Talvez
seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/09/a-moreninha-de-joaquim-manuel-macedo_29.html antes de ler esta postagem:
Augusto sentiu-se aliviado ao fazer as moças
provarem do próprio veneno... Começou a se retirar da gruta, mas ouviu um
chamado da mesma direção onde tratara com cada uma delas... Não entendeu a situação porque
elas já haviam saído, então sabia que estava só... Virou-se e viu Carolina com o copo de prata nas mãos...
A Moreninha disse que
estava ali para vingar as primas... Perguntou ao rapaz sobre qual período de
sua vida gostaria que ela revelasse. Logo notamos que ela o levava ao jogo de
mostrar ao outro que, a seu respeito, tudo ela poderia adivinhar após ter ingerido da
água daquela fonte milagrosa. Demonstrando confiança, Augusto falou que ela
poderia falar-lhe do passado, presente ou futuro...
Então Carolina principiou,
dizendo que sabia que ele teve um amor quando contava apenas treze anos, e que sua
amada era uma garotinha de oito anos, e com ela muito se divertiu à beira mar...
Surpreso, Augusto quis saber, então, quem era aquela a quem tanto amor devotou.
Carolina disse que a “fada” revela-lhe apenas o que se passava no coração do
rapaz... Então falou que sabia que ele a chamava de “minha mulher”...
Sabemos bem como é que
Carolina podia “adivinhar” tantos detalhes do passado de Augusto (ver http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/09/a-moreninha-de-joaquim-manuel-macedo.html)... Ele, porém, ficou espantado e pediu que não
parasse mais a narrativa... Então, Carolina contou-lhe que poderia falar sobre
um velho moribundo e uma longa história que envolvia um camafeu e uma esmeralda...
Mas foi mais assertiva ao tratar da namorada que ele teve e que o traiu ao casar-se
com um homem de sessenta anos...
Augusto desconfiou e
disse que dona Ana poderia ter contado a ela sobre a conversa que tiveram ali
mesmo... Mas Carolina jurou-lhe que a avó nada lhe dissera. Ela seguiu falando
dos outros casos amorosos que ele teve e que muito o decepcionaram (o da morena
que se divertia às suas custas e o considerava “um pobre menino”; e o da moça
pálida que zombou dele e do moço chamado Jorge)...
Augusto não aceitou outra explicação que não fosse a de Carolina ter
escutado suas histórias... Mas ela fazia o mesmo jogo que ele fez anteriormente
com as quatro que pretendiam caçoar dele, e respondia que só sabia de tudo
graças às revelações da “fada”... Sem perder tempo, também para não permitir
que ele refletisse muito, Carolina perguntou se ele gostaria de ter o presente
revelado, mas o rapaz implorou que lhe falasse do futuro.
Ela disse que ele não
era tão inconstante quanto admitia ser... E que perderia certa aposta “com três
estudantes”... Carolina disse que “a fada” sabia sobre essas coisas porque “leu
o termo na carteira de quem o guardou”... Finalmente revelou que os olhos de outra
moça o fariam esquecer o seu “puro e primeiro amor”...
Sobre o presente, ela contou que a “fada” sabia
bem que Augusto só conseguiu “adivinhar” os segredos das moças porque andou
ouvindo segredos... O rapaz quis saber se a “fada” o acompanhava “o tempo todo”...
Ao ouvir que sim, perguntou se não era ela, Carolina, a “fada”... Mas a
Moreninha descartou completamente essa possibilidade. Então o rapaz quis
revelar-lhe que (no presente) estava apaixonado... Mas foi impedido de
completar suas frases... Carolina chamou a sua atenção ao dizer que estavam
sendo observados da entrada da gruta... Ao voltar-se para o local indicado, não
percebeu que ela escapou-lhe e desapareceu no interior da gruta que ela
conhecia bem.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/10/a-moreninha-de-joaquim-manuel-macedo_7.html
Leia: A Moreninha. Série Reencontro – Literatura. Editora Scipione.
Um abraço,
Prof.Gilberto