
(...)
Pouco tempo depois, diante do corpo de Bronca, o pensativo detetive Andrade lamentava a dificuldade do caso que devia resolver ao mesmo tempo em que se indignava com a crueldade e frieza dos bandidos que tinha de capturar... Foi de repente que interrompeu suas reflexões por ter notado algo diferente no cadáver.
Observou as fotografias feitas pelos peritos e viu que estava faltando o curativo... Imediatamente associou o fato à visita da menina que tinha acabado de sair... Ele exigiu que a procurassem, mas já não havia nenhum rastro de Magrí nas imediações.
Antes de tratarmos do encontro de Magrí com os demais “karas”, será preciso retornar à “Pain Control” para sabermos o que ocorreu com o Chumbinho após a tragédia que vitimou o pobre Bronca. Mas isso é assunto para a próxima postagem.
Leia: A droga da obediência. Editora Moderna.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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