sexta-feira, 9 de junho de 2017

“A Volta ao Mundo em Oitenta Dias”, de Júlio Verne – da “Coleção eu Leio” – retomando o encontro do Tankadère com a embarcação que deixava Shangai; Aouda contou ao francês a respeito da travessia que realizaram com Fix; Passepartout nada diz a respeito do policial; providenciando trajes adequados no General Grant

É tempo de voltarmos ao “Volta ao Mundo em oitenta Dias”...

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2017/05/a-volta-ao-mundo-em-oitenta-dias-de_20.html antes de ler esta postagem:

Verne narrou o engraçado episódio do reencontro de Fogg e Aouda com Passepartout em Yokohama...
O caso se deu numa tenda em que equilibristas e malabaristas se apresentavam. O criado francês estava entre os artistas e ao notar o seu patrão no meio do público abandonou o seu posto na base do “Carro de Jagarnate”...
Como sabemos, sua retirada espetacular resultou no desastre que interrompeu o espetáculo dos “narizes compridos”, dirigidos pelo honorável Batulcar.
(...)
O autor não deixou de explicar o que ocorreu com o pequeno Tankadère desde que essa embarcação alcançou as proximidades de Shangai, onde Fogg e os demais tripulantes avistaram o navio que seguia para Yokohama...
De fato, John Bunsby colocou a bandeira “a meio pau” conforme o inglês sugerira... O resultado foi o esperado, ou seja, o capitão da embarcação maior aproximou-se da menor oferecendo socorro. Não é difícil depreender que Fogg,  sua protegida e mais o comissário Fix conseguiram embarcar.
Fogg pagou o valor das passagens conforme foi acertado e não se esqueceu de acertar também o pagamento de Bunsby, que terminou aquela jornada com quinhentas libras nos bolsos.
(...)
O desembarque de Fogg, Aouda e Fix em Yokohama deu-se na manhã de 14 de novembro.
O policial ainda visivelmente constrangido agradeceu e desculpou-se por ter de se afastar para resolver assuntos particulares. Fogg e a jovem Aouda se dirigiram ao Carnatic e ouviram a confirmação de que o francês Passepartout viajara entre os seus passageiros. Isso foi motivo de manifesta alegria por parte da moça... Embora Fogg não expressasse qualquer reação que pudesse ser entendida como de alegria, empenhou-se no mesmo instante no projeto de percorrer a cidade para encontrar seu criado.
Teriam de encontrá-lo o quanto antes porque à noite partiriam para São Francisco. Como não podia deixar de ser, os primeiros locais onde buscaram informações foram os escritórios consulares da Inglaterra e da França... Não obtiveram êxito e percorreram os bairros mais próximos do centro. Desesperançados, resolveram entrar na tenda do espetáculo que vinha sendo anunciado pelas ruas.
Provavelmente Fogg tenha se dedicado a observar as fisionomias dos espectadores... Certamente não reconheceu Passepartout entre os artistas, mas no final, embora do modo mais espalhafatoso , tudo terminou bem.
(...)
Foi Aouda quem contou para o criado francês como se dera a travessia desde Hong Kong no pequeno Tankadère... Ela contou a respeito de Fix, que também havia perdido o Carnatic e  aceitou embarcar com eles para Shangai.
Passepartout se conteve ao ouvir o nome de Fix... Entendeu que não era momento de revelar a Fogg o que havia se sucedido e nem o que mais sabia a respeito daquele tipo.
É por isso que ele fez a sua narrativa acusando a si mesmo por ter extrapolado na bodega em Hong Kong. Pediu desculpas por ter perdido o controle quando caiu no torpor provocado pelo ópio.
Fogg o ouviu silenciosamente... Nada disse... Providenciou para que o rapaz obtivesse no navio (que tinha o nome de General Grant e pertencia à “Companhia Pacific Mail Steam”) os trajes mais adequados para a viagem.
Demorou um pouco até que Passepartout se livrasse do comprido nariz e das asas que caracterizavam os artistas chineses protegidos pelo deus Tingu.
Leia: A Volta ao Mundo em Oitenta Dias – Coleção “Eu Leio”. Editora Ática.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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