domingo, 29 de junho de 2014

“A droga da obediência”, de Pedro Bandeira – Calu conseguiu entrar na delegacia e, graças ao seu talento e ao tumulto local, contatou Caspérides; o detetive Rubens coloca-se à disposição para protegê-los e libertar os estudantes sequestrados

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/06/a-droga-da-obediencia-de-pedro-bandeira_28.html antes de ler esta postagem:

Vimos que Crânio conseguiu descobrir que o doutor Márius Caspérides estava escondido na delegacia, onde se fazia passar pelo perigoso Zé da Silva, um assaltante de bancos. O seu raciocínio foi perfeito e isso convenceu Magrí e Calu. Assim, ainda que estivessem preocupados com Miguel, decidiram partir para a ação na delegacia.
(...)
A delegacia estava que era um alvoroço só... Ao mesmo tempo em que policiais chegavam e partiam em viaturas apressadas, o ambiente estava carregado de pessoas agitadas por compromissos diversos. Parecia mesmo que vários advogados haviam combinado de aparecer no mesmo momento daquela quinta-feira.
O alvoroço permitiu que Calu entrasse sem ser notado. É claro, graças aos seus truques de maquiagem, ele estava muito transformado... Os funcionários nem se davam conta de que o tipo que chegou com uma pilha de livros que devia ser entregue ao delegado era na verdade um dos garotos do Elite dado como desaparecido.
Percorrendo as diversas salas, Calu reconheceu o que se passava em cada uma delas... Ele mesmo atendeu o telefonema do delegado Boanerges, que estava informando que se atrasaria para o expediente.
Excelente imitador, Calu não teve dificuldade em se passar pelo delegado. Na sequência, ligou para a carceragem, onde um entediado funcionário recebeu ordem de conduzir o preso Zé da Silva (o do assalto ao banco no centro da cidade) até a sua sala... O carcereiro algemou o detento e seguiu até o doutor Boanerges. A sala estava vazia, e foi do banheiro que Calu, dando à sua imitação ares truculentos, exigiu que o criminoso fosse deixado sozinho... O carcereiro devia ficar do lado de fora, trancar a porta e montar guarda.
(...)
Calu saiu do banheiro e foi direto ao assunto com Caspérides. Disse que sabia quem ele era na verdade, que tinha uma foto sua e que ele não precisava temer porque era amigo e estava ali para libertá-lo... O confuso bioquímico mostrou-se ainda mais atrapalhado e conseguiu responder apenas que não pretendia ser libertado.
O garoto não perdeu tempo, disse que o assunto dizia respeito à Droga da Obediência e que ele deveria ajudá-los a libertar mais de vinte estudantes que estavam sendo mantidos em algum cativeiro como cobaias... Calu explicou que infelizmente não podiam contar com a polícia porque havia agentes infiltrados que colaboravam com o esquema criminoso...
Depois Calu teve de falar rapidamente sobre como havia se passado pelo delegado Boanerges... Ele queria que Caspérides se convencesse de uma vez por todas, então disse que a situação era crítica e que dois inocentes já haviam sido assassinados...
A informação deixou Caspérides muito sensibilizado... Ele disse que se sentia culpado por aquela tragédia e que tudo se passava na “Pain Control”... Calu quis saber o que era aquilo.
(...)
Essa conversa entre Calu e Caspérides (ou pelo menos boa parte dela) foi ouvida pelo detetive Rubens... De repente ele entrou na sala pedindo que não se assustassem com a sua presença... Esclareceu que sabia quem era Calu, e explicou que ficou preocupado ao escutá-lo sobre a atuação gente da polícia envolvida no esquema criminoso... Ressaltou que policiais honestos como ele não permitiriam que aquilo prosseguisse, e que sua missão era prender a quadrilha inteira...
Calu sentiu firmeza nas palavras que ouviu e falou da suspeita que ele e os amigos tinham em relação a um policial gordo e careca... Rubens emendou que se tratava de Andrade, de quem ele também tinha certa desconfiança. Depois disse que não podiam permanecer na delegacia, pois se Andrade estava no esquema, de fato, corriam um sério perigo...
Rubens explicou que sairiam num camburão e que entraria em contato com o pessoal de outra delegacia para que o caso da “Pain Control” fosse resolvido, assim os estudantes sequestrados podiam ser libertados... O detetive esclareceu que teria de algemar Calu para que não despertassem desconfianças enquanto saíssem.
Pouco tempo depois, o detetive Rubens saía pelos corredores da delegacia conduzindo dois tipos algemados...
Enquanto seguiam para o estacionamento, o policial brincava com um molho de chaves que levava num de seus bolsos.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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