terça-feira, 6 de outubro de 2015

“Diálogos Interdisciplinares a caminho da autoria – Módulo I – Constituição das identidades” – um pouco sobre o segundo encontro; troca de ideias sobre as pesquisas com os alunos; escola e “direito de aprender”

No dia 24 de setembro o grupo se reuniu novamente.
Houve troca de experiências sobre as entrevistas que foram realizadas com os estudantes nas escolas... Uma síntese da que foi realizada na EMEF Teodomiro está em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2015/09/pesquisa-sugerida-em-dialogos_30.html.
De um modo geral, podemos dizer que as conclusões a que os professores chegaram são bem parecidas.
O debate evidenciou que os “modos de ser criança” hoje se diferenciam muito dos cotidianos marcados pelas brincadeiras ao ar livre:

* Boa parte dos estudantes prefere permanecer em casa e se divertir com jogos para computadores e outros equipamentos;
* Muitos relatos destacam que a escola também se tornou ambiente onde podem se envolver em projetos que relacionam o aprendizado à diversão.

(...)
Essas constatações mereceram especial atenção...
Então, o que poderia explicar o fato de as brincadeiras infantis ocuparem cada vez mais ambientes de interiores, como os das próprias casas?
Seguiram comentários que focaram os tipos de jogos preferidos pelas crianças, o uso que fazem do aparelho celular (sobretudo a frequência com que interagem através de redes sociais)... Tudo isso tem se tornado muito atrativo... Algo que até certo tempo era de mais difícil acesso, acabou se tornando bastante corriqueiro até para as crianças de áreas mais afastadas do centro.
(...)
A falta de espaços de lazer e a violência angustiam as famílias... Sem dúvida essas situações são inibidoras até mesmo de uma convivência mais regular com os vizinhos.
O fato de muitos inscreverem as crianças em atividades extras nas escolas também pode ser entendido a partir da reflexão acima... Os ambientes escolares são vistos como os mais seguros por várias famílias.
(...)
Alguns desafios para os educadores a partir desses questionamentos e constatações dizem respeito ao modo como as contradições entre as “brincadeiras” e as “lições escolares” precisam ser superadas...
Está claro que é preciso conhecer a realidade dos alunos e saber do que brincam. Conteúdos, conceitos e determinadas habilidades podem ser trabalhados a partir de dinâmicas planejadas com enfoque lúdico.
Vale a pena adaptar ambientes para que as crianças continuem a perceber a escola como uma extensão natural de sua vivência e modo de ser com os familiares.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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