Houve troca de experiências sobre as entrevistas que foram realizadas com os estudantes nas escolas... Uma síntese da que foi realizada na EMEF Teodomiro está em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2015/09/pesquisa-sugerida-em-dialogos_30.html.
De um modo geral, podemos dizer que as conclusões a que os professores chegaram são bem parecidas.
O debate evidenciou que os “modos de ser criança” hoje se diferenciam muito dos cotidianos marcados pelas brincadeiras ao ar livre:
* Boa parte dos estudantes prefere permanecer em casa e se divertir com jogos para computadores e outros equipamentos;
* Muitos relatos destacam que a escola também se tornou ambiente onde podem se envolver em projetos que relacionam o aprendizado à diversão.
(...)
Essas constatações mereceram especial atenção...
Então, o que poderia explicar o fato de as brincadeiras infantis
ocuparem cada vez mais ambientes de interiores, como os das próprias casas?
Seguiram comentários que focaram os tipos de jogos preferidos pelas
crianças, o uso que fazem do aparelho celular (sobretudo a frequência com que
interagem através de redes sociais)... Tudo isso tem se tornado muito
atrativo... Algo que até certo tempo era de mais difícil acesso, acabou se tornando
bastante corriqueiro até para as crianças de áreas mais afastadas do centro.
(...)
A falta de espaços de lazer e a violência angustiam as famílias... Sem
dúvida essas situações são inibidoras até mesmo de uma convivência mais regular
com os vizinhos.
O fato de muitos
inscreverem as crianças em atividades extras nas escolas também pode ser
entendido a partir da reflexão acima... Os ambientes escolares são vistos como
os mais seguros por várias famílias.
(...)
Alguns desafios para os
educadores a partir desses questionamentos e constatações dizem respeito ao
modo como as contradições entre as “brincadeiras” e as “lições escolares” precisam
ser superadas...
Está claro que é
preciso conhecer a realidade dos alunos e saber do que brincam. Conteúdos,
conceitos e determinadas habilidades podem ser trabalhados a partir de
dinâmicas planejadas com enfoque lúdico.
Vale a pena adaptar ambientes para que as
crianças continuem a perceber a escola como uma extensão natural de sua
vivência e modo de ser com os familiares.
Um abraço,
Prof.Gilberto