Pelo portal, Eros viu Psique desfalecer tão logo abriu a caixa encomendada por Afrodite... Na sequência, Tânatos recolheu o corpo inerte... Aquilo não era um bom sinal, e o cupido disparou a acusação de assassinato contra a própria mãe.
(...)
Afrodite permaneceu
calma e respondeu que ele a agradeceria por aquele infortúnio. Mas, sem Psique,
Eros não saberia como dar prosseguimento à própria existência... Recorreu a
Zeus e pediu-lhe que a trouxesse de volta. Zeus deixou claro que Tânatos é
muito poderoso e não há como “mudar a natureza das coisas”. Mas Zeus esclareceu
também que naquele caso específico a morte não era uma adversária...
Foi
Afrodite quem explicou que Psique precisava morrer para se tornar imortal.
(...)
Na sequência houve um forte
tremor no Olimpo. Pedras rolaram e uma grande fenda surgiu no chão. Espesso
magma escorreu dali. Teve início um incêndio que fez os deuses se afastarem...
Da fenda surgiu Tânatos carregando Psique. Ele a depositou no chão e retomou o
caminho de volta para a fenda de onde havia saído.
Eros
avançou para o corpo sem vida de sua amada. Comprovou que não havia mesmo
nenhum sinal de vida nele. Como se fosse um louco pediu que ela voltasse a
viver. Desesperado, pronunciava que o seu desejo era amá-la por toda a
eternidade...
O
jovem deus implorou para que ela não o abandonasse. Preferia partir com ela...
Mais uma vez Zéfiro o abraçou tentando consolá-lo.
Mas
aconteceu que Zeus chegou ao ouvido de Eros e sugeriu que ele chamasse sua
amada pelo nome... O cupido repetiu inúmeras vezes o nome de Psique, mas em vez
de novo fôlego, o corpo da amada encheu-se de marcas pretas e começou a
definhar como se tivesse sendo corroído.
É
claro que isso deixou Eros ainda mais angustiado. Foi então que Zeus deu um
grito apavorante para anunciar que Psique estava revivendo... A partir de seu
corpo, uma forte luz iluminou todo o ambiente. Zeus bateu seu cetro no peito do
corpo sem vida... Os que presenciavam a cena tornaram-se cegos momentaneamente.
A alma de Psique deixou a “carcaça carbonizada”.
(...)
Psique
falou com Eros.
Ela
estava muito confusa, sem saber o que havia ocorrido. Seu amado explicou que
ela havia ressuscitado... A princesa reconheceu que por não ter controlado a
curiosidade acabou punida com a morte.
Afrodite chamou-lhe a atenção garantindo que a partir
de então ela se tornara uma imortal... E explicou que, para que chegasse a essa
condição foi necessário perder o corpo físico...
Psique reconheceu o seu
“amigo protetor” (aquele que se apresentou a ela quando deixou o palácio de
Eros) entre os presentes. E ele era ninguém menos do que o próprio Zeus... O
maior de todos os deuses fez um singelo gesto em sua direção. Nesse momento,
Afrodite disse que ela mesma havia pedido para Zeus entregar à sua rival os
três dons (política, sensibilidade e força). Mas ela garantiu que Psique só se
tornou vencedora graças à sua determinação...
Foi com humildade que
Psique reconheceu a sua falha na última tarefa porque considerou que apenas a
“força bruta” bastaria “para vencer os perigos do Tártaro”. O desenrolar dos
acontecimentos mostrou-lhe “que precisava de força de vontade” para sufocar sua
curiosidade...
Zeus
interveio garantindo que “às vezes, os pequenos atos são os que mais demandam
força”.
Psique entendeu as
mensagens que ouviu, mas estava profundamente triste por imaginar que a
impediriam de viver junto ao seu amado... Afrodite sentenciou que os dois já
viviam juntos e eram inseparáveis. O amor que os unia era tão sólido que nada
poderia separá-los.
Isso ainda não é o fim.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/02/eros-e-psique-partir-de-texto-de-joao_16.html
Leia: Eros e Psique. Coleção Mitológica. Editora Paulus.
Um abraço,
Prof.Gilberto