Adolescentes e adultos carregam experiências em sua vida marcada por superação de limites impostos pela deficiência. Graças a compensações sociais e culturais adquiriram novas formas de viver e se relacionar com o mundo. Nesse sentido, a escola é ambiente privilegiado. Espaços coletivos são fundamentais para os processos de formação (interações sociais e mediação semiótica – Vygotsky -proporcionam a reorganização do funcionamento psíquico das pessoas com deficiência... assim elas podem alcançar um nível de desenvolvimento superior).
Carvalho e Maciel (E.N.S. Carvalho e D.M.M.A. Maciel) corroboram as idéias anteriores em relação às interpretações sobre as condições e possibilidades dos deficientes intelectuais. Elas dependem das concepções, percepções e valores presentes no meio social e cultural.
(Oliveira) define a deficiência como fluida, contínua, mutável... Pode-se reduzi-la através de intervenções, serviços e apoios. A escola deve refletir sobre sua tarefa, pois a condição de deficiência não pode nunca pré-determinar o limite do desenvolvimento da pessoa. Cabe à escola criar as condições para que os limites sejam superados.
Citando Vygotsky, destaca que é um erro tratar os casos de deficiência intelectual de forma generalizada. O próprio pensador definiu que os deficientes são pessoas localizadas em seu tempo histórico, são únicas, particulares, singulares.
O professor, que é mediador no processo-aprendizagem, com a sua experiência, tem um papel extremamente importante na condução de todos os estudantes a níveis superiores de funcionamento. Isso se torna ainda mais importante quando se tem consciência da dimensão histórica e cultural da deficiência intelectual.

Oliveira (em texto de 2009) ressaltava a importância do caráter social da prática educativa. A emancipação dos alunos, e o desenvolvimento das funções superiores de pensamento e linguagem, podem ser proporcionados quando as forças que constituem essa prática são colocadas em preeminência. No caso específico dos deficientes intelectuais, não podemos deixar de apontar a “metodologia, a intensidade dos apoios e adequações curriculares individuais”.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/06/consideracoes-sobre-deficiencia_21.html
Um abraço,
Prof.Gilberto