sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

“Androides sonham com ovelhas elétricas?”, de Philip K. Dick – atuação de Rachael a serviço da Rosen; aliciamento de “caçadores de androides” como Resch e Deckard

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/12/androides-sonham-com-ovelhas-eletricas_5.html antes de ler esta postagem:

Depois que acabaram de tomar o café, Deckard e Rachael seguiram para o terraço onde estava o hovercar...
(...)
Em direção ao subúrbio, ela comentou sobre a agradável noite que podia contemplar pela vidraça... Deckard lembrou que a sua cabra devia estar dormindo àquela hora... Também podia ser que não, já que ele nem tinha certeza dos hábitos caprinos, se eram ou não noturnos...
Rachael perguntou sobre a esposa de Deckard... Ela estava curiosa, mas ele nada disse... Depois da insistência da garota andy em saber como era a Irã, Rick falou que se (em vez de androide) Rachael fosse uma mulher de verdade se casaria com ela...
Rachael sugeriu que, em vez disso, poderiam “viver em pecado”... Mas ela nem era humana! Deckard não concordou totalmente com essa afirmação... Entendia que Rachael não fosse um “tipo vivente”, mas não podia compará-la aos animais falsos feitos de “circuitos transistorizados”.
Ele disse essas coisas e pensou no curto tempo que restava a ela... Pensou também nos momentos que passaram juntos. Depois voltou a garantir que, após eliminar os Baty, colocaria fim à sua “carreira de caçador de recompensas”.
Ela notou a tristeza do amigo e sentenciou-lhe que ele não conseguiria caçar androides por muito mais tempo. Rachael afirmou que todos os caçadores de andys que tinham se envolvido com ela acabaram deixando a profissão... Corrigiu-se na sequência e se lembrou de um “tipo maluco”, que possuía “metodologia muito estranha”... Esse foi o único que, depois de passar momentos de intimidade com ela, prosseguiu friamente com suas caçadas... Ela se lembrou de como o tipo se chamava: Phil Resch.
Foi como se Deckard recebesse um choque... Ele disse apenas que a entendia...
(...)
A garota andy esclareceu que ele não se arrependeria do contato que faria com Roy Baty, um tipo “maravilhoso, espiritual”... Sim, ela conhecera todos “quando ainda existiam”... Bem que ela havia tentado pará-lo antes que Polokov o alcançasse... Mas, como se sabe, não lograra êxito...
Rachael falou também sobre a convivência com Luba Luft... Quis saber se ele havia tido uma boa impressão da cantora lírica... Deckard respondeu positivamente.
Gostou, mas a matou?
A essa pergunta, ele respondeu que o assassino de Luba havia sido Phil Resch...
Só então Rachael ficou sabendo que Deckard havia sido acompanhado por Resch em seu retorno à Casa de Ópera... A comunicação (do esquema de proteção aos andys envolvia o “Departamento de Polícia paralelo” e, certamente, alguns elementos da Rosen, como Rachael) havia falhado. E é por isso que ela imaginava que ele havia sido o autor da eliminação de Luba.
(...)
Lembrando-se das notas de Dave, Deckard calculou que poderia aposentar Roy Baty. Talvez não fosse eficiente contra Irmgard (devido à sua empatia pelas andys)... Admitiu que, em relação à Pris, seria mesmo incompetente.
Deckard pensava sobre essas coisas... Rachael esclareceu que a Rosen se dedicava a contatar caçadores de recompensa (nos EUA e na URSS). Com ares de inocência, disse que não entendia por que tinha de se envolver com aqueles homens todos... Deckard disse que não acreditava que aquele expediente funcionasse perfeitamente... Ela discordou afirmando que “no caso dele” haviam logrado êxito...
(...)
Depois dessas revelações, Deckard lançou a dúvida... Será que ele havia sido mesmo afetado pelas “manobras” da Rosen, nas quais Rachael funcionava como pivô?
Ele quis saber de quantas outras “operações” como aquela ela havia participado...
Rachael não soube responder imediatamente... Seis, sete ou oito... Então se lembrou e cravou “nove”... Nove vezes esteve em ação nas operações de cooptação de caçadores de androides.
Leia: Androides sonham com ovelhas elétricas? Editora Aleph.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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