quarta-feira, 17 de junho de 2020

Filme – “Dios se lo pague” – cheia de si, a mulher diz que não entenderia o motivo de alguém propor uma união tão cheia de mistérios, além disso já possuía tudo o que desejava; um conhecido aparece para cumprimentar o misterioso homem, que também é caridoso; o gerente do hotel se deu mal ao pedir desculpas ao chefe de polícia pelo extravio das flores; fim da noite, pedido de desculpas e um reencontro pouco provável; despejo, novamente salva pelo “Lohengrin”; após dois meses de amizade, Barata e o velho mendigo à porta da igreja; o velho admite que é rico e explica as vantagens de permanecer pedinte

Talvez seja interessante retomar https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2020/06/filme-dios-se-lo-pague-o-camarote-ao.html antes de ler esta postagem:

A conversa foi interrompida por um sujeito que se aproximou da mesa para falar com o homem cheio de mistérios... O tipo chegou cumprimentando com a intimidade dos que se conhecem, disse que estivera em sua casa naquele mesmo dia com uma comissão de “senhoras de classe” para recolher a costumeira contribuição de ajuda às crianças desamparadas. Lamentou não o encontrar. E a bela jovem que o acompanhava? Muito bom gosto, e ainda nem se apresentaram... Ela mesma explicou que ainda não lhe dissera o nome.
O requisitado prometeu aguardar a visita da comissão, pois fazia questão de manter as doações para a nobre causa. De repente o tipo deu a entender que conhecia a sua companhia “de vista”, do hotel onde trabalhava um simpático gerente... Obviamente essa revelação causou espanto ao outro ao mesmo tempo que constrangeu a acompanhante. O tipo disse ainda que o gerente quase foi preso depois de dirigir-se à delegacia para desculpar-se com o chefe de polícia por umas flores que teria enviado ao hotel, onde foram extraviadas... O problema é que não o tendo encontrado, deixou um bilhete detalhando o ocorrido... Só que o bilhete acabou chegando primeiro à esposa do policial, e foi então que a confusão teve início. A situação rendeu duas horas de explicações na delegacia. O tipo tinha curiosidade de saber como o gerente do hotel escapou de situação pior, pois ele estava furioso... Sugeriu que a moça buscasse informações assim que o visse. No mesmo instante ela levantou-se garantindo que seria a primeira coisa que faria. O tipo ficou confuso ao ver o amigo se levantar.
(...)
Ele a leva ao hotel... O vemos se desculpando e admitindo que não queria magoá-la. De qualquer modo, ela garantiu que a noite havia sido agradável e agradeceu... Ele admitiu que se sentira atraído por ela desde a primeira vez que a viu e pediu-lhe que admitisse que essas coisas são mesmo possíveis. Isso o faria se sentir melhor e perdoado.
Ela respondeu que entendia a situação... Ele não precisava se sentir mal por qualquer coisa que tivesse ocorrido durante a noite, pois ela também teve a sensação de que o conhecia há mais tempo. Se não demonstrou foi por puro orgulho... Assumiu que era o tipo de mulher que almeja alguma classe com essas atitudes. Sem esconder sua admiração, ele respondeu que a esperaria dez minutos ou dez anos até que ela acreditasse em sua sinceridade. Ainda se encontrariam? Ela se despediu com um “adeus”.
(...)
Passou pela porta giratória e ia acessar o elevador. Um funcionário a informou que não estava funcionando e que havia um comunicado para ela na gerência. Como já era de se prever, o gerente determinou o despejo e adiantou a retirada de suas malas. Ela ainda pediu que lhe deixassem passar mais essa noite, porém o funcionário explicou que todos os quartos já estavam ocupados.
Resignada ela se retirou... Sabia que o gerente foi prejudicado por sua causa e não desejava mais provocar transtornos à casa. Estacionado em frente à portaria estava o automóvel do conhecido taxista... Este também não aceitou prestar-lhe serviço. Mas atrás há outro veículo... Era do misterioso homem com quem estivera no teatro e no restaurante. Sem pestanejar, ela aceitou o seu convite.
Em vez de dez anos foram dez minutos... No momento era só uma questão de saber se ela aceitaria o “Lohengrin enigmático”. Ela respondeu que não tinha medo... Por que havia ficado se já tinham se despedido? Ele explicou que quis ficar perto de onde ela estava. Depois ela emendou que “o diabo está sempre ao lado de quem quer vender sua alma” e explicou que havia ouvido essa frase de um amigo que vivia de pedir esmolas...
(...)
Na cena seguinte estamos novamente diante da igreja à noite. Na escadaria estão os dois conhecidos mendigos.
Barata manifesta sua surpresa ao notar que muita gente acorre ao templo... O velho mendigo explica que é por causa do fim do mês de Maria... O último dia é sempre um dos melhores para quem vive de recolher esmolas nas portas das igrejas. Barata fica admirado com tantas informações do colega... Este lhe diz que é graças a um “escritório” que possui e que algum dia o mostraria. Barata reconhece que tinha muito a agradecer pois aprendera muito com ele nos dois meses que se conheciam. É claro que ainda não era rico assim como tinha certeza que o companheiro era.
O velho admitiu que era rico... Disse que não tinha culpa de sua condição e pensava mesmo em continuar com a vida de pedinte, pois não lhe dava nenhum trabalho. Ganhava bem, não pagava impostos nem temia falência ou incêndio. Sem dúvida uma situação bem curiosa.
Indicação (não informada)
Um abraço,
Prof.Gilberto

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