sexta-feira, 12 de outubro de 2012

“A invenção de Hugo Cabret”, de Brian Selznick – o senhor Cabret encontrou o autômato abandonado; o menino Hugo encantou-se por ele; incêndio e morte no museu

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/10/a-invencao-de-hugo-cabret-de-brian_11.html antes de ler esta postagem:

Aquele boneco era todo feito de engrenagens e outras peças de relógio. Ficamos sabendo que ele havia se tornado a coisa mais importante na vida do menino Cabret desde que seu pai relojoeiro contou-lhe sobre o achado... A história toda é mais ou menos a que segue:

O pai de Hugo era um exímio relojoeiro e trabalhava também num museu, onde fazia a manutenção dos relógios do prédio... Em determinada ocasião encontrou aquele objeto largado no sótão... O senhor Cabret ficou maravilhado com a máquina e, em conversa com o filho, explicou que se tratava de um autômato... Explicou que já vira vários, mas não como aquele. Contou que os autômatos funcionavam à corda, como vários brinquedos... Ao que tudo indica mecanismos daquele tipo eram raros em princípios da década de 1930... O senhor Cabret disse que já havia visto muitos modelos, como pássaros que podiam cantar ou bonecos que desenvolviam manobras em trapézios... O dado impressionante que ele fez questão de salientar era que, se estivesse em condições de pleno funcionamento, o autômato achado no sótão do museu poderia escrever...
Mas o pai de Hugo lamentou que o estado do boneco fosse lastimável, pois estava muito enferrujado e com várias peças quebradas e soltas, certamente faltavam partes... O garoto ouviu o pai e também se encantou... Imaginou que seria muito interessante assistir ao autômato escrever um poema, alguma mensagem ou charada... O menino quis saber quem o teria feito, mas o pai explicou que ninguém sabia.
O senhor Cabret disse que os autômatos que conhecera haviam sido feitos por mágicos que tinham conhecimento do funcionamento de relógios... O fato é que, muito bem elaborados, os autômatos encantavam plateias com suas ações (dançavam, cantavam, escreviam...)... Todos se deixavam envolver pelo mistério que os caracterizava.
Foi o próprio Hugo que, empolgado, pediu ao pai que consertasse o boneco que ele ainda nem conhecia... A prática que o pai tinha no manejo de relógios complicadíssimos certamente ajudaria na recuperação de tão maravilhosa máquina... O garoto quis conhecer o “boneco que escrevia”... Numa noite o pai conseguiu levá-lo ao sótão do museu... Hugo jamais esqueceria o que viu naquela ocasião... Em meio a animais empalhados e objetos antigos e empoeirados, o pai apresentou-lhe o autômato depois de tirar um lençol branco que o cobria. O menino ficou apaixonado pelo equipamento e muito curioso para saber o que ele poderia escrever... Insistiu, gostaria de ver o boneco consertado... Então o solícito pai prometeu que encontraria um tempinho para experimentar peças sobressalentes que possuía e estudar o mecanismo... O fato é que, mesmo em sua oficina, enquanto executava serviços urgentes, não deixava de pensar no desejo do filho em ver a maravilhosa máquina funcionando.
O relojoeiro desmontou a máquina, limpou suas peças, estudou-as a fundo... Produziu vários desenhos em que detalhou a complicada estrutura. No dia do aniversário do filho, o senhor Cabret levou-o como de costume ao cinema. Deu a ele um dos cadernos de presente... Exatamente aquele que o velho da loja de brinquedos tomou e desejava queimar...
Lentamente, o relojoeiro conseguiu alguns avanços e Hugo se animou... Houve ocasião em que seu pai levou-o ao museu para revelar como o mecanismo operava... Faltava consertá-lo... Os dois encheram-se de esperança sobre a recuperação da máquina. Queriam descobrir o que ela escrevia ou desenhava...
A leitura de A invenção de Hugo Cabret segue agradável... Mas há alguns dramas que precisam ser conhecidos e “encarados”. Um deles é o episódio que revela a morte do senhor Cabret... Na ocasião, ele foi esquecido pelo guarda do museu... O pai de Hugo engajava-se na pesquisa e experimentos com o autômato de tal forma que podia mesmo “desligar-se” dos horários... Assim, na fatídica noite, ele não teve como escapar do museu porque ficou trancado nele... O fato é que teve início um incêndio que se alastrou rapidamente por todo o prédio... O senhor Cabret morreu neste acidente.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/10/a-invencao-de-hugo-cabret-de-brian_15.html
Leia: A invenção de Hugo Cabret. Edições SM.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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