Talvez
seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/09/os-bandeirantes-de-mustafa-yasbek-serie_7.html antes de ler esta postagem:
Depois dessa primeira noite, muitos dias se
seguiram... Eles foram de dificuldades diversificadas... Homens e animais de
carga tinham de vencer os acidentes naturais... O caminho parecia não ter mais
fim. Às margens do rio Paranapanema escavaram troncos de árvores que serviram
de canoa para a travessia. Do outro lado do rio a mata se apresentava mais
complicada... Para piorar, os
bandeirantes não encontraram as plantações que Lobo Leme dava como certas,
deixadas por bandeiras anteriores... Nos riachos não se pescava como em outras
ocasiões, também a caça estava difícil. Em vez disso, insetos variados, aranhas
e cobras venenosas rondavam as cercanias onde os bandeirantes estavam. Não é difícil inferir que os
jesuítas, conhecendo a índole dos bandeirantes paulistas (como afirmava o
jesuíta espanhol, padre Mansilla, “toda vida deles, (...) até a velhice não é
mais do que vir, levar e vender índios” – citado à página 18), procurassem, de
formas variadas, criar dificuldades para que eles não avançassem até a província de
Guairá.
Irritado com os problemas
que os guias estavam encontrando, Lobo Leme pressionou-os com sérias ameaças...
Os ânimos estavam piorados. Isso podia mesmo acontecer com as bandeiras
verídicas da História... Então Yasbek exemplifica com o desentendimento entre
Sebastião Pires e um dos guias que não acertava o rumo das antigas trilhas.
Como não gostou da forma como foi tratado, o guia partiu para cima do escrivão
com uma faca e o feriu no rosto... Lobo Leme ordenou o enforcamento do
insubordinado numa árvore e assim os demais se sentiriam acanhados para
sedições...
O pior foi a febre (e isso podia mesmo ocorrer) que provocava
estremecimento medonho nos homens. Nessas ocasiões, os índios da expedição
procuravam as ervas que conheciam para providenciar uma cura... Mas na história
de Yasbek os esforços foram em vão, e vários afetados não resistiram e
morreram... Sendo assim, foram enterrados rapidamente para que não
contaminassem aos demais. Os que eram cristãos recebiam as últimas preces
dirigidas pelo padre Miranda.
Os alimentos
começavam a escassear e Lobo Leme cogitava sacrificar cavalos, mulas e cães.
Antônio, o tupi que pertencia a Pedro Bicudo, ouviu essa conversa do chefe da
bandeira com Sebastião Pires... Contou para o barbeiro, que sentiu-se
repugnado...
Só
depois de um mês de ter partido é que a bandeira passou tempos de certa
tranquilidade... As trilhas foram encontradas, os índios abriram a mata e
semearam a terra para garantir provisões do retorno (que todos esperavam
ocorrer)... E esperavam trazer muitos prisioneiros que também demandariam
rações... Atravessaram o rio Tibagi e avançaram...
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/09/os-bandeirantes-de-mustafa-yasbek-serie_9.html
Leia: Os bandeirantes. Série O Cotidiano da História. Editora Ática
Um abraço,
Prof.Gilberto