Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2017/05/a-volta-ao-mundo-em-oitenta-dias-de_20.html antes de ler esta postagem:
Verne narrou o engraçado episódio do reencontro de Fogg e Aouda com Passepartout em Yokohama...
O caso se deu numa tenda em que equilibristas e malabaristas se apresentavam. O criado francês estava entre os artistas e ao notar o seu patrão no meio do público abandonou o seu posto na base do “Carro de Jagarnate”...
Como sabemos, sua retirada espetacular resultou no desastre que interrompeu o espetáculo dos “narizes compridos”, dirigidos pelo honorável Batulcar.
(...)
O autor não deixou de
explicar o que ocorreu com o pequeno Tankadère desde que essa embarcação
alcançou as proximidades de Shangai, onde Fogg e os demais tripulantes
avistaram o navio que seguia para Yokohama...
De fato, John Bunsby colocou a bandeira “a meio pau” conforme o inglês
sugerira... O resultado foi o esperado, ou seja, o capitão da embarcação maior
aproximou-se da menor oferecendo socorro. Não é difícil depreender que Fogg, sua protegida e mais o comissário Fix conseguiram
embarcar.
Fogg
pagou o valor das passagens conforme foi acertado e não se esqueceu de acertar também
o pagamento de Bunsby, que terminou aquela jornada com quinhentas libras nos
bolsos.
(...)
O
desembarque de Fogg, Aouda e Fix em Yokohama deu-se na manhã de 14 de novembro.

Teriam
de encontrá-lo o quanto antes porque à noite partiriam para São Francisco. Como
não podia deixar de ser, os primeiros locais onde buscaram informações foram os
escritórios consulares da Inglaterra e da França... Não obtiveram êxito e
percorreram os bairros mais próximos do centro. Desesperançados, resolveram
entrar na tenda do espetáculo que vinha sendo anunciado pelas ruas.
Provavelmente Fogg
tenha se dedicado a observar as fisionomias dos espectadores... Certamente não
reconheceu Passepartout entre os artistas, mas no final, embora do modo mais espalhafatoso
, tudo terminou bem.
(...)
Foi Aouda quem contou
para o criado francês como se dera a travessia desde Hong Kong no pequeno
Tankadère... Ela contou a respeito de Fix, que também havia perdido o Carnatic
e aceitou embarcar com eles para Shangai.
Passepartout se
conteve ao ouvir o nome de Fix... Entendeu que não era momento de revelar a
Fogg o que havia se sucedido e nem o que mais sabia a respeito daquele tipo.
É por isso que ele
fez a sua narrativa acusando a si mesmo por ter extrapolado na bodega em Hong
Kong. Pediu desculpas por ter perdido o controle quando caiu no torpor provocado
pelo ópio.
Fogg o ouviu silenciosamente... Nada disse... Providenciou para que o
rapaz obtivesse no navio (que tinha o nome de General Grant e pertencia à “Companhia
Pacific Mail Steam”) os trajes mais adequados para a viagem.
Demorou
um pouco até que Passepartout se livrasse do comprido nariz e das asas que
caracterizavam os artistas chineses protegidos pelo deus Tingu.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2017/06/a-volta-ao-mundo-em-oitenta-dias-de_10.html
Leia: A
Volta ao Mundo em Oitenta Dias – Coleção “Eu Leio”. Editora Ática.
Um abraço,
Prof.Gilberto