quinta-feira, 19 de junho de 2014

“A droga da obediência”, de Pedro Bandeira – os “karas” devem se infiltrar nos colégios onde Bino provavelmente buscaria novas cobaias; de fato um dos detetives do caso colabora com a “Pain Control”

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/06/a-droga-da-obediencia-de-pedro-bandeira_18.html antes de ler esta postagem:

Então era isso... A mensagem que Chumbinho deixou no banheiro não queria informar que ele e Bino haviam sido sequestrados... Bino era o passador de drogas! Crânio descobriu a trama. Ele acreditava (como alertou Magrí) que a polícia já devia saber que um de cada três estudantes raptados das escolas não tinha endereço válido... Mas era quase certo que os tiras ainda não soubessem da participação de Bino no esquema.
Era bem provável que Bino já estivesse com outra identidade e em ação na busca de mais cobaias... Mas em qual colégio ele estaria atuando? Crânio pediu um mapa da cidade e assim puderam demarcar a área de ação dos bandidos até aquele momento... Os “karas” perceberam que escolas do Morumbi, Moema e Jardins haviam sido atacadas... Crânio destacou os locais e percebeu que outros quatro colégios se apresentavam como potenciais alvos.
(...)
Miguel pensou um plano de ação... Disse que também Crânio e Magrí deveriam entrar para a lista dos desaparecidos... A ideia era se passarem por desconhecidos que pudessem circular livremente pela cidade, e mais especificamente pelas escolas onde Bino poderia buscar novas cobaias.
O talento de Calu para a maquiagem tornaria os “karas” irreconhecíveis... Assim eles poderiam se infiltrar nos colégios elencados por Crânio... É claro que Bino também poderia estar usando outro disfarce, mas sua desvantagem era não saber que eles estariam em seu encalço.
Os quatro dividiram entre si os quatro colégios (Porto Seguro, Rio Branco Pueri Domus e Logos)... Calu entregou a Magrí uma lista de materiais que podiam ser encontrados nos camarins do anfiteatro. Antes de sair, a garota pediu desculpas a Crânio pelas palavras duras que havia trocado com ele e beijou-lhe a boca.
(...)
E o que se passou com Fera, Animal e o Coisa, os desajeitados seguranças da “Pain Control” encarregados de capturar Caspérides? Como sabemos, eles acabaram detidos pela polícia em pleno centro da cidade no mesmo instante em que o perigoso e procurado assaltante de bancos “Zé da Silva” estava sendo preso.
Mas eles foram liberados pouco tempo depois... E logo estavam tentando se justificar perante a silhueta do Doutor Q.I. O misterioso chefe despejou sobre os funcionários toda a sua irritação... Os brutamontes queriam dizer que a ação deu-se em frustrada por puro azar, mas o patrão insistia que eles eram muito incompetentes e que sua sorte era contar com pessoas influentes na própria polícia...
E não era por acaso que, acomodado numa poltrona, na mesma sala, encontrava-se o tipo que os havia liberado... Enquanto se divertia com a bronca que os seguranças levavam, brincava com o seu molho de chaves...
Sabemos que esse era um hábito de um dos detetives do caso dos estudantes desaparecidos! Ao que parece, Miguel tinha mesmo razão ao suspeitar do Andrade.
Ele se intrometeu dizendo que daquela vez foi possível intervir porque o escrivão da delegacia era um de seus chegados... Garantiu que fez desaparecerem as armas e que nenhum flagrante foi registrado... O Doutor Q.I. lembrou que a atrapalhada ação poderia colocar em xeque as atividades da “Pain Control”... O detetive garantiu que a única saída, caso perdessem o controle, seria eliminar os três seguranças...
É claro que essas palavras deixaram os medrosos funcionários apavorados... E foi aproveitando dessa frágil condição que o Doutor Q.I. fez questão de ressaltar que Caspérides se tornara o principal inimigo da organização porque ele possuía segredos que não podiam ser revelados...
O macabro Doutor Q.I. esclareceu também que seu objetivo em relação à manipulação da droga não era outro senão controlar a humanidade... Em nenhuma hipótese ele aceitaria interromper o projeto...
Márius Caspérides tornara-se seu principal inimigo e, se ele não fosse capturado, os três fracassados seguranças é que sofreriam as consequências.
Leia: A droga da obediência. Editora Moderna.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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