domingo, 29 de maio de 2011

Filme: Treze Cadeiras - Primeira Parte

O filme nacional Treze Cadeiras é de 1957 e traz no elenco Oscarito, Renata Fronzi e Zé Trindade, entre outros. A produção é da “lendária” Atlântida e a direção coube a Francisco Eichlord.O filme permite-nos contemplar o Rio de Janeiro em seus últimos dias de capital da República. Essa possibilidade já vale a locação...


O enredo se inspira em texto russo, mas ficou bem adaptado ao nosso país. Oscarito foi um gênio da comédia nacional e está magnífico no papel de Bonifácio, um simples barbeiro do interior que fica vislumbrado ao saber que herdou (de uma tia) valiosa e grandiosa mansão na cidade grande.
Ocorre que ao chegar ao imenso prédio fica sabendo que ele não lhe pertence, já que a tia doou o imóvel a uma instituição de caridade. Bonifácio tem de se contentar com treze cadeiras, os bens mais valiosos que herdou. Ele deveria retirá-las imediatamente do prédio...


Sua sorte é que do outro lado da rua há uma loja que compra e vende móveis usados. O proprietário é Zé Trindade e a mulher. Este casal é uma comédia à parte, dado que Zé Trindade é muito engraçado e faz o papel de um tipo dominado pela esposa, que é quem de fato manda nos negócios.
Bonifácio consegue deixar as cadeiras, mas o que consegue por elas é bem pouco. Arranjou um adiantamento e saiu com Ivone (Renata Fronzi), dançarina em uma boate. Os dois haviam se conhecido há pouco tempo e a moça imaginava que Bonifácio tratava-se de um bom partido, mas ao perceber que ele permanecerá pobre “como sempre”, deixa-o largado à própria sorte... Bonifácio, então compra uma aguardente com o pouco que tem nos bolsos e afoga as mágoas.


Completamente embriagado, retorna à mansão onde passará a noite. Muito legais são os trechos em que ele conversa com o retrato da tia (antes de saber que não estava milionário, rasgou elogios e agradecimentos à tia... depois despejou injúrias e ofensas diversas). A falecida dá piscadelas e muda a fisionomia no retrato... Um envelope na parte de traz revela que ela deixou o retrato para o sobrinho.
Bonifácio quase tem um ataque... Seu estado deplorável leva-o a picotar o papel. Totalmente zonzo, nota que em um dos retalhos do papel consta referência a uma exorbitante quantia. Bonifácio, então, trata de montar o quebra-cabeça que o bilhete se tornou. Só então fica sabendo que no estofado de uma das cadeiras herdadas está a dinheirama toda.

Continua em https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2011/05/filme-treze-cadeiras-segunda-parte.html
Indicação (14 anos)

Um abraço,
Prof.Gilberto

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