quinta-feira, 21 de junho de 2012

Considerações sobre Deficiência Intelectual: os sentidos da cultura, da história e da escola, de Anna Augusta Sampaio Oliveira; in Referencial sobre Avaliação da Aprendizagem na área da Deficiência Intelectual – Parte Final

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/06/consideracoes-sobre-deficiencia_20.html antes de ler esta postagem:


É claro que o anteriormente exposto é um desafio para as nossas escolas. Valentim (F.O.D. Valentim) destaca que as necessidades, particularidades e ritmo dos estudantes com deficiência intelectual levam-nos a refletir sobre a “adequação curricular”, com o cuidado de não impor o mesmo padrão dispensado aos demais.
Algumas “quebras do tradicional”, por mais simples que pareçam, podem gerar boas experiências. São citados trabalhos em grupos; utilização de recursos lúdicos no desenvolvimento dos temas propostos aos alunos; organização física da sala de aulas (grupos pequenos, maiores, carteiras em círculo...); atividades no chão; em outros espaços (quadra, pátio), e assim por diante.
Citando Shimazaki (E.M. Shimazaki), o texto destaca ainda as diferentes maneiras de ensinar pelo viés do resgate histórico. Há a forma reducionista, que consiste em treinamento e “ensino de habilidades”. Trata-se de uma forma isolada e descontextualizada... Diferente disso, numa perspectiva contextualizada, é a construção de formas integradas com as áreas do conhecimento humano.
Oliveira considera que as práticas “mecanicistas e repetitivas de aprendizagem” estão cada vez mais distantes dos cotidianos escolares. Falta, talvez, proporcionarmos mudanças mais significativas em relação aos estudantes com deficiência intelectual, possibilitando-lhes real condição de sujeitos históricos, capazes de desenvolver, mais que habilidades, a capacidade de pensamento e reflexão sobre os bens simbólicos.
De Carlo (M.R.P. De Carlo) fala da inclusão que leva o sujeito a vencer as dificuldades impostas pela deficiência sem metas distintas das do ensino comum. Destaca a importância de, também a escola, proporcionar a relação desses estudantes com a comunidade... Cabe a cada professor, a partir de seu componente curricular e especificidades, pensar e implementar formas de aproximação do estudante com deficiência intelectual da vivência da comunidade onde vive. Mas isso não se dá de modo fragmentado (professores e áreas de conhecimento isoladamente) porque pretende-se uma construção de currículo que seja reflexo da integração de toda escola, e dela com o seu meio sócio-histórico-cultural. O currículo, dessa forma, é “concebido como uma construção sociocultural abrangente...”
Finalizando com essas ideias de Pletsch (M.D. Pletsch), Oliveira conclui que não se pode atuar de forma isolada, mas buscar o diálogo na escola e a aproximação de formas coletivas de atuação.

Um abraço,
Prof.Gilberto

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