segunda-feira, 6 de julho de 2020

Filme – “Dios se lo pague” – Nancy se convence de que deve fugir com Péricles; uma noite de ansiedade pelo fim da jornada com Alvarez; quatro da tarde, tudo pronto, mas o marido ainda estava em casa; uma última e difícil conversa no escritório

Talvez seja interessante retomar https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2020/07/filme-dios-se-lo-pague-pericles-e.html antes de ler esta postagem:

No alto da escada estava Nancy...
Ela olhava na direção da porta do escritório e viu quando Péricles se retirou. Desceu e o alcançou antes que ele saísse da casa. Ele a abraçou assim que a viu. Ela quis saber o que havia ocorrido e sua resposta foi direta... Não aconteceu nada e a pegaria às quatro horas do dia seguinte. Estaria num carro estacionado em frente da casa. Nancy disse que ele só podia estar louco...
Como iriam embora? No mesmo instante Péricles tirou o maço de notas do bolso interno de seu paletó, garantiu que podiam partir. Entregou-lhe os $100.000 pedindo para que guardasse com ela. Nancy ficou encantada com a soma e quis saber por que ele não lhe dissera a verdade sobre o dinheiro. Cinicamente, Péricles respondeu que quisera provar se apenas o amor que lhe demonstrara antes da chegada de Alvarez seria suficiente para convencê-la. Quis mostrar que sua posição era delicada, pois nunca a ouvira dizer que o amava.
Mostrando-se satisfeita com as explicações, Nancy o questionou se fazia falta uma palavra sua a respeito de seus sentimentos por ele. Péricles garantiu que não, pois sabia que ela o acompanharia a Montevidéu. Encaminharam-se à porta de saída e ele se despediu com um “até às quatro” para uma nova vida.
(...)
Ela voltou ao quarto... Colocou o maço de dinheiro numa gaveta junto à cabeceira da cama, deitou-se e deixou escapar um “amanhã às quatro e viver de novo”. Adormeceu com este pensamento.
(...)
A vemos apenas no dia seguinte...
Os ponteiros do relógio apontavam para as quatro horas. A tarde estava clara.
Nancy estava vestida elegantemente para a viagem... Abriu a gaveta e retirou os $100.000. Sobre a cama estavam as malas devidamente arrumadas.
A criada bateu à porta em atendimento a um seu chamado. Nancy quis que ela confirmasse se Alvarez já havia saído. A resposta da empregada foi negativa e ela se espantou, pois já eram quatro da tarde. A moça disse-lhe que o patrão passara a noite em claro e trabalhando.
Nancy pensou que tanto trabalho o havia atrasado... Quis saber se ele estava de saída e a criada respondeu negativamente mais uma vez. Esclareceu ainda que ele aguardava uma “visita muito importante”, certamente um senhor com o qual falara por um bom tempo ao telefone. Mas quem seria este? A moça não podia saber, pois o patrão fechara-se no escritório.
(...)
Uma vez que Nancy não tinha outras perguntas a fazer, dispensou a criada. Dirigiu-se ao relógio e foi tomada por certa agitação... Tanto é que se retirou às pressas do quarto. Desceu a escada e foi ter direto com Thomaz, a quem perguntou se alguém a teria procurado.
Thomaz respondeu negativamente... Ela baixou o olhar e perguntou-lhe as horas... Quatro e cinco. Voltou-se e caminhou em frente ao escritório... A porta se abriu, Alvarez estava feliz e pegou-lhe os braços... Perguntou-lhe se não estranhava o fato de ele ainda estar em casa àquela hora. De modo ríspido, ela respondeu que nada que partisse dele lhe causava qualquer estranhamento.
Nancy afastou as mãos do marido bruscamente e perguntou com agressividade se não era ele mesmo que a queria acostumada com seus modos excêntricos. Ao notar a agressividade de Nancy, Alvarez perguntou se ela estava de mau humor ou preocupada...
Ela respondeu com outra advertência ao dizer que ele nunca havia se importado com suas preocupações. Alvarez mostrou-se inabalável e garantiu que a partir daquele momento importava-se muito, pois o dia era de grandes novidades para os dois. E ela se importaria em saber?
Ele a levou ao escritório... Ela respondeu que tinha interesse de saber... Ele disse que em pouco tempo, talvez em uma hora, “Lohengrin deixará de ser Lohengrin”... Nancy cravou que não entendia nada do que ele dizia.
O que Alvarez queria dizer é que “uma vida nova” estava a se abrir para ambos. Algo muito diferente do que viviam até então. Então quis saber o que ela tinha a dizer sobre isso.
Ainda demonstrando-se agressiva, Nancy respondeu que não tinha vontade de ouvir a respeito de coisas que não entendia. Na sequência sentenciou que ia se retirar e pediu que a deixasse sair.
Indicação (não informada)
Um abraço,
Prof.Gilberto

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