quarta-feira, 13 de novembro de 2013

“Os Mandarins”, de Simone de Beauvoir – Henri recorda-se o quanto já pretendeu esmurrar Volange, mas também nota que Huguette permanecia bela; Scriassine pretende levá-los ao Isba, mas Henri quer livrar-se de Louis; Claudie aparece e sugere a Henri que conheça Lucie Belhomme

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2013/11/os-mandarins-de-simone-de-beauvoir_12.html antes de ler esta postagem:

Perron pensou nos tempos em que desejava esmurrar Louis... Mas logo sua atenção voltou-se para Huguette, que disse que ele não havia mudado... Por sua vez, respondeu que trabalhava demais e, por isso, sua vida social se tornava restrita... Henri pensava que também ela havia mudado bem pouco, pois continuava loira, elegante e de sorriso perfumado...
Volange comentou sobre como deveria ser o ritmo de Henri e, elogiando a sua produção intelectual, destacou que seu livro alcançava valorização estupenda no “mercado negro”... E como se estivesse concluindo a respeito do sucesso de Perron, emendou que ele deveria ter explorado um “assunto de ouro”, pois “o livro se escrevia sozinho”... A crítica só podia ser positiva.
Henri ficou sem jeito e perguntou ao outro sobre seus afazeres... Volange respondeu que pretendia escrever num semanário, algo relacionado à crítica literária...
Scriassine estava impaciente, manifestou seu desejo de sair da casa com os amigos... Falou mal da música que tocava e disse que poderiam ir ao Isba... Henri brincou com ele, pois Scriassine surpreendia ao querer retornar à boate onde teve a carteira furtada, e disse que não teria como acompanhá-los (é claro que não desejava permanecer mais tempo com Louis), pois devia retornar ao jornal... Volange sentenciou que não apreciava as agitações as boates e, portanto, preferia permanecer no evento organizado por Claudie.
Scriassine ofereceu bebida a Perron... Huguette e Louis não bebiam... De repente Claudie apareceu e protestou contra o russo que, “além de ter insultado os seus convidados, atraiu a um canto a gente mais interessante”... O rapaz pediu que ela não falasse tão alto e fechasse a porta (é claro que queria preservar a privacidade de Henri)... Claudie decidiu permanecer entre eles despreocupadamente, pois sabia que a filha faria as vezes de “dona de casa” junto aos convidados...
Louis ofereceu cigarros americanos a todos e perguntou a Henri sobre suas atividades recentes. Ele respondeu que pensava em outro romance e que havia escrito uma peça... Disse isso porque Claudie revelou que Anne havia lhe falado a respeito. Henri explicou que três diretores já tinham recusado. Então a anfitriã sugeriu que ele conhecesse Lucie Belhomme (sobre este tipo, Claudie já havia conversado com Anne em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/10/os-mandarins-de-simone-de-beauvoir-uma.html)...
(...)
É claro que Henri não tinha a menor ideia de quem fosse. Então Claudie iniciou uma longa narrativa (digna das “revistas de celebridades”) em que esclareceu que Lucie Belhomme, também conhecida como Lulu, dirigia a “grande (e famosa) casa de costura” Amaryllis, era amante de Richeterre (cuja esposa, Juliette, havia se separado para casar com Vernon, diretor do Studio 46)... E sobre este Vernon, esclareceu que se tratava de um tipo extremamente obediente à esposa (de quem espera perdão devido às suas inúmeras amizades masculinas)... Juliette continuou fiel a Richeterre (que obedecia aos menores caprichos e solicitações de Lulu)...
Sem dúvida, uma frivolidade que não merece maior atenção. Mas logicamente Henri quis saber por que Claudie sugeria que ele conhecesse a tal Lucie... Ela explicou que Lucie tinha uma filha encantadora a quem esperava tornar atriz... Ambas participavam das reuniões às quintas-feiras na mansão (como aquela da qual Anne participou em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/10/os-mandarins-de-simone-de-beauvoir-uma.html)... Claudie sugeriu que Henri desse uma conferência para um grupo de endinheirados como forma de arrecadar fundos para um “lar para filhos de deportados”...
Henri detestava aquele tipo de evento, mas a outra garantiu que seria ocasião ideal para conhecer aquelas figuras e, quem sabe, encaminhar a sua peça... Claudie convencia Perron e gracejava com a situação que tramava, disse que “a caridade é bonita, mas precisa render”... Perron não recusaria contribuir para o bem dos necessitados... É claro que teria de suportar os “filantropos atazanadores”.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2013/11/os-mandarins-de-simone-de-beauvoir_14.html
Leia: Os Mandarins. Editora Nova Fronteira.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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