sexta-feira, 6 de setembro de 2013

“O Guarani”, de José de Alencar – na despedida a Peri, Cecília deu-lhe a cruz de ouro, orientando-o a conhecer o seu significado; Peri está prestes a partir e faz a revelação sobre o iminente ataque ao casarão; d. Antônio conclui que o índio havia defendido a integridade da família arriscando a própria vida mais uma vez; Cecília ordena que o amigo índio permaneça; todos concordam

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2013/09/o-guarani-de-jose-de-alencar-detalhes.html antes de ler esta postagem:

D. Antônio explicou a Peri que a reunião da família naquele momento era também uma forma de agradecimento por toda dedicação dele durante o tempo que por ali permaneceu... Desejava, em nome de todos, um feliz retorno para junto dos irmãos e à terra onde nasceu... Peri deslocou-se até Cecília e ajoelhou-se a seus pés. Muito emocionada, ela retirou uma fita com um crucifixo de ouro que usava e a ajeitou no pescoço do amigo... Recomendou-lhe que voltasse quando soubesse o significado da cruz... Mas ele respondeu que para onde iria ninguém jamais voltava.
Depois Peri ergueu-se e dirigiu-se a d. Antônio e garantiu que nunca mais voltaria... Disse também que “levaria a alegria se partisse antes do fim da lua”. O fidalgo não entendeu suas palavras e quis saber qual haveria de ser a diferença entre partir naquele mesmo dia ou depois de três... Peri revelou, então, que o casarão sofreria um ataque, mas infelizmente ele mesmo não estaria presente para contribuir para a sua defesa. Contou que os aimoré atacariam, e explicou sobre o que tinha visto após o tiro acidental de d. Diogo que feriu de morte a indiazinha... Relatou sobre a perseguição que empreendeu e garantiu que os selvagens se vingariam... Esclareceu que o seu intento ao retornar à casa era o de avisá-lo para preparar a defesa.
Peri não falou sobre o ferimento que sofreu, mas d. Mariz insistiu ao querer saber mais sobre os episódios... Ele notou um ponto de sangue na túnica de algodão do índio... Era quase imperceptível, mas d. Mariz perguntou se ele estava ferido... Peri abaixou a cabeça e o fidalgo retirou-lhe as pistolas da cinta, conferindo que estavam descarregadas... Ele concluiu que Peri lutara em defesa de sua família, abraçou-o e deu o seu testemunho para que todos os presentes soubessem que aquele índio, representante de povo inimigo de sua raça e religião, era tão nobre quanto os portugueses.
D. Antônio inquiriu Peri e foi dessa forma que todos ficaram sabendo que ele havia atirado nos aimoré na ocasião em que lançaram as flechas contra Cecília... Mas ele quis saber da flecha que havia permanecido junto aos corpos dos dois selvagens (só mais tarde é que entenderemos como é que d. Mariz ficou sabendo a esse respeito)... O fidalgo referia-se à flecha que atingiu Peri, que nada dizia a respeito porque não queria alarmar os presentes, no entanto d. Antônio esclareceu a todos que o amigo índio havia se sacrificado mais uma vez (e é por isso que carregava o seu ferimento) colocando-se à frente da flecha que o aimoré lançou contra Cecília.
As corretas conclusões de d. Antônio esclareciam os equívocos a respeito do incidente do domingo anterior (quando Cecília e Isabel dirigiram-se ao rio para banhar-se)... Peri limitava-se a olhar Cecília mais uma vez. Depois seguiu em direção à porta dizendo que, de fato, o fidalgo conhecia a tudo conforme ocorrera e, como não era mais necessário ali, se retirava pra a sua tribo.
Cecília o chamou e ordenou que ficasse... Na sequência, ela perguntou ao pai se não estava com razão ao ter se pronunciado daquela forma. D. Antônio concordou com a filha e comparou Peri a um anjo da guarda que protege a todos da família... É claro, sentenciou que Peri deveria permanecer para sempre. Ele perguntou à dona Lauriana se não estavam certos em solicitar a permanência de Peri, já que o índio havia demonstrado toda a sua dedicação ao colocar mais uma vez a sua vida em risco para protegê-los... Dona Lauriana concluiu que agira com ingratidão ao insistir que Peri fosse expulso da casa. Então assumiu que estava em dívida com ele e aceitou que ele não deveria mais ir embora. Peri ficou emocionado e beijou-lhe a mão.
O instante seguinte foi de congraçamento... Todos demonstraram satisfação ao notarem que a decisão sobre Peri havia se alterado completamente. D. Diogo estava orgulhoso da nobreza da atitude do velho pai. E isso era um sinal de que aceitava de bom grado a permanência de Peri.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2013/09/o-guarani-de-jose-de-alencar-como-d.html
Leia: O guarani. Editora Ática
Um abraço,
Prof.Gilberto

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