quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

“Eros e Psique” – a partir de texto de João Pedro Roriz – a rainha prepara Téssora e Magnetes para a visita dos dois príncipes; ao falarem sobre a dança que ensaiaram, revelaram as intenções do rei em manter Psique celibatária; a rainha colocou a caçula junto das irmãs e também ela foi contemplada pelos rapazes; a beleza de Psique provoca discussão entre o rei e os príncipes; inconformados, os pretendentes deixaram o reino por não poderem desposar Psique

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2013/12/eros-e-psique-partir-de-texto-de-joao_17.html antes de ler esta postagem:

Enfim a visita dos dois príncipes para conhecer as filhas do rei se concretizou... Vimos que Téssora e Magnetes se esforçaram ao máximo para causar boas impressões aos pretendentes... Até ensaiaram passos de dança para dramatizar a história de Apolo e Dafne! A esse respeito, a rainha advertiu-as para que não ofendessem aos deuses... Téssora brincou dizendo que a irmã dançava tão mal que faria os príncipes, e também os deuses, se divertirem... Magnetes protestou dizendo não saber como imitar um loureiro...
A mãe disse que “a beleza é importante, mas o conhecimento é fundamental”. E manifestou contentamento por saber que Psique ensinava-lhes a respeito dos deuses... As duas disseram com desprezo que não entendiam por que a caçula cultivava “tanta cultura inútil”... E não entendiam também por que a moça se tornaria uma sacerdotisa celibatária.
A rainha percebeu que elas só podiam ter acesso àquelas informações porque as ouviram “atrás das portas”... Por isso advertiu-as a respeito desse inadequado comportamento para princesas... Ao mesmo tempo ela se surpreendia, pois só naquele momento ficou sabendo das intenções do marido em transformar a caçula numa sacerdotisa... Não se conformou porque percebeu que o rei escondia segredos e, além disso, entendia que Psique nutria sonhos, embora ingênuos, de também realizar-se no amor. Assim, a rainha achou injusto o marido decidir sobre o futuro de Psique sem levar em consideração a sua opinião e desejo.
(...)
Os príncipes chegaram...
Conduzidas pela rainha, as pretendidas desceram até o salão... O rei anunciou-as garantindo que os dois moços eram homens de sorte. O príncipe mais novo perguntou a respeito da mais jovem, e o rei respondeu que Psique não apareceria porque estava estudando... Na verdade, ele não sabia que Psique vinha atrás das duas irmãs com um cesto carregado de pétalas que atirava pelo caminho...
Os rapazes ficaram encantados com a jovem de “pele alva e cabelos cor de fogo”... O príncipe mais velho demonstrou todo o seu encantamento e disse que Psique era “a mais linda de todas”... Não entendia como que o rei havia decidido destiná-la ao sacerdócio...
O rei não quis dar continuidade àquelas discussões, e disse que Psique estava ali apenas para ajudar as irmãs, que provavelmente apresentariam uma dança para os dois... Eles quiseram saber se Psique também dançaria, mas o rei esclareceu que ela era “muito jovem para esse tipo de coisa”...
Os moços insistiram... Não acharam Psique tão jovem como o rei queria fazer crer... Eles perguntaram a respeito da inteligência da jovem... E sobre isso, o rei respondeu que ele mesmo cuidava de sua formação carregada de “lições de história” e rico vocabulário... Repetiu que ela não se destinava ao casamento, mas, sim, ao sacerdócio.
O príncipe mais velho era o mais insistente em querer saber a respeito de Psique. E foi ele mesmo quem afirmou que ela seria a esposa ideal. Disse isso e pediu para o rei rever as suas decisões em relação às filhas.
Não foi sem irritação que o pai de Psique explicou que havia prometido a caçula ao sacerdócio no templo de Apolo logo que nascera... Argumentou que, assim sendo, a menina não seria desposada... O príncipe persistente falou que “dobraria” o valor de sua oferta.
O rei tinha as suas convicções e garantiu que não concederia a mão de Psique nem mesmo se o céu caísse sobre suas cabeças... Então o príncipe também manifestou irritação e disse que, se não se casasse com Psique, não haveria nenhum acordo entre os dois reinos... O velho sentenciou que a caçula não estava à venda e que o rapaz podia escolher qualquer uma das outras duas...
O príncipe virou-se para o mais moço e disse que podiam se retirar dali porque a teimosia do rei em manter Psique era uma demonstração de que não desejava nenhum tipo de aliança.
Leia: Eros e Psique. Coleção Mitológica. Editora Paulus.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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