sexta-feira, 6 de junho de 2014

“A droga da obediência”, de Pedro Bandeira – Calu engana a polícia e se torna mais um “procurado”; Magrí chega à reunião falando sobre o episódio hilário da sujeira no banheiro; Crânio deduziu que os traços e pontos só podiam ser de uma mensagem em Morse

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/06/a-droga-da-obediencia-de-pedro-bandeira_5.html antes de ler esta postagem:

Então Calu fez o que havia combinado com Miguel... Imitou a voz do amigo e telefonou para a sua mãe... A mãe do líder dos “karas” achou mesmo que estivesse conversando com o próprio filho. Isso foi bom porque a casa de Miguel não se tornou mais um “foco de inquietação”. Calu ligou também para os números que Miguel havia lhe passado... Fez isso imitando vozes de adultos e dando a entender que se tratava de um policial... Achou estranho que quatro dos telefones não tivessem nada a ver com a residência de jovens estudantes sequestrados porque os números haviam sido obtidos em registros de suas escolas.
(...)
Depois dos telefonemas, Calu notou que a polícia havia chegado à sua casa. O detetive Andrade estava à frente da equipe que apareceu em duas viaturas... Ele mesmo perguntou ao “criado de bochechas gordas e óculos” se era ali que morava o jovem a quem chamavam Calu... Outro policial, mais jovem e simpático que o chefe, emendou querendo saber se Miguel também não se encontrava ali. O tipo respondeu afirmativamente, porém acrescentou que eles haviam saído... Os tiras decidiram aguardar nos carros.
(...)
É claro que o tal criado era o próprio Calu, que havia se disfarçado para despistar a polícia...
Na sequência, o rapaz seguiu ao esconderijo para se encontrar com Miguel.
Miguel estava dormindo, mas despertou imediatamente logo que o alçapão denunciou a chegada de alguém... Rolou para um canto e estranhou o tipo que apareceu.
Calu tirou o seu disfarce de criado, explicou que a polícia havia aparecido em sua casa... Os dois concluíram que certamente os tiras haviam ido anteriormente à casa de Miguel, onde obtiveram a informação de que ele estaria com o amigo. Isso significava que nenhum dos dois poderia mais “circular livremente”, já que estavam sendo procurados.
(...)
O dia amanheceu e em breve se iniciaria a reunião... A caminho do esconderijo, Magrí se deparou com a funcionária Rosa, que cuidava da limpeza no Elite... A mulher estava muito irritada por ter de limpar a porcaria que haviam deixado nos azulejos do banheiro... Para ela, os estudantes, filhos de famílias mais ricas, deviam ter mais consideração com os pobres funcionários.
Evidentemente a mulher tinha acabado de eliminar a “mensagem emporcalhada” que Chumbinho havia deixado na esperança de que algum dos “karas” soubesse de seu desaparecimento.
(...)
A garota chegou à reunião rindo do que acabava de presenciar... Os demais “karas” quiseram saber o motivo... Ela falou sobre a zanga de dona Rosa e sobre a sujeira na parede... Vários pingos e traços com fezes! Mas isso não tinha o menor cabimento... Quem teria a coragem de fazer uma traquinagem de tão mal gosto?
Crânio estranhou aquela conversa e lamentou que dona Rosa já tivesse limpado a parede porque, em sua opinião, aquilo não podia ter sido feito por acaso... Riscos e pontos podiam ser sinais do código Morse... Para o rapaz ficou claro que apenas Chumbinho faria aquilo.
Mas o que poderia ser feito se a “mensagem emporcalhada” havia sido eliminada pela faxineira? Crânio solicitou que Magrí trouxesse Rosa até o quartinho que servia de depósito... Calu achou graça da iniciativa porque o amigo só poderia estar de brincadeira ao recorrer àquela mulher simples...
É claro que dona Rosa nada entendia de código Morse... E nem teria condições de esclarecer a ordem dos “traços e pingos” que havia eliminado da parede... Mas Crânio tinha uma ideia que, devidamente praticada, poderia trazer à tona a mensagem do garoto desaparecido.
Leia: A droga da obediência. Editora Moderna.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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