Filme: Quanto Vale ou é por Quilo? – entidades beneficentes em ação; campanhas de estímulo à arrecadação
Talvez
seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/08/filme-quanto-vale-ou-e-por-quilo-inicio.html antes de ler esta postagem:
O cenário muda completamente... Agora estamos
sobre a laje de uma casa modesta localizada num bairro de periferia da cidade de
São Paulo. A iluminação é a do dia. Há uma comemoração e vemos pessoas alegres
em torno de uma mesa simples. Homens estão bebendo, tocando instrumentos e
cantando com muita competência As Rosas
não Falam, do compositor Cartola...
O ambiente é familiar, crianças, jovens e idosos conversam animadamente
enquanto se alimentam do churrasco servido. Contrastando com a animação, está
Arminda (Ana Carbatti) que dorme um sono agitado... Sua fisionomia é a da mulher que anteriormente
vimos presa no tronco... Temos a impressão
de que a visão dos instrumentos de tortura e dos torturados era a de seu sonho.
Ela é despertada por Lurdes porque já é momento de cantarem “parabéns”. Arminda
se levanta e, solícita, oferece-se para lavar a louça que está aos cuidados de
“dona Judite”.
Depois disso temos um
recorte da campanha publicitária de uma instituição chamada Sorriso de Criança. As imagens em preto
e branco revelam crianças abandonadas, sujas e tristes... A campanha orienta as
pessoas a não darem esmolas, mas a fazer doações a “entidades idôneas”...
Lurdes está à mesa, e além dela vemos dois tipos da agência e dom Elísio que,
ao que tudo indica, é quem está ali para contratar uma campanha diferenciada...
O tipo que parece ser o dono ou chefe da
agência critica o material que foi exibido. Ele diz que a estratégia da Sorriso de Criança está ultrapassada...
Só aparece criança sofrendo... Além disso, diz a dom Elísio que as pessoas que
financiam solidariedade “querem algum retorno”... Sendo assim, afirma que a
imagem deve sempre ser vinculada depoimentos emocionantes e ao êxito. O dom
Elísio responde apenas que imagina que aqueles profissionais estejam bem atualizados
nessas campanhas, então assina papéis do contrato entre a entidade e a empresa.
(...)
A cena passa a ser novamente
a de uma “laje da periferia”... Agora vemos uma senhora posicionando crianças
para serem fotografadas... Enquanto faz isso, entrega brinquedos... Ela
coloca-se entre as crianças e abre um largo sorriso... Não vemos a mesma reação
nos rostos das meninas e meninos... Mas isso pouco importa... Ouvimos a
narração sobre o ato de doar enquanto “instrumento de poder” que desencadeia
uma série de sentimentos ao mesmo tempo em que alivia a consciência das pessoas...
Dona Marta Figueiredo chega ao escritório da agência de publicidade... Ela
traz artigos variados para uma campanha... E diz que se empenha recolhendo
donativos com o seu motorista particular... Sintetiza suas ações com um ”se
todos os que têm fizessem um pouco pelos que não têm...” Inferimos que a
campanha da agência para a Sorriso de
Criança,ou para outra instituição qualquer, surtiam os efeitos desejados pelos que contratavam a agência.
Na sequência vemos a equipe de dona Noêmia realizando um trabalho de solidariedade à noite
em meio a pessoas desabrigadas... Os voluntários entregam cobertores e agasalhos, além
de servir um café aos desamparados. De repente chega outro carro com pessoal que também faz atividade similar... A surpresa fica por conta de dona Noêmia, que expulsa os recém-chegados dali. Argumenta que ela, seus filhos e
voluntários ocuparam e iniciaram o trabalho naquele local antes.
(...)
Dona Mônica, uma das
voluntárias da equipe de Noêmia, chama a atenção para o caminhão de coleta de
lixo que está passando... Com ele segue o seu futuro genro, Candinho... Uma
amiga de Mônica quer saber como é que Candinho, trabalhando em “algo sem futuro”
pagaria as despesas com a festa de casamento... Mônica diz que a outra também
nada pode falar, pois "é apenas uma empregada doméstica"...
Mônica
defende o genro dizendo que ele é uma pessoa boa, e que vai ter festa, sim, e
que todos seriam convidados. Em breve conheceremos mais um pouco sobre esta
dona Mônica, seu trabalho solidário e a festa de casamento.
Indicação (14 anos)Continua em https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2012/09/filme-quanto-vale-ou-e-por-quilo-dona.html
Um abraço,
Prof.Gilberto