quarta-feira, 18 de junho de 2014

“A droga da obediência”, de Pedro Bandeira – Crânio desvenda alguns mistérios; os sequestros se relacionavam a macabro experimento científico; Bino pertencia ao esquema e havia se infiltrado nas escolas com nomes e endereços falsos

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/06/a-droga-da-obediencia-de-pedro-bandeira_12.html antes de ler esta postagem:

Para Crânio, não tinha sentido os criminosos sequestrarem garotos saudáveis (e de escolas de destaque da cidade de São Paulo) apenas para drogá-los e depois “enchê-los de chumbo”.
Magrí tentou explicar a situação dizendo que talvez os bandidos fossem sádicos extremados... Crânio concordou, mas acrescentou que havia algo de científico naqueles desaparecimentos todos... Era bem provável que alguma “inteligência macabra” estivesse utilizando os jovens em experiências que não podiam ser reveladas à sociedade... Certamente uma “experiência louca”. Até mesmo a morte do Ricardinho podia ser explicada como um “acidente de trabalho”...
Crânio tinha certeza (e nós sabemos que ele estava certo) de que os talentosos estudantes estavam servindo de cobaias para cientistas perigosos.
Mas o ambiente entre os “karas” era de muita tensão... Magrí achou que aquelas ilações de Crânio eram pura “conversa mole”... A garota estava angustiada por terem se dedicado à pesquisa junto aos familiares dos desaparecidos enquanto os bandidos agiam sequestrando Chumbinho e Bino, além de executarem brutalmente o Ricardinho.
O racional Crânio ficou tomado de emoção ao ouvir a amiga... Magrí não conseguiu segurar as lágrimas e os dois se abraçaram ao mesmo tempo em que eram abraçados por Miguel e Calu.
(...)
Os “karas” sabiam que não podiam deixar de agir... Então voltaram a conversar a respeito das informações que haviam coletado junto aos grêmios estudantis das nove escolas... Compararam as listas de professores... Calu lembrou a pesquisa que havia feito e como ela havia sido ampliada pelos outros objetivos passados por Miguel... Em síntese, as pessoas com as quais falou choravam muito ao se lembrarem do desaparecimento de seus jovens... Mas o que mais surpreendeu Calu foi não ter conseguido encontrar quatro dos endereços que devia visitar.
Magrí confirmou que entre os familiares dos desaparecidos que ela visitou, a reação era de muita tristeza... Revelou ainda que, coincidentemente, também não havia encontrado quatro dos nove endereços que faziam parte de sua missão. Os endereços não conferiam... Nenhum dos estudantes desaparecidos havia sequer morado em um deles.
Crânio ouviu o relato dos amigos... Estava claro que oito famílias de estudantes raptados não puderam ser contatadas... Esse número subiu para nove depois que Miguel informou que ele mesmo só havia conseguido falar com duas famílias, pois o terceiro endereço que visitou estava errado.
Crânio, que gostava mesmo de resolver enigmas, quis saber se os endereços que não deram em nada eram de garotos ou garotas estudantes de uma mesma escola... Seriam de escolas diferentes? Magrí pareceu entender o raciocínio do amigo e se retirou para telefonar... Enquanto isso, os meninos verificaram que os desaparecidos sem endereço encontrado eram todos garotos... Um de cada uma das escolas... Para Crânio, aquela parte do mistério estava resolvida.
(...)
Magrí retornou ao esconderijo dizendo que havia telefonado para a casa do Bino... Mas informaram que nenhum menino com aquele nome morava lá.
Então Crânio esclareceu o que aquilo significava... Em vez de três, cada escola havia sido palco de dois sequestros de estudantes... O terceiro, na verdade, era sempre um falso aluno... Um tipo que se matriculava fornecendo endereço e outros dados falsos... Mas ele devia permanecer pouco tempo na unidade, só o período necessário para aliciar suas vítimas e depois desaparecer misteriosamente, dando a entender que também era um sequestrado.
Os demais “karas” entenderam que o oferecedor da droga só podia ser Bino, que havia se infiltrado nos dez colégios com nomes diferentes para passar a droga a vinte garotos e garotas... Depois de idiotizados, os estudantes foram sequestrados.
Leia: A droga da obediência. Editora Moderna.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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