domingo, 12 de julho de 2020

Filme – “Dios se lo pague” – Alvarez toma as providências derradeiras para que Nancy prossiga com o seu projeto junto ao Péricles; alguns papéis e o antigo amuleto como últimos presentes; Barata aparece à porta da mansão

Talvez seja interessante retomar https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2020/07/filme-dios-se-lo-pague-nancy-nao.html antes de ler esta postagem:

Ao longo dos anos Alvarez adquiriu as ações da indústria de tecidos Richardson. Com isso vingou-se do empresário salafrário que tanto o prejudicou no passado...
Nancy passou a fazer parte de sua vida, ele lhe garantiu todo o conforto que ela pudesse imaginar, todavia seu relacionamento era dos mais complexos, já que a mulher vivia sem saber da existência secreta do marido...
Como um Lohengrin, Alvarez a mantinha sem qualquer informação a respeito de seu passado e de suas andanças como mendigo e administrador da fortuna que adquiriu durante os anos. Por outro lado, ela também estava isenta de prestar-lhe contas sobre suas origens e história de vida.
(...)
Vimos que a vida social do casal era praticamente nula... Alvarez sequer participava das reuniões festivas em sua própria mansão. Apesar de todo conforto e agrados dispensados à mulher, ela não conseguia viver plenamente satisfeita... Isso favoreceu a aproximação de Péricles, o filho do velho Richardson acomodado a uma existência de vícios, sem compromissos com responsabilidade e acostumado a mentir para obter vantagens.
Alvarez estava disposto a iniciar uma nova vida com Nancy e a fez participar da reunião com o velho industrial... Na ocasião ela estava decidida a fugir com Péricles e em seu entendimento o marido só fez questão de sua presença para lhe mostrar o quanto era poderoso e cruel com os inimigos. Ela achou que Alvarez tinha conhecimento de seu plano de fuga.
Sem dúvida o mal entendido contribuiu para que a trágica verdade se revelasse para Alvarez. Estamos neste ponto em que Nancy mostra-lhe o pretendente a esperá-la em frente à mansão... Ela quis saber do marido qual atitude ele tomaria.

(...)

Alvarez disse à mulher que ela tinha razão... Algo precisava ser decidido. Ele chamou Thomaz e deu-lhe ordem para que descesse as malas de Nancy e que, ao levá-las para fora, pedisse ao cavalheiro que estava no automóvel que entrasse, pois queria falar-lhe.
Ele entrou no escritório e Nancy o seguiu. Ele pegou as ações e disse-lhe que os papéis eram o seu último presente e, sendo assim, podia fazer o que bem quisesse com os papéis (entregá-las ao Péricles, ao velho Richardson ou tornar-se ela mesma a dona da empresa).
A respeito dos $100.000 que a mulher tinha nas mãos, sugeriu que ela os entregasse ao tipo. Por fim desejou-lhe toda “felicidade que ela merece” e que cada vez que se lembrasse dele sentisse “nojo, rancor e humilhação”. E para que soubesse quem era ele, o homem com o qual passara os melhores anos da vida, entregou-lhe uma pequena caixa... Ao abri-la encontraria o seu nome.
Alvarez disse essas últimas palavras e se retirou... Nancy abriu a caixa e surpreendeu-se ao ver o amuleto de “boa sorte”, a camélia de tecido que ela recebeu da vendedora de caramelos e chocolates na noite em que estivera no cassino clandestino. Como sabemos, foi naquela ocasião que conheceu Péricles e seu vício, e mais tarde recebeu proteção do mendigo, a quem presenteou com o amuleto.
(...)
Com este último gesto, Alvarez praticamente revelou a sua identidade secreta. Comovida, Nancy apertou o amuleto contra o peito...
Chamaram à porta. Ela foi verificar no mesmo instante e deparou-se com um mendigo... Ninguém menos do que Barata, que pedia “uma esmola pelo amor de Deus”.
Ela abriu o portão... Mas a cena foi cortada e o cenário seguinte já era o da escadaria em frente à igreja.
Indicação (não informada)
Um abraço,
Prof.Gilberto

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