quarta-feira, 6 de junho de 2012

Tempo de Esperas, de Fábio de Melo (PE.) – Alfredo não aceita a ideia de “vitória na derrota”

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/06/tempo-de-esperas-de-fabio-de-melo-pe_02.html antes de ler esta postagem:

Não.
Alfredo não era do tipo que lidava com a simplicidade e suas dimensões éticas... O seu exercício era com a complexidade. Para ele, essa ideia de “enxergar com simplicidade” relaciona-se a discursos poéticos, daqueles que divagam...
É claro, nunca havia oferecido flores a Clara porque, em sua percepção, nunca notara o gosto dela por flores. O amor entre ambos tinha vínculos reflexivos... O que os unia eram as metafísicas... Alfredo, sucinto, estava mesmo em dificuldades para “sustentar o ser”, não tinha motivações para reagir. Esperava que o conteúdo da carta do professor fosse bem diferente.
Ele explica que não via motivos explicáveis para o rompimento do convívio... Estava arrasado também porque já havia planejado o futuro ao lado de Clara. Ela o acompanharia, desfrutando com ele as conquistas que certamente viriam. É neste ponto que Alfredo dispara a sua não compreensão sobre a mensagem de Abner sobre “conhecer vitórias onde todos enxergam derrotas”. A Filosofia não estaria sendo desconsiderada neste caso?
O jovem aceita a beleza contida nas palavras do mestre, porém questiona se elas carregam alguma verdade... Ele não admite o texto do professor Abner e dispara: “sofrer não é vitória”; “não há beleza na perda”.
Alfredo finalizou sua carta com uma pergunta: “Onde está a glória do fracasso?”
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/06/tempo-de-esperas-de-fabio-de-melo-pe-e.html
Leia: Tempo de Esperas. Editora Planeta.

Um abraço,
Prof.Gilberto

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