quarta-feira, 8 de julho de 2020

Filme – “Dios se lo pague” – o velho Richardson ouve estarrecido que Alvarez adquiriu a maior parte das ações de sua indústria de tecidos; Alvarez se refere ao filho de Richardson sem saber que o conhece; tudo arranjado para a transferência da direção da fábrica; vê-se que o empresário apagou de sua memória o malefício que causou ao operário Yuca; a tudo Nancy assiste em silêncio

Talvez seja interessante retomar https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2020/07/filme-dios-se-lo-pague-alvarez-chamou.html antes de ler esta postagem:

Vimos que Nancy tomou a decisão de fugir com Péricles... Vimos que o rapaz ludibriou Alvarez, conseguiu $100.000 e assim convenceu a amada de que seu projeto era viável.
Como podíamos imaginar que a trama enredasse para a situação dramática a que assistimos? Alvarez planejava deixar sua “vida alternativa” e largar de uma vez por todas o papel de velho mendigo. Vimos que ele apresentou ao Barata suas instalações e contou-lhe a história de como foi parar na prisão... Todavia sua condição no momento era das mais favoráveis, pois acumulara capital suficiente para proporcionar invejável conforto à Nancy e comprar ações da empresa que o lesara no passado.
A indústria de tecidos Richardson passou a ter um novo proprietário... O agente de Alvarez comprou a maior parte de suas ações... O velho pai de Péricles não admitiu a realidade, se irritou e disse que fora roubado. Mas o que podia fazer, se o próprio filho as havia surrupiado de seu cofre para se divertir nos jogos de azar e no convívio com a alta sociedade?
Como vimos, Alvarez não tinha a menor ideia de que o rapaz que se apresentara como irmão de Nancy era filho daquele empresário que tanto mal lhe fizera no passado...
Nancy continuou acompanhando em silêncio a conversa entre os dois homens no escritório...
(...)
Alvarez disse que não tivera a honra de conhecer o filho do industrial... Emendou em tom de opinião que o vício do jovem pelo jogo o levara à perdição. O velho explodiu de raiva e chamou-o de miserável. Alvarez aceitou a agressão também como opinião, mas permitiu-se dar-lhe o conselho de proibir o rapaz de prosseguir se arriscando nos jogos de salão. Como alternativa poderia dar dinheiro ao filho, pois assim ele não se sentiria na necessidade de roubar do próprio pai.
O velho Richardson não suportou tamanha humilhação e esbravejou com um “chega!”. Na sequência perguntou quanto Alvarez queria para devolver-lhe as ações. Como resposta ouviu que “não há dinheiro no mundo que as compre”... A pergunta do outro equivaleria a querer saber quanto vale uma vida nova!
(...)
Alvarez tinha mais coisas a dizer... Uma delas dizia respeito a um documento em que o velho Richardson lhe transferia voluntariamente a direção da fábrica. Isso era um meio de se evitar questionamentos indiscretos dos acionistas em assembleia. No mesmo momento, o velho gritou que não assinaria... Alvarez quis saber se ele pretendia estudar o papel e seus termos, disse que era razoável de sua parte, todavia devia enviá-lo assinado antes do anoitecer para que a mudança se processasse o mais rápido possível.
Disse essas coisas e acrescentou que sua “nova vida de industrial” era como que um presente que queria dar à esposa. O outro questionou sobre a possibilidade de se negar a assinar o documento... Alvarez esclareceu que de qualquer modo os recibos assinados pelo filho irresponsável já se encontravam nas mãos dos agentes da Bolsa. Era apenas uma questão de fazer a cobrança.
A cada palavra arrasadora de Alvarez, Nancy também estremecia... A cada intervenção dele, ela entendia um pouco melhor a trama da qual fazia parte. Apesar disso, o próprio marido era-lhe um mistério que ainda não conseguia decifrar.
(...)
As ações tinham sido compradas de boa-fé... O empresário só sabia dizer que estava lidando com um “miserável”. Alvarez sentenciou que, se aquilo era tudo que tinha a manifestar, então não havia mais o que falar. Disse isso e dispensou-o.
O velho quis saber por que Alvarez havia feito aquilo... Ele respondeu que, pelo visto, a memória de Richardson era muito falha. Emendou que há vinte anos Richardson prometera ajudá-lo... O velho se espantou e Alvarez confirmou que ele prometera ajuda também a outra pessoa que não mais existia (referia-se à Maria). Talvez suas muitas ocupações o tivessem impedido de cumprir o que prometera...
Alvarez acrescentou que finalmente podia corrigir a injustiça e reparar o infeliz esquecimento alheio... Com ironia no olhar, acrescentou que a partir de então o velho estaria livre das ocupações e por isso devia agradecer-lhe.
Por fim, abriu a porta, tomou o documento nas mãos e o entregou ao velho. Disse-lhe mais uma vez para devolvê-lo antes do anoitecer. O homem pegou o documento e saiu furioso enquanto ouvia a recomendação para que não se esquecesse mais uma vez.
Indicação (não informada)
Um abraço,
Prof.Gilberto

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