domingo, 1 de junho de 2014

“A droga da obediência”, de Pedro Bandeira – uma introdução; misteriosos sequestros de estudantes; os “Karas”, um grupo de atitude; Chumbinho, o fã que conseguiu integrar-se; a direção do Elite e o receio de que o desaparecimento do Bronca gere transtorno entre os alunos

Não é por acaso que A droga da obediência, livro de Pedro Bandeira escrito em 1983, é um dos textos mais procurados pelo público infanto-juvenil. Depois de muita insistência da leitora de infanto-juvenis aqui de casa, topei a leitura. Está correto! O material é bom e deve ser recomendado.
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A aventura ficcional envolve mistério e muita ação.
Jovens estudantes do Ensino Médio são os protagonistas... Eles são matriculados do Colégio Elite que, como o próprio nome sugere, é escola para filhos de famílias abastadas da cidade de São Paulo.
No Elite há o grupo dos Karas, formado por Miguel, Calu, Crânio e a garota Magrí... O grupo se reúne secretamente num ambiente de dificílimo acesso na própria escola. O líder da turma é Miguel, que acumula a responsabilidade de presidir o grêmio estudantil...
Os integrantes que formam os Karas são inteligentes, estudiosos, e cada um se revela dotado de habilidade ímpar... Miguel tem a liderança política; Magrí se destaca em várias modalidades esportivas; Calu dedica-se à dramaturgia e é excelente imitador e maquiador; Crânio é o pensador do grupo, invencível no Xadrez, não deixa de levar sua gaitinha para onde quer que vá.
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A trama tem início quando Miguel marca uma reunião extraordinária para tratar do misterioso desaparecimento de estudantes de conceituadas escolas da cidade... Mas antes mesmo que pudesse dar início ao encontro, os garotos percebem que o esconderijo havia sido descoberto e mais alguém apareceu... Trata-se do pequeno Chumbinho, fã dos Karas e interessado em participar do seleto grupo.
Diante da situação inesperada e da urgência dos fatos, Miguel resolve improvisar uma cerimônia de ingresso, que inclui um talho num dos dedos do menino para selar um “pacto de sangue” e juramento de fidelidade. Na verdade, a intenção de Miguel era dar um jeito de se livrar do intruso vencendo-o pelo cansaço.
Depois de integrarem Chumbinho iniciaram a discussão sobre os desaparecimentos... A preocupação do líder se justificava principalmente porque já se sabia que Bronca, que estudava no Elite, era dado como mais um dos sequestrados... Os garotos consideraram que deveriam tomar uma atitude para sanar o mistério... E não é que Chumbinho parecia ter sido o último a conversar com o estudante desaparecido? Mas quando foi questionado sobre o que sabia, disse apenas que o rapaz, conhecido por sua rebeldia e truculência, estava muito esquisito e “obediente”.
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Miguel distribuiu as tarefas que caberia a cada um e, assim, os Karas se envolveram na investigação do mistério... Chumbinho, que estava levando a sério seu ingresso no grupo, quis saber a sua incumbência... Miguel logo soube que se não lhe desse nenhuma tarefa o menino acabaria perturbando... Então resolveu dar-lhe uma missão insignificante... E foi assim que Chumbinho ficou sabendo que deveria conversar com certo Bino, um tipo novo na escola e pouco dado a conversas... Chumbinho deveria descobrir se o novato conhecia o Bronca, mas tinha de realizar sua tarefa sem falar com mais ninguém...
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Como sempre acontecia, os Karas se empenharam em dar conta de suas tarefas... No dia seguinte, o diretor da escola chamou o presidente do Grêmio Estudantil para uma conversa em sua sala... O professor Cardoso explicou ao rapaz que a situação estava sob controle, pois a polícia já estava investigando os desaparecimentos... Assim, contava com a liderança de Miguel para acalmar os demais estudantes do Elite.Miguel respondeu que a melhor forma de acalmar os estudantes era solucionar os casos dos desaparecimentos... E, no mínimo, contar-lhes a verdade sobre o Bronca e orientá-los para que não se tornassem vítimas também. Mas ficou claro que o diretor Cardoso não pretendia que o assunto ganhasse publicidade... O rapaz sentenciou que os escrúpulos do diretor não conseguiam evitar o que já era realidade, ou seja, o Elite já estava envolvido numa trama muito esquisita contra jovens estudantes...
Leia: A droga da obediência. Editora Moderna.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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