sexta-feira, 12 de junho de 2020

Filme – “Dios se lo pague” – o clube é clandestino e para poucos; a jovem logo notou que sua noite seria sem sorte; Péricles, um playboy viciado nos jogos de azar, filho do milionário industrial Richardson, se aproxima e quer impressioná-la; a gerência do cassino explica que o rapaz não poderá gastar mais com a jogatina; desencantada, a jovem não tem dinheiro sequer para o táxis e fica ofendida com a oferta de ajuda do velho mendigo; batida policial no cassino, a moça aceita a proteção do velho escapa de ser levada à delegacia como os demais

Talvez seja interessante retomar https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2020/06/filme-dios-se-lo-pague-um-pouco-sobre.html antes de ler esta postagem:

A jovem percebe que a sorte começa a abandoná-la no jogo da roleta... Todavia um tipo charmoso que já a observava a algum tempo se aproxima. Ele a cumprimenta, ela tenta se esquivar, mas acaba convencida de que pode ficar com a companhia.
O modo como o tipo se comporta à mesa revela que se trata de um viciado nos jogos de azar e nas apostas arriscadas... Perde a rodada e para demonstrar que a venera, pergunta-lhe o seu número preferido. Ela responde “oito”, ele aposta as fichas que ainda lhe restavam. O risco era alto, mas, para ele, o fato de os demais homens o invejarem naquele instante já podia ser considerado um afortunado.
(...)
Depois do último giro da roleta ambos estavam zerados... Todavia o tipo anunciou que tinha um trunfo e pediu que ela o seguisse até o escritório de janelas gradeadas. Disse mesmo que podia conseguir quantas fichas desejassem. Encostou-se e pediu 10 mil em fichas ao funcionário, que respondeu no mesmo momento que sentia muito não poder atender à solicitação.
Ficamos sabendo que o tipo se chama Péricles Richardson... Apesar de ter seu pedido recusado, vê-se que se trata de alguém influente. O que cuida do caixa indica que o jogador teria de conversar diretamente com o gerente. Enquanto Richardson vai ter este em sua sala, a jovem foi abordada por outro funcionário que lhe informa que não era conveniente que seu acompanhante prosseguisse gastando, pois essa situação poderia trazer problemas para o “clube”.
(...)
A questão é que o rapaz não passava de um “playboy”, que se aproveitava da fortuna do pai, um rico industrial. O pior para a casa é que o Richardson pai estivera no local e ameaçou denunciá-los à polícia. Logo percebemos que o rapaz estava torrando o dinheiro da família com o passatempo proibido. Ele tinha dívidas com o cassino e entregou ao gerente ações da empresa do pai como garantia... Os papéis não eram guardados no “clube”, pois eram muito valiosas... O rapaz temia que o pai soubesse da sua manobra com as ações.
Péricles saiu furioso da sala do gerente sem que pudesse rever a garota...
(...)
A moça também se retirou do “clube”... Enquanto passava pela porta, um funcionário disse-lhe que sua maré de azar passaria.
A noite havia avançado e ela precisava de um táxi para retornar aos seus aposentos... Encontrou o mesmo chofer que a conduzira na noite anterior. Este recusou-se a levá-la porque havia sido deixado por ela à frente do hotel, aguardando que ela lhe pagasse pela corrida... Ela havia lhe dito que entraria para pegar o dinheiro, mas não voltou ou deu qualquer satisfação.
O velho mendigo estava na mesma calçada. Ele viu e ouviu o que tinha acabo de ocorrer, então perguntou à jovem se podia ajudá-la de alguma forma. A mulher considerou a oferta uma falta de respeito... O velho respondeu que “há momentos em que todos somos iguais”. No momento mesmo em que ela exigia que ele se calasse, policiais chegaram ao clube clandestino... O comissário já foi dando ordem para prender uns tipos que acabavam de sair.
O velho perguntou à moça se ela queria chamar os tiras para prendê-lo por sua insolência... Todavia ela tratou de se recolher atrás dele de modo a se esconder dos policiais. Estava claro que o pai do Péricles havia feito a denúncia... Se a vissem, certamente seria conduzida à delegacia.
A situação havia mudado... No momento a mulher sequer queria que o velho se afastasse e pediu-lhe desculpas pelo modo como o havia tratado. Um tira se aproximou, o mendigo levantou-se imediatamente para esconder a mulher. Perguntado se muita gente havia saído da casa, respondeu que não sabia e que tinha acabado de chegar. Irritado, o policial quis saber se ele tinha licença (para mendigar). O velho apresentou-lhe o papel no mesmo instante. O tira pôs-se a caminhar, mas de repente voltou para ofertar-lhe uma moeda. O velho agradeceu com um “Deus lhe pague”.
(...)
Mais tarde chegou um ônibus para conduzir os viciados em jogatina à delegacia... Um veículo estacionou para recolher os policiais. Um deles permaneceu para guardar o local. O velho mendigo foi informando à moça sobre o que ocorria. Ele disse que ela precisaria esperar um pouco mais, fazer um “sacrifício extra” por ter de permanecer ao lado dele. Ela já havia se desculpado por ter sido grosseira, então pediu-lhe que não fosse rancoroso. Sabia que, graças a ele, se livrou de passar a noite na prisão.
O velho filosofou ao dizer que era mais fácil ajudar do que pedir ajuda... Ela estranhou, pois se tratava de um tipo que vivia de pedir ajuda aos outros... Ele explicou que aos poucos se acostumou e que não é fácil pedir... Principalmente no começo. A mulher disse que entendia a situação e ele também estranhou. Tão bonita... Jamais entenderia o que é pedir uma moeda aos prantos.
Ela respondeu que sabia o que era pedir uma joia sorrindo.
Indicação (não informada)
Um abraço,
Prof.Gilberto

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