sexta-feira, 12 de outubro de 2012

“A Moreninha”, de Joaquim Manuel Macedo – o fim

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/10/a-moreninha-de-joaquim-manuel-macedo_11.html antes de ler esta postagem:

No dia seguinte, Carolina se arrumou, vestiu a roupa branca e seguiu para o rochedo... Cantou a balada de Ahy... Não demorou e ao longe pôde avistar o batelão que trazia Augusto... Então seu coração disparou. Conforme a embarcação se aproximava, conseguiu notar a presença de outra pessoa, o velho pai de Augusto.
Logo que desceu, o rapaz ofereceu o braço à Carolina. Em seguida ela cumprimentou o pai dele... Dona Ana quis saber por que Filipe não estava junto e foi informada que seu neto viria mais tarde trazendo Leopoldo e Fabrício.
Dona Ana e o pai de Augusto retiraram-se para uma conversa, enquanto Augusto e Carolina permaneceram juntos numa janela, mas não conversavam... Trocaram frases sobre a calmaria do mar e a serenidade do ar, até que foram convocados a entrarem no gabinete de dona Ana... Na sequência o pai de Augusto disse sobre o que conversaram e concluiu ao rapaz que dona Ana o avaliava digno de pedir a mão de sua neta... Restava, no entanto, ouvir da moça o consentimento... Dona Ana contou à neta que Augusto a amava (como se isso fosse uma novidade) e que aguardava uma resposta. Mas não foi isso o que aconteceu... Carolina disse que não sabia, e solicitou licença para que se retirasse ao jardim... Disse que em meia hora daria uma resposta definitiva na gruta.
O suspense tomou conta do ambiente tão logo a moça se retirou... Dona Ana sugeriu que o pretendente também fosse para o jardim... Ele foi direto ao encontro da amada, e a conversa que tiveram seguiu tensa para o moço... Primeiro porque ainda não havia se passado o tempo solicitado por Carolina... Depois porque ela perguntou-lhe se havia se esquecido da promessa que fizera há sete anos à “sua mulher”...
Augusto certamente não esperava por mais essa... Então procurou justificar-se dizendo que ainda era uma criança quando aqueles episódios ocorreram... Carolina respondeu dizendo que, de qualquer modo, sua promessa deveria ser cumprida... Sendo ele um moço honrado, deveria se casar com aquela da “primeira aliança”. Mas Augusto não aceitava, e disse que isso jamais ocorreria porque aquilo havia sido um “juramento de menino”.
Augusto não entendia por que a amada se mostrava irredutível... Começou a soluçar, enquanto ela perguntava o que ele faria... O moço respondeu que não teria mais ambiente onde não era amado... Não entendia o seu destino... Por que foi conhecer um “anjo naquela ilha”?... Talvez devesse partir para bem longe...
Disse que partiria para tentar encontrar aquela da "troca de juras de amor"... Sim, pediria perdão e devolveria a esmeralda... Tirou do pescoço o escapulário verde... Mas perguntava onde encontraria a moça se jamais tornou a vê-la...
Carolina ouviu toda essa falação... Então revelou que um dia também socorreu um moribundo e “deu de comer e vestir” à sua família... E também recebeu uma relíquia. Depois de dizer essas palavras, mostrou que também tinha um escapulário... Cada um expôs o que carregava e, assim, a esmeralda e o camafeu surgiram.
Augusto atirou-se aos pés da amada e encheu-os de beijos... Nesse mesmo instante, dona Ana e o pai de Augusto entraram na gruta e ficaram sem entender o que se passara. O jovem casal deu suas explicações... O rapaz disse que “havia achado a sua mulher”, enquanto Carolina esclarecia que eram velhos conhecidos. O final do episódio foi marcado pela chegada de Filipe, Leopoldo e Fabrício... Os três se animaram com a promessa de casamento...
Dona Ana ficou sem entender a história da “aposta perdida” por Augusto, já que era dia 20 de agosto (a data limite por eles estipulada)... Então Filipe disse que o amigo devia-lhe um romance. Augusto falou que já estava pronto... E como se chama?
­_ A Moreninha – ele respondeu.
Leia: A Moreninha. Série Reencontro – Literatura. Editora Scipione.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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