sexta-feira, 3 de julho de 2020

Filme – “Dios se lo pague” – Alvarez chega no momento mais ardente das revelações de Péricles; impacto e dissertação sobre história e filosofia em torno do nome do convidado; mal estar de Nancy, que exige mais respeito às pessoas de sua consideração; o tipo foi apresentado como um seu parente que tinha coisas importantes para tratar com ela

Talvez seja interessante retomar https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2020/07/filme-dios-se-lo-pague-nancy-e-pericles.html antes de ler esta postagem:

Como vimos, Péricles e Nancy costumavam sair à noite para se divertir... Fizeram isso por várias noites enquanto Alvarez passava o seu tempo trabalhando disfarçado de mendigo ou em seu “escritório” localizado no casarão apresentado ao Barata.
A noite em que Alvarez apresentou suas dependências ao amigo não foi diferente... Péricles e Nancy passaram bons momentos. Mas dessa vez os dois tiveram uma conversa franca na grande sala da mansão. O rapaz estava disposto a fugir com a amada e garantiu-lhe que havia ganhado $10.000 para viajarem no dia seguinte a Montevidéu, onde se casariam, e de lá partiriam para uma nova e promissora vida em Nova York. O rapaz mostrou-se determinado e salientou que, se Nancy declinasse do convite, partiria sozinho.
(...)
Neste mesmo momento a porta se abriu... Alvarez chegava animado com os últimos acontecimentos... Os vários papéis que trouxe para casa tinham a ver com “ações preferenciais” e, como ele mesmo havia dito ao Barata, seriam objeto de muito trabalho para o resto da noite.
Ele colocou pastas e chapéu numa das poltronas da grande sala, e foi do espelho situado numa parede logo atrás que viu Nancy e o visitante. Cumprimentou-os com um “boa noite”... Nancy adiantou-se e respondeu com um “bom dia”, insinuando que ele havia chegado bem mais cedo do que o de costume. Ele concordou acrescentando que esperava que ela não o julgasse mal por isso.
Nancy devolveu-lhe o mesmo juízo... Esperava que também ele não a julgasse mal. Evidentemente já se referia à presença do estranho em momento inapropriado e por isso ia apresentá-lo. Péricles adiantou-se e fez isso ele mesmo. Alvarez salientou que não havia necessidade de maiores cerimônias, já que os amigos de sua esposa eram também seus amigos. Na sequência perguntou ao visitante se ele estava bem... Péricles respondeu afirmativamente e anunciou que já estava de saída. Gentilmente, Álvares pediu-lhe que ficasse um pouco mais. Eles podiam ficar à vontade enquanto ele se dirigia ao escritório da casa revelando que tinha muito trabalho.
(...)
No caminho, e novamente diante do espelho, Alvarez parou e começou a falar a respeito do nome especial do outro... Era uma honra ter “Péricles” em sua casa. E foi então que passou a se referir ao histórico estadista e guerreiro ateniense. Fez vários elogios à personagem importante e inteligente entre os gregos... Falou sobre o “século de Péricles” e dos muitos sábios que viviam na imortal Atenas.
Nancy e seu convidado ficaram calados e estáticos enquanto o dono da casa assumia ares professorais ao pedir-lhes que não estranhassem o fato de ele conhecer tudo aquilo. Cravou que talvez o rapaz até visse nele um conterrâneo... Disse isso e se apresentou como Sócrates, o filósofo.
Péricles, o Richardson, agradeceu as palavras instrutivas e, ao mesmo tempo, sem participar de qualquer dissimulação, lembrou que não se tratava do Péricles ao qual o senhor Alvarez se referia. Este pediu desculpas e garantiu que o equívoco se devia pela coincidência do nome. Mas então, o moço tinha um sobrenome e isso é o que acabava estragando a “graça das coisas”... Falou sobre isso e citou o caso de Napoleão, que se imortalizou na História como o Péricles de Atenas... Um “Napoleão Alvarez” nada tem a ver com o histórico. Mas é claro!
Nancy entendia que o marido estava se divertindo... Interveio perguntando se tinha direito de pedir-lhe algo. Alvarez respondeu que seus desejos eram como ordens, então ela pediu-lhe que tratasse com consideração as pessoas que ela estimava. Ele respondeu que acreditava que o senhor Péricles tivesse senso de humor... Nancy concordou dizendo que exatamente por isso o convidado não lhe respondera a piada de mau gosto. Emendou que Péricles era mais que um amigo para ela.
Alvarez quis saber o que era então o “mais que um amigo”... Nancy respondeu que se tratava de um parente. Disse que depois explicaria melhor e que quando o marido chegou os dois falavam de coisas muito importantes para ela, e foi devido a tais assuntos que havia permitido que ele entrasse. No mesmo momento, Alvarez virou-se para Péricles pedindo-lhe “mil desculpas” e que esquecesse sua filosofia imprópria para fazer piadas. Depois disse que o rapaz podia se sentir em sua própria casa.
Péricles agradeceu...
Nancy anunciou que se retiraria, pois não se sentia bem.
Alvarez disse que iria ao escritório para trabalhar.
Indicação (não informada)
Um abraço,
Prof.Gilberto

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