Vemos um oficial militar caminhando. Ouvimos apenas o som de suas botas tocando o asfalto. Ele chega de chapéu e carregando uma mochila.
À sua frente há um escuro túnel. Ele segue em direção ao outro lado... De repente ouve-se um uivo assustador. Um cão exibindo enormes dentes se aproxima com agressividade. De modo temerário, o caminhante passa pelo raivoso animal. Seus passos ecoam pelo túnel que, enfim, é vencido.

Em posição de sentido, pálido e com os olhos escurecidos, Noguchi diz que entende as palavras do chefe, mas reclama que seus pais não aceitam a sua morte. Caminha ao lado do oficial e aponta para uma distante localização... Diz que “naquela casa” da colina moram o pai e a mãe... O comandante fala que lamenta, mas é verdade que o soldado morreu em seus braços.

Depois de tudo ouvir, o oficial argumenta para eles que o 13º Pelotão foi aniquilado... Diz que sentia muito... Sobreviveu e não conseguia encará-los. Disse ainda que era culpado pela morte de todos, que havia mandado todos para a morte... “Fui capturado e, no campo de prisioneiros, senti o gosto da morte”... “Olhando para vocês sinto a mesma dor”... “Morreram como cães”... “Voltem e descansem em paz”... “Meia volta volver!”... “Avante! Em marcha!”... Eles se retiram.
Depois o cão reaparece, ameaça mais uma vez o comandante... Fim do sonho.
Indicação (livre)
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Um abraço,
Prof.Gilberto