terça-feira, 23 de junho de 2020

Filme – “Dios se lo pague” – Alvarez novamente disfarçado de velho mendigo caminha com o amigo Barata, a quem conta os detalhes do final da noite de festa em sua casa; para Barata, Nancy o abandonaria por ser velho e mendigar; inteligência, a “verdadeira juventude”; Alvarez tomou uma decisão ainda não revelada e conduz o amigo ao seu esconderijo e local de transformação; vários disfarces e lembranças; uniforme de presidiário e a notícia de que havia passado oito anos, amargos tempos, na cadeia

Talvez seja interessante retomar https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2020/06/filme-dios-se-lo-pague-alvarez-da.html antes de ler esta postagem:

Na cena seguinte vemos Alvarez mudado no velho mendigo e caminhando com seu amigo Barata... Ele acabava de contar sobre o ocorrido após a festa em sua casa e sobre a conversa que tivera com Nancy, o modo como ela disse que o adorava... Em sua opinião, ela havia mentido...
Barata quis saber se ela revelou que mentiu antes de ganhar o belo colar... O velho explicou que foi depois. Mas ele mesmo não havia ensinado que o dinheiro é o que merece ser amado no mundo? Essa foi a outra pergunta de Barata. O velho concordou, mas deixou claro que, como vivia guardando o que recebia de esmola, era o que tinha e podia dar.
A conclusão de Barata era simples... Já que Nancy era muito bonita, certamente iria embora. Em sua opinião, as mulheres bonitas sempre apreciam os mais jovens. Contrariado, Alvarez discordou e disse que a verdadeira juventude está na inteligência.
Barata disse mais... Uma mulher bonita e boa como Nancy não iria querer viver com um homem que pede esmolas por aí. O amigo respondeu que nem ela nem ninguém sabia... Só mesmo o companheiro conhecia sua identidade e do que vivia. Barata pensou e concordou... Disse que se contasse a respeito ninguém acreditaria. Ele mesmo tinha dificuldade para acreditar que era verdade que tinha um amigo milionário e mendigo. Era de estranhar!
Alvarez ouviu o colega e disse-lhe que era por isso que se dispusera a levá-lo a um local secreto naquela noite. Disse que estava disposto a ir até o fim em uma decisão que estava para tomar, mas que precisava de forças. Barata ficou curioso... O velho respondeu que se tratava de algo ao qual ele havia se proposto. Falta muito? Talvez alguns dias.
(...)
Os dois chegaram a um casarão que parecia abandonado...
Alvarez conduziu o amigo por uma escadaria. Este se perguntava por que havia sido “o escolhido”. Em resposta, o velho disse que Barata era uma alma simples, que apreciava crer em sua narrativa e não se empenharia em planos complexos para prejudicá-lo.
Alvarez nutria bom apreço pelo Barata... Disse-lhe que sua companhia o enchia de motivação. Talvez se não andassem juntos, viveria a falar sozinho e provavelmente o internariam num asilo de loucos.
Andaram por cômodos como se passassem por um complexo labirinto. Então chegaram a uma sala usada por Alvarez para a troca de roupa. Havia peças para diferentes ocasiões e necessidades de um mendigo... Havia as que usava junto a campos de futebol, as que serviam para as portas dos teatros... Barata disse que o amigo bem poderia emprestar-lhe uma daquelas. O velho respondeu que tudo aquilo seria passado para ele assim que “chegar o dia”.
Outra sala lembrava um camarim com toucador e espelho iluminado... Alvarez sentou-se diante dele e começou a tirar o disfarce de seu rosto. E foi como se estivesse “mudando a alma”. Produtos limparam a maquiagem e facilitaram-lhe a retirada da barba postiça... Barata quis saber se ele o ensinaria sobre aquilo também. O velho respondeu que o amigo não tinha necessidade de disfarces.
(...)
Barata aproximou-se de um cabide... Alvarez disse-lhe que aquela foi a primeira roupa que ele usou para pedir esmolas. Mantinha-a como uma lembrança.
Ao lado havia outra roupa... Via-se que era listrada e tinha um número no alto do bolso... Um uniforme de presidiário. Barata quis saber... Alvarez explicou que se tratava de outra lembrança, pois o tinha usado por oito anos. E não era para pedir esmolas. Usou o uniforme porque esteve preso.
Barata disse que não se assustara com a revelação... Emendou que sua mamãe vivia dizendo-lhe que a prisão é o destino para os que vivem fugindo do trabalho. Alvarez começou a explicar que aquela era outra falsa ideia, uma mentira sobre “os que vivem do trabalho alheio”. Tanto é que se fosse verdade “faltariam cadeias” para tantos especuladores e falsários.
Barata arregalou os olhos e perguntou se o amigo havia matado alguém no passado... O velho interrompeu a limpeza que fazia no rosto e disse que não precisava ter medo. O puseram naquele uniforme injustamente... Num momento de sua vida em que mais trabalhava.
Indicação (não informada)
Um abraço,
Prof.Gilberto

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