domingo, 8 de setembro de 2013

“O Guarani”, de José de Alencar – o passeio deu em diálogo entre Isabel e Álvaro; conversam sobre a maquinação de Cecília, e o rapaz quer saber por que ela o despreza; Isabel se encanta com a súplica do amado; declaração de amor e reação indignada

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2013/09/o-guarani-de-jose-de-alencar-como-d.html antes de ler esta postagem:

As moças passeavam à tarde... À frente da casa estavam d. Mariz e Álvaro conversando... Cecília encaminhou-se até eles sempre de braços dados a Isabel. Ela pediu que o pai as fizesse companhia... Álvaro não apresentou nenhuma objeção, então eles continuariam seus assuntos enquanto caminhavam um pouco mais atrás das duas moças. Foi assim que Cecília conseguiu aproximar Isabel de seu amado.
Álvaro ainda estava triste com a lembrança do diálogo com Cecília... O rapaz notava que ela o evitava, porém percebeu que aquele era um momento amistoso... O caminho que faziam era o preferido de Cecília para suas carreiras e brincadeiras entre as folhagens. Isso permitia apartar-se de Isabel, e tanto forçou os gracejos que d. Mariz e Álvaro se aproximaram delas. Foi então que a menina resolveu que tinha um segredo para tratar com o pai. Restou a Álvaro fazer companhia a Isabel.
Ele notou que Cecília o desprezava, mas não entendia por que ela estava envolvendo Isabel em sua maquinação. Logo ele perguntou a Isabel qual era o significado daquela situação... A moça respondeu que não sabia, embora desconfiasse que estivesse sendo vítima do escárnio de Cecília...
Ela mostrou o bracelete para Álvaro e deixou claro que havia sido enganada, pois jamais o aceitaria. O moço percebeu que ela sabia que o objeto era um presente seu destinado a Cecília, então quis entender como é que ele tinha ido parar no braço dela... Esclareceu que ele também estava sendo humilhado e caçoado pela outra.
Isabel falou que havia sido enganada por Cecília sem saber o motivo... Álvaro pegou a mão da donzela e encostou um dos joelhos no chão para implorar-lhe por uma resposta sobre o motivo de ser rejeitado por Cecília, e também por que a sua prenda havia sido desprezada por ela... Ele insistiu e até adulou Isabel dizendo que ela era uma pessoa boa que não o deixaria sofrer. De sua parte, Isabel estava encantada por ter a mão tocada por Álvaro, que lhe suplicava aos pés... Então falou que sua resposta o faria odiá-la. Ele encheu-a de confiança e disse que nada poderia fazê-lo irritar-se, pois a considerava uma amiga... Disse que ela podia considerá-lo um amigo.
A moça estava disposta a revelar-se, mas esperava ser perdoada pelo que diria. É claro que Álvaro não entendia por que razão deveria perdoá-la... Ele não tinha a menor ideia dos sentimentos que Isabel nutria por ele, e não tinha a menor noção do medo que ela sentia de sua reação... Ela pensava sobre os sentimentos que sabia que o rapaz devotava a Cecília, e se considerava indigna de estar ali na sua presença... Não foi por acaso que ela colocou as mãos no rosto.
Em vez de levá-lo a desistir, essa reação o tornou ainda mais curioso. Álvaro quis entender de uma vez por todas de que se tratava aquele “enigma”... Inquiriu-a ainda outra vez e percebeu que ela estava chorando... Ele se entristeceu com isso e disse que estava ainda mais cheio de dúvidas... Na sequência, tomou-lhe as duas mãos... Isabel empalideceu e mais uma vez perguntou se ele a perdoaria ao saber o que se passava (ou seja, por que Cecília a havia enganado). Álvaro respondeu afirmativamente, e quis saber também por que deveria perdoá-la, já que não conseguia perceber nenhum motivo para isso.
Isabel respirava profundamente e sentia aquele momento em toda a sua plenitude, enquanto Álvaro continuava a segurar as suas mãos e a manter-se de joelhos aos seus pés... O rapaz não deixou de notar a beleza de Isabel, que estava radiante... Ela deitou a cabeça em seu ombro e disse quase que sussurrando: “Porque... vos amo!”
A reação de Álvaro foi instantânea. Afastou-se imediatamente do contato com Isabel como se estivesse sendo atacado... Seu devotamento por Cecília não admitia aquela intromissão... A situação se inverteu e foi Isabel que se ajoelhou aos seus pés, lágrimas rolavam de seus olhos e seu sorriso era de amargura... O que havia dito não podia ser apagado... Conseguiu dizer que ele havia prometido perdoá-la. Sobre isso, o rapaz esclareceu que nada havia a ser perdoado, solicitou que não se falasse mais àquele respeito. A moça garantiu que não diria mais nenhuma palavra sobre seu sentimento e, se fosse do desejo dele, não o olharia mais.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2013/09/o-guarani-de-jose-de-alencar-alvaro.html
Leia: O guarani. Editora Ática
Um abraço,
Prof.Gilberto

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