domingo, 3 de junho de 2012

Filme: O Ovo da Serpente – O trabalho de Abel e de Manuela na Clínica Santa Ana.

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/05/filme-o-ovo-da-serpente-o-cabare-e.html antes de ler esta postagem:

O cabaré foi queimado... Pânico e medo tomaram a consciência de todos... Vemos Manuela e Abel no quarto da casa nº 28 da St.Anna Klinik... Ela tenta dormir e se mostra incomodada com o fato de Abel ainda permanecer acordado... Ele diz que “precisa ficar bêbado para dormir”. Ela está febril e parece curtir o desconforto em seu corpo (pode-se sonhar acordada, tudo fica confuso). Oferece uma meia garrafa de gim que está na cozinha. O outro não pestaneja e vai atrás da bebida. Abel pergunta se ela não se incomoda com o constante barulho de uma máquina que, aparentemente, funciona a estranhos intervalos. Manuela está meio confusa, fala sobre o roupão que Abel está usando...
Era do pai dela, então diz que se emociona... Em sua infância ficava observando o pai ensaiando números circenses, lembra-se da mãe o advertindo sobre os erros, e ele demonstrava constrangimento... Manuela relaciona essas reminiscências à situação atual e diz que “as pessoas não têm futuro”. Diz que elas “perderam o futuro”... Abel, que ingeria volumosos tragos do gim, disse apenas que estava finalmente bêbado... Manuela o abraça e apaga o abajur.
Na manhã seguinte vemos Abel passando pelos portões da St.Anna Klinik. Ele chega para o trabalho prometido por Vergerus nos arquivos. É recebido pelos doutores Soltermann e Silbermann, que são os encarregados do arquivo da clínica que, segundo eles, "é um dos maiores arquivos hospitalares do mundo". A clínica existia há mais de 350 anos, embora sob nomes diversos, possuía evidentemente milhões de registros.
Rosenberg seria assistente daqueles doutores... Eles o levam até o ambiente de trabalho. Enquanto vão falando sobre as necessidades que tinham de um subalterno, percorrem caminhos escuros e repletos de estantes com pastas... São muitas... O lugar parece um absurdo labirinto... Os dois veteranos falam sem parar de suas qualidades e pesquisas, já Abel diz apenas que não tem nenhuma experiência no trabalho de arquivista... Eles afirmam que isso não importa, já que teria uma tarefa inicial fácil. Abel pergunta como descobrirá a saída daquele lugar, então o doutor Soltermann, que é o mais eloquente, diz que um dos dois viria pegá-lo no horário da refeição. Ele diz que praticamente todo material é confidencial e que não pode ser retirado do ambiente... Fala que nenhum documento que passar pelas mãos de Rosenberg deverá ser objeto de “decifração” por ele. As fichas, ainda segundo o doutor Soltermann, estão repletas de relatos sobre sofrimento humano não conhecido pelas pessoas comuns... São “erros e acertos” da Ciência... Enfim chegam ao ambiente de trabalho de Rosenberg, que se parece mais com uma cela...
É então informado que o trabalho se inicia às oito da manhã e se estende até as seis da tarde. Soltermann fala sobre o horário de almoço, e diz com satisfação que os funcionários podem levar refeição para casa em embalagem especial (algo que lembrava um privilégio para bem poucos naqueles dias de escassez). Os dois estão se retirando e Abel quer saber o que deve fazer ali... É informado que deve passar os conteúdos de umas pastas cinza para outras amarelas, numerá-las... Desejam-lhe boa sorte, saem e uma porta gradeada é fechada... Seu ambiente de trabalho parece uma cela.
Vemos Rosenberg pelas úmidas e geladas ruas da clínica... Ele passa por uma instalação que parece ser uma lavanderia, de onde vapores saem... Passa a mão pelo vidro embaçado e vê Manuela em sua tarefa extenuante... Ela nota o companheiro do lado de fora e se dirige para a porta... Conversam sobre o dia de trabalho, Manuela mostra que não está bem, Abel fala que poderá levar refeição para casa... Ele nota que ela está mais magra e pálida. A encarregada do setor de Manuela exige que a funcionária retorne para o trabalho.
Abel prossegue reflexivo o seu caminho... Sofre um esbarrão de ninguém menos que Vergerus. O patrão quer saber o que o outro está achando do trabalho... Abel diz que nada tem a falar... Vergerus pergunta sobre Manuela, Abel responde rispidamente que ele deve falar diretamente com ela... Vergerus mostra polidez e fala que gostaria de encontrar-se com o casal numa noite qualquer... Abel alega estar com pressa e se retira.
Indicação (18 anos)
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/06/filme-o-ovo-da-serpente-revelacoes-do.html

Um abraço,
Prof.Gilberto

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