O fato de a fábrica contratar o operário para exercer sempre a mesma e repetitiva função numa linha de montagem (na imagem temos a linha de montagem apresentada em Tempos Modernos, de Charles Chaplin), torna-o desqualificado... Ele não conhece todo o processo de produção como os artesãos de antigamente... Ele troca sua força de trabalho por um salário muito baixo. Se sujeita a isso porque é levado a crer que qualquer um pode exercer sua função na linha de montagem. E, de fato, há um grande contingente proletariado que se torna mão-de-obra barata para a exploração realizada pelos capitalistas... Os donos das fábricas têm o lucro, os que “planejam a produção” têm os melhores salários...
Ao operário restou a Alienação do Trabalho, que pode ser entendida pela somatória de todos esses fatores anteriormente elencados. Ele passará a vida inteira trabalhando e provavelmente nunca terá condições de adquirir aquilo que ajuda a produzir na fábrica. Muitos serão levados a crer que seu trabalho não produz riqueza...
As questões propostas:
* Como podemos interpretar o poema?
* Por que seu título é “Operário em construção”?
* Quais são as reflexões feitas pelo operário?
As questões contribuem para a reflexão dos temas relacionados à Revolução Industrial e não são de difícil compreensão... Num eventual debate, podemos mostrar que na medida em que ele reflete sobre a sua importância para a vida de todos, sobre a riqueza que ajuda a construir, constrói sua identidade e sua consciência. Assim, valorizando-se, pode romper com a alienação do trabalho.
Um abraço,