sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Capítulo XI de “O livro de Ouro da Mitologia - Cupido e Psique”, de Tomas Bulfinch por parâmetro em análise de “Eros e Psique”, da Coleção Mitológica – Parte III

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/02/capitulo-xi-de-o-livro-de-ouro-da_26.html antes de ler esta postagem:

Aqui retomamos o enredo a partir da visita das duas irmãs de Psique...
Como sabemos, movidas por sua inveja, elas deixaram a princesa assustada com a história de que o marido misterioso só podia ser o monstro anunciado pelo Oráculo... Convenceram-na de que o melhor que tinha a fazer era descobrir sua identidade.
(...)
Depois que as duas foram embora, Psique não conseguiu se desvencilhar dos conselhos. De fato, à noite ela levantou-se e seguiu munida de lâmpada e faca afiada para o aposento do esposo. Para a sua surpresa, em vez de um monstro, viu que ele era belo e encantador, um deus de “madeixas louras”... Na intenção de contemplá-lo mais de perto, acabou deixando “uma gota de óleo ardente” cair sobre seu ombro.
Cupido voou para o alto passando pela janela. Psique tentou alcançá-lo, mas acabou caindo... Nesse momento ele advertiu-a e a fez entender que havia sido tola ao confiar plenamente nas invejosas irmãs... Em vez de acreditar em seu amor, ela convenceu-se de que deveria cortar-lhe a cabeça.
É por isso que decidiu mandá-la de volta à família... Sentenciou que “o amor não pode viver com a desconfiança”, então o seu castigo seria o desprezo de quem a amava.
Abandonada pelo marido, Psique viu que à sua volta tudo desapareceu... Jardins e palácio luxuoso deixaram de existir como que por encanto. Sem saber como proceder, resolveu se encontrar com as irmãs... Falou-lhes sobre o seu infortúnio. Mas em vez de algum consolo ou lamentação, ouviu que alimentavam a esperança de serem escolhidas por ele como substitutas.
Na manhã seguinte as gananciosas irmãs de Psique levantaram-se bem cedo e dirigiram-se à montanha... Cada uma tentando se antecipar à outra, fizeram isso em segredo...
Cada uma (num momento diferente) convocou Zéfiro e pediu que fosse por ele levada...
Com as duas aconteceu a mesma coisa... Atiraram-se ao ar, mas em vez de serem sustentadas pelo deus do Vento, caíram e se despedaçaram precipício abaixo...
(...)
A narrativa de Roriz conta o fim trágico das irmãs de Psique de modo diferente. Como sabemos, as irmãs agiram juntas, esperaram que Zéfiro as conduzisse, mas foi Bóreas quem apareceu soprando-as para o Antigo Egito, onde se tornaram escravas pelo resto de suas vidas.
(...)
De sua parte, Psique prosseguiu caminhando em busca do marido. Não parou nem mesmo para se alimentar... Depois de muitos dias deparou-se com uma grande montanha onde se encontrava um templo majestoso. Ficou esperançosa, pois sentiu que iria reencontrá-lo por ali.
Psique entrou no templo e viu que nele reinava a desordem. Havia montes de trigo (em feixes e em espigas) misturados a espigas de cevada. Muitas ferramentas camponesas também podiam ser vistas largadas sem o menor cuidado... A reação de Psique foi tentar estabelecer um mínimo de ordem. Viu que o templo era devotado à Ceres (Deméter) e considerou que, qualquer que fosse a divindade, ela deveria se esmerar na devoção...
O texto de Bulfinch esclarece que a própria divindade se apiedou de Psique e relatou a ela que nada podia fazer em relação à ofensiva de Vênus... Então orientou que se apresentasse voluntariamente à deusa da beleza para conseguir o seu perdão.
Ceres explicou que ela devia se mostrar humilde e submissa...
Leia: Eros e Psique. Coleção Mitológica. Editora Paulus.
Leia: O Livro de Ouro da Mitologia. Ediouro.
Um abraço,
Prof.Gilberto

Páginas