sábado, 15 de fevereiro de 2014

“Eros e Psique” – a partir de texto de João Pedro Roriz – Eros se revolta ao ver Psique morrer; “morrer para se tornar imortal”; Psique reconhece em Zeus o amigo; a princesa teme não poder viver ao lado do amado; o amor é maior do que qualquer tentativa de separação

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/02/eros-e-psique-partir-de-texto-de-joao_6191.html antes de ler esta postagem:

Pelo portal, Eros viu Psique desfalecer tão logo abriu a caixa encomendada por Afrodite... Na sequência, Tânatos recolheu o corpo inerte... Aquilo não era um bom sinal, e o cupido disparou a acusação de assassinato contra a própria mãe.
(...)
Afrodite permaneceu calma e respondeu que ele a agradeceria por aquele infortúnio. Mas, sem Psique, Eros não saberia como dar prosseguimento à própria existência... Recorreu a Zeus e pediu-lhe que a trouxesse de volta. Zeus deixou claro que Tânatos é muito poderoso e não há como “mudar a natureza das coisas”. Mas Zeus esclareceu também que naquele caso específico a morte não era uma adversária...
Foi Afrodite quem explicou que Psique precisava morrer para se tornar imortal.
(...)
Na sequência houve um forte tremor no Olimpo. Pedras rolaram e uma grande fenda surgiu no chão. Espesso magma escorreu dali. Teve início um incêndio que fez os deuses se afastarem... Da fenda surgiu Tânatos carregando Psique. Ele a depositou no chão e retomou o caminho de volta para a fenda de onde havia saído.
Eros avançou para o corpo sem vida de sua amada. Comprovou que não havia mesmo nenhum sinal de vida nele. Como se fosse um louco pediu que ela voltasse a viver. Desesperado, pronunciava que o seu desejo era amá-la por toda a eternidade...
O jovem deus implorou para que ela não o abandonasse. Preferia partir com ela... Mais uma vez Zéfiro o abraçou tentando consolá-lo.
Mas aconteceu que Zeus chegou ao ouvido de Eros e sugeriu que ele chamasse sua amada pelo nome... O cupido repetiu inúmeras vezes o nome de Psique, mas em vez de novo fôlego, o corpo da amada encheu-se de marcas pretas e começou a definhar como se tivesse sendo corroído.
É claro que isso deixou Eros ainda mais angustiado. Foi então que Zeus deu um grito apavorante para anunciar que Psique estava revivendo... A partir de seu corpo, uma forte luz iluminou todo o ambiente. Zeus bateu seu cetro no peito do corpo sem vida... Os que presenciavam a cena tornaram-se cegos momentaneamente. A alma de Psique deixou a “carcaça carbonizada”.
(...)
Psique falou com Eros.
Ela estava muito confusa, sem saber o que havia ocorrido. Seu amado explicou que ela havia ressuscitado... A princesa reconheceu que por não ter controlado a curiosidade acabou punida com a morte.
Afrodite chamou-lhe a atenção garantindo que a partir de então ela se tornara uma imortal... E explicou que, para que chegasse a essa condição foi necessário perder o corpo físico...
Psique reconheceu o seu “amigo protetor” (aquele que se apresentou a ela quando deixou o palácio de Eros) entre os presentes. E ele era ninguém menos do que o próprio Zeus... O maior de todos os deuses fez um singelo gesto em sua direção. Nesse momento, Afrodite disse que ela mesma havia pedido para Zeus entregar à sua rival os três dons (política, sensibilidade e força). Mas ela garantiu que Psique só se tornou vencedora graças à sua determinação...
Foi com humildade que Psique reconheceu a sua falha na última tarefa porque considerou que apenas a “força bruta” bastaria “para vencer os perigos do Tártaro”. O desenrolar dos acontecimentos mostrou-lhe “que precisava de força de vontade” para sufocar sua curiosidade...
Zeus interveio garantindo que “às vezes, os pequenos atos são os que mais demandam força”.
Psique entendeu as mensagens que ouviu, mas estava profundamente triste por imaginar que a impediriam de viver junto ao seu amado... Afrodite sentenciou que os dois já viviam juntos e eram inseparáveis. O amor que os unia era tão sólido que nada poderia separá-los.
Isso ainda não é o fim.
Leia: Eros e Psique. Coleção Mitológica. Editora Paulus.
Um abraço,
Prof.Gilberto 

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