terça-feira, 17 de dezembro de 2013

“Eros e Psique” – a partir de texto de João Pedro Roriz – o rei recebe visita de príncipe de reino vizinho; possibilidades de aliança política através do casamento; o pai revela que Psique destina-se ao sacerdócio; Téssora e Magnetes ouvem os acertos e se enchem de expectativas a respeito de uma nova e rica vida; dois príncipes para duas princesas

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2013/12/eros-e-psique-partir-de-texto-de-joao_16.html antes de ler esta postagem:

O pai de Psique tinha suas preocupações em relação à estabilidade política do país... E o fato de não possuir um filho para herdar o trono era situação que tirava o seu sono constantemente.
Arranjar bons casamentos para a s filhas com príncipes de reinos vizinhos fazia parte dos acertos diplomáticos... Então, para ele, nada mais natural do que investir em bons partidos para Téssora e Magnetes... Psique, como sabemos, ficava fora de qualquer trato.
(...)
Aconteceu que certa vez o pai das garotas recebeu a visita de um príncipe da vizinhança... O rapaz ficou sabendo que o rei tinha filhas aptas para o casamento, e é por isso que chegava como pretendente... Ele garantiu que o seu pai ofertava grande quantidade de ouro pelo enlace...
Todavia, o moço lembrou que, no caso de se casar com a princesa mais velha, o território seria anexado ao seu país depois que ele se tornasse monarca e o pai da noiva falecesse...
Enquanto o rei tratava com o príncipe estrangeiro, Téssora e Magnetes permaneceram escondidas para ouvir os acertos que faziam... Magnetes estava emocionada e não pôde deixar de dizer à irmã mais velha que ela se casaria com um homem ainda mais poderoso que o próprio pai...
O príncipe quis conhecer a “primeira na sucessão do trono”.  Rei chamou Téssora, que apareceu no mesmo instante... Ela disse que estava passando por ali e, como o ouviu chamá-la, apresentou-se solicitamente.
O rei encheu-a de elogios, disse que ela estava pronta para o matrimônio, que era esperta e prendada... Ao moço interessava saber se ela poderia dar-lhe filhos... O rei falou que isso não era problema, pois Téssora gozava boa saúde... O rapaz revelou que também o seu primo, príncipe como ele, pretendia se casar... O rei chamou Magnetes.
“Em menos de um segundo” a outra apareceu de modo desajeitado... O pai, que se espantou com a “aparição deselegante” e disse que, embora a moça não fosse das mais inteligentes, também tinha suas qualidades... O rapaz, que analisava a princesa como se estivesse examinando um novilho, deu pouca atenção ao que o rei dizia.
O pretendente deu a entender que queria conhecer a mais jovem das três... O rei se encheu de orgulho e disse que a pequena Psique estava tomando aulas de oratória e que não a preparava para o matrimônio, mas para o sacerdócio...
Depois o rei manifestou sua convicção de que Téssora e Magnetes viveriam felizes no reino vizinho. O príncipe entendeu aquelas palavras como elogios, então se comprometeu a trazer o primo em sua próxima visita, e finalizou garantindo que o rei não se arrependeria da aliança que estavam acertando.
Tão logo o príncipe se retirou do palácio, ouviu os gritos das duas irmãs... Elas não conseguiam conter a alegria... Diziam-se satisfeitas por poderem morar próximas uma da outra, além de viverem como ricas...
Téssora e Magnetes passaram o resto do dia “pulando de alegria”.
(...)
No dia marcado para a visita dos dois príncipes, as moças não conseguiam esconder a ansiedade... Ornamentaram-se com joias e ouviram as recomendações da rainha sobre como deveriam se comportar para causar boas impressões... As moças queriam mesmo agradar e é por isso que se arrumaram e ensaiaram passos de dança... Elas pretendiam encenar uma representação da história de Apolo e Dafne (o deus insistia em casar-se com ela, que, de tanto recusar, pediu ao seu pai, o deus-rio Peneu, que a transformasse em um loureiro)...
Leia: Eros e Psique. Coleção Mitológica. Editora Paulus.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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