Marco Aurélio (Herson Capri) era aquele que acertava a publicidade para grupos envolvidos com projetos sociais (como era o caso de dom Elísio em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/08/filme-quanto-vale-ou-e-por-quilo_23.html). Ele era dono da Stiner, empresa que cuidava de equipar as instituições de caridade. Vemos esse Marco Aurélio com o seu assistente, Ricardo... Eles esperam o elevador que dá acesso aos escritórios...
Quem apareceu foi tia Judite... Ela não conhecia a entrada dos funcionários, mas estava ali também para cumprimentá-lo e agradecer a oportunidade de emprego como faxineira na empresa... A velha senhora disse que estava precisando do trabalho porque o filho está preso... Justificou ter necessidade de dinheiro para visitá-lo... Notamos o desconforto de Marco Aurélio com a presença da mulher que insistia em agradecer e, ao mesmo tempo, demonstrar que se tratava de uma pessoa muito necessitada... Tivera um derrame cerebral recentemente, mas cuidaria das tarefas com zelo... É Lurdes quem a tira dali ensinando-lhe por onde deve entrar.
A sós com o assistente, ele conclui que a mulher não tem a menor condição de trabalhar... Perguntado se a miséria à porta da empresa o incomodou, fez referência ao braço da outra e lamentou... Disse que possui valores e não podia admitir que ela trabalhasse naquelas condições... Sintetizou com um “até que ponto o ser humano chega”... Ricardo fez provocações ao dizer que o chefe suporta ver as crianças miseráveis, mas ver idosos sofrerem incomodava a sua consciência...
Depois a cena é a de um interior de automóvel... Marco Aurélio dirige e ao seu lado está o assistente... Atrás há um tipo loquaz, o vereador Solis... Estão se dirigindo a uma inauguração... O tipo diz que o governador estará presente, que o lugar é pobre e que eles não precisam se preocupar porque serão bem tratados... O risonho assistente fala que se trata de um projeto de “inclusão digital”... Os pobres receberiam um ambiente informatizado com joguinhos para as crianças e acesso à internet...
O carro saiu do asfalto e iniciou a subida de uma ladeira típica dos morros povoados por comunidades que residem em barracos... À frente se deparam com uma cena violenta... Um tipo jazia ensanguentado enquanto outros estavam fortemente armados ao seu redor... Um deles, que parecia ser o líder do bando, gritou e exigiu a retirada do defunto... Ricardo se desesperou e pediu para o chefe retirá-los dali imediatamente... Mas a manobra sucedeu em desastrosa e o carro ficou atolado numa vala por onde descia uma água fétida de esgoto... O vereador falante aparentava calma, pediu para os dois permanecerem no carro e ele mesmo desceu para falar com os tipos armados.



Indicação (14 anos)
Continua em https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2012/11/filme-quanto-vale-ou-e-por-quilo.html
Um abraço,
Prof.Gilberto