Talvez seja interessante retomar https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2021/03/a-opera-de-tres-vintens-peca-de-bertold_1.html antes
de ler esta postagem:
Mac
Navalha animou-se com a presença do chefe de polícia de Londres em seu
casamento... Os dois eram amigos de longa data, combateram juntos nas tropas do
império britânico e evidentemente trilharam caminhos diversos.
A celebração de seu casamento merecia que cantassem uma antiga canção...
Assim chamou o tira para acompanhá-lo na “canção dos Canhões”...
“Canção dos Canhões”
“John
estava lá e Jim também,
E
Georgie tornou-se sargento;
Não
importa, na guerra, quem é quem,
Ao
partir pro ofício sangrento.
Viva
a brigada
Na
canhonada
Do
Cabo ao Industão:
Na
chuva ou granizo,
Diante
do paraíso,
Achando
muita graça
Em
cada nova raça,
Faziam
dela picadinho com feijão.
Johnny
achava o whisky muito quente
Jimmy
se queixava do frio,
Mas
Georgie puxou-os de lado: Gente,
A
guerra é um desafio!
Viva a
brigada
Na
canhonada
Do Cabo
ao Industão:
Na
chuva ou granizo,
Diante
do paraíso,
Achando
muita graça
Em cada
nova raça,
Faziam
dela picadinho com feijão.
John
já morreu e Jim está morto,
De
Georgie, nem sombra no mundo,
Mas
o sangue é rubro, o mundo, torto,
E
a guerra é um poço sem fundo.
Viva
a brigada
Na
canhonada
Do
Cabo ao Industão:
Na
chuva ou granizo,
Diante
do paraíso,
Achando
muita graça
Em
cada nova raça,
Faziam
dela picadinho com feijão”.
(...)
O número é cantado alegremente e, mesmo sentados, Brown e o Navalha
batem os pés sob a mesa como se estivessem marchando.
Mac Navalha fez questão de acrescentar que a vida os havia separado...
Foram grandes amigos na juventude e seus “interesses profissionais” tornaram-se
distintos... Para alguns, antagônicos... Mas a amizade sobreviveu!
Em tom professoral, o
Navalha citou Cástor e Pólux, Heitor e Andrômaca... A respeito de si, disse que
era como os ratos das ruas, mas conseguira fazer “uma pequena pescaria” e se
esquecera de partilhá-la com o amigo Brown... Acrescentou que o tira realizara
uma blitz sem lhe dar qualquer dica... A chamada “lei da reciprocidade”...
O bandido fez o seu
discurso sem se esquecer de chamar a atenção dos comparsas que faziam
besteiras... Como Jakob que mantinha uma faca entre os dentes... Por fim deu o
braço ao Brown, agradeceu novamente a sua presença e depois sentenciou: Isso
que é “verdadeira amizade”!
O chefe de polícia concentrou sua atenção num
tapete... Persa legítimo! Exclamou que só o podiam ter subtraído da Companhia
de Tapetes Orientais! O amigo confirmou que havia sido de lá que o retiraram...
Disse ainda que esperava que a visita não lhe trouxesse qualquer problema...
Continua em https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2021/03/a-opera-de-tres-vintens-peca-de-bertold_12.html
Leia: “A
ópera de três vinténs”. Editora Paz e Terra.
Indicação do filme (14 anos)
Um
abraço,
Prof.Gilberto