terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

“Eros e Psique” – a partir de texto de João Pedro Roriz – Psique demonstra todo o seu sentimento em relação a Eros e aceita os desafios propostos por Afrodite; não aceitar significaria submeter-se à escravidão; falhar resultaria em morte; grande euforia toma conta do povo, que deseja sorte à sua princesa

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/02/eros-e-psique-partir-de-texto-de-joao.html antes de ler esta postagem:

É claro que Afrodite estranhou a postura de sua rival. Psique esclareceu que, com isso (reconhecia que errara e pedia perdão), pretendia acabar com os desentendimentos entre elas... A deusa explicou que as diferenças entre as duas seriam resolvidas com o trabalho escravo doméstico a que submeteria Psique. Isso, ela insistia, compensaria todos os prejuízos causados pela jovem... Revelou ainda a dramática situação vivida por Eros... Garantiu que, por tê-la enganado por tanto tempo, seria fatalmente condenado pelo tribunal do Olimpo.
Psique entristeceu-se e pediu à deusa que a escravizasse e a mandasse ao tribunal no lugar de seu amado... Afrodite viu coragem na manifestação da princesa, no entanto sentenciou que era por sua causa que Eros havia se corrompido...
Psique defendeu o seu amor e respondeu que a deusa poderia extrair-lhe a beleza... Disse que havia aprendido com o próprio Eros que “mesmo sendo monstruoso, pode-se amar e ser amado”... E finalizou clamando por piedade e pedindo permissão para amar o seu filho.
A deusa deixou bem claro que não era porque Psique se arriscara a encará-la naquele momento de tensão extrema que estava disposta a perdoá-la ou aceitar o casamento...
Humildemente, a princesa baixou a cabeça.
(...)
Na sequência, Afrodite perguntou se a jovem não temia a própria morte... Houve perplexidade geral... Então Psique respondeu que tinha aprendido com um amigo que “a Morte é um deus tão poderoso quanto a própria Afrodite”... Sendo assim, ele poderia tirar-lhe a vida, mas a deusa da beleza não.
Psique garantiu que não temia nem a morte nem o trabalho pesado a que a deusa pretendia submetê-la.
(...)
Afrodite, como que a pretender que a princesa confirmasse sua devoção a Eros, perguntou se ela o amava de fato... As lágrimas estavam a ponto de rolar sobre as faces de Psique, que garantia que sim, mesmo se estivesse perante a própria morte não hesitaria em manifestar o seu amor verdadeiro.
As pessoas ouviam com atenção o diálogo entre as duas belas mulheres, mas não podiam deixar de considerar que entre elas havia uma que era frágil mortal. Então se espantaram quando Afrodite disse que Psique deveria provar o seu valor se quisesse desposar Eros... E isso significava que a princesa teria de passar por três provas muito difíceis... Se falhasse em uma delas, morreria...
A deusa deixou claro que a princesa poderia se recusar, e isso não implicaria a sua morte, porém em contrapartida ela se tornaria sua escrava para o resto da vida em seu palácio.
Psique demonstrou que estava muito confiante e disse que aceitava qualquer desafio que lhe fosse apresentado... Afrodite parecia se divertir com as palavras da postulante, principalmente porque as tarefas estavam à altura de deuses... Mas a princesa não se importou. Ela voltou-se ao povaréu que assistia a tudo e falou bem alto (para que a ouvissem bem) que todos ali eram testemunhas do acerto que se firmava entre as duas... Deixou claro que aceitava os desafios e que esperava casar-se com o deus do Amor... Todos ficaram sabendo que ela estava consciente de que poderia morrer no caso de não ser forte o bastante para vencer os obstáculos que se lhe seriam apresentados.
O final desse episódio é apoteótico... Todos os que o presenciaram aplaudiram e gritaram incentivos à jovem princesa... Rei e rainha tremiam e estavam assustados, mas ao mesmo tempo sentiam orgulho de Psique e seu heroísmo.
As pessoas abriram passagem para permitir que a deusa e a bela mortal passassem para acessar a escadaria dourada que as levariam à Via-Láctea.
Leia: Eros e Psique. Coleção Mitológica. Editora Paulus.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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