quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Tempo de Esperas, de Fábio de Melo (PE.) – Alfredo agradece as mudanças pelas quais passou; Abner revela ser pai de Clara e responsável pela sua partida

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/08/tempo-de-esperas-de-fabio-de-melo-pe-o.html antes de ler esta postagem:

Alfredo agradeceu a carta enviada pelo professor. Gostou de saber que ele também teve de se apartar de situações e coisas que davam a falsa impressão de liberdade... Não é fácil perder a ilusão de que somos donos de pessoas... Ele sugere que, talvez, a principal função das religiões seja a de contribuir para que as pessoas percebam que o que as tornam “escravizadas” é essa busca incessante de sentir-se amado e “necessário a alguém”, dono de coisas e situações de aparente liberdade e segurança... Alfredo completa afirmando que a humanidade necessita de posturas mais livres do peso das “escravidões”... A isso ele chama de “ensinar a leveza”.
Relatou mais uma vez sobre a relação simples de sua mãe com Deus. Mostrou que, no passado, deu mais atenção a outras interpretações. O que ficou foi a ideia de um Deus punitivo e aterrorizante... Optou por afastar-se dos laços familiares e desse Deus... Então seguiu sozinho.
Agora podia concluir que alimentou em si a insegurança diante do mundo incompreendido... A necessidade de interpretá-lo através de metodologia mais racional transformou-o num tipo arrogante. As perdas jamais eram aceitas. Seu afastamento em relação às pessoas mais simples foi apenas outra consequência. Ele entendia que apenas a formação acadêmica traria alguma satisfação. Enfim, Alfredo reconhece que agora via tudo mais claramente, passou a entender a importância da correspondência que iniciou com o professor. Sua relação com Deus também mudou... Sentiu que Ele se manifestara no cultivo do jardim, na beleza e harmonia que dele emanavam.
Abner demonstrou grande alegria na resposta que enviou para Alfredo. Viu que as orientações que sugerira deram o resultado esperado... Desejava que ele permanecesse com Deus, se entretendo com Ele no jardim... Revelou que também espalhou frases bonitas entre suas plantas.
É nesta carta que Abner revela que precisava contar algumas verdades ainda omitidas na correspondência que vinham mantendo. Considerava que o jovem amigo, agora, tinha condições de conhecê-las. Esclareceu que o ama fraternalmente e que ele (Abner) era o responsável por Clara o ter abandonado.
Revelou que Clara é sua filha... Seu desgosto era saber que ela havia se apaixonado por um moço muito inteligente, mas de pouca sabedoria... Argumentou que não é a inteligência que alimenta o amor... Exemplifica afirmando que a inteligência de um pai não garante uma boa paternidade... Amar não significa desvelarmos o ser da pessoa amada... Mistério e intuição contam muito mais quando focamos a felicidade. 
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/08/tempo-de-esperas-de-fabio-de-melo-pe_16.html
Leia: Tempo de Esperas. Editora Planeta.

Um abraço,
Prof.Gilberto

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