sábado, 8 de setembro de 2012

“Os bandeirantes”, de Mustafa Yasbek – Série O Cotidiano da História – a bandeira em movimento pela mata; febre e desentendimentos entre os bandeirantes

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/09/os-bandeirantes-de-mustafa-yasbek-serie_7.html antes de ler esta postagem:

Depois dessa primeira noite, muitos dias se seguiram... Eles foram de dificuldades diversificadas... Homens e animais de carga tinham de vencer os acidentes naturais... O caminho parecia não ter mais fim. Às margens do rio Paranapanema escavaram troncos de árvores que serviram de canoa para a travessia. Do outro lado do rio a mata se apresentava mais complicada... Para piorar, os bandeirantes não encontraram as plantações que Lobo Leme dava como certas, deixadas por bandeiras anteriores... Nos riachos não se pescava como em outras ocasiões, também a caça estava difícil. Em vez disso, insetos variados, aranhas e cobras venenosas rondavam as cercanias onde os bandeirantes estavam. Não é difícil inferir que os jesuítas, conhecendo a índole dos bandeirantes paulistas (como afirmava o jesuíta espanhol, padre Mansilla, “toda vida deles, (...) até a velhice não é mais do que vir, levar e vender índios” – citado à página 18), procurassem, de formas variadas, criar dificuldades para que eles não avançassem até a província de Guairá.
Irritado com os problemas que os guias estavam encontrando, Lobo Leme pressionou-os com sérias ameaças... Os ânimos estavam piorados. Isso podia mesmo acontecer com as bandeiras verídicas da História... Então Yasbek exemplifica com o desentendimento entre Sebastião Pires e um dos guias que não acertava o rumo das antigas trilhas. Como não gostou da forma como foi tratado, o guia partiu para cima do escrivão com uma faca e o feriu no rosto... Lobo Leme ordenou o enforcamento do insubordinado numa árvore e assim os demais se sentiriam acanhados para sedições...
O pior foi a febre (e isso podia mesmo ocorrer) que provocava estremecimento medonho nos homens. Nessas ocasiões, os índios da expedição procuravam as ervas que conheciam para providenciar uma cura... Mas na história de Yasbek os esforços foram em vão, e vários afetados não resistiram e morreram... Sendo assim, foram enterrados rapidamente para que não contaminassem aos demais. Os que eram cristãos recebiam as últimas preces dirigidas pelo padre Miranda.
Os alimentos começavam a escassear e Lobo Leme cogitava sacrificar cavalos, mulas e cães. Antônio, o tupi que pertencia a Pedro Bicudo, ouviu essa conversa do chefe da bandeira com Sebastião Pires... Contou para o barbeiro, que sentiu-se repugnado...
Só depois de um mês de ter partido é que a bandeira passou tempos de certa tranquilidade... As trilhas foram encontradas, os índios abriram a mata e semearam a terra para garantir provisões do retorno (que todos esperavam ocorrer)... E esperavam trazer muitos prisioneiros que também demandariam rações... Atravessaram o rio Tibagi e avançaram...
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/09/os-bandeirantes-de-mustafa-yasbek-serie_9.html
Leia: Os bandeirantes. Série O Cotidiano da História. Editora Ática
Um abraço,
Prof.Gilberto

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