O medo não era uma sensação para os príncipes e nobres. A literatura registra isso... A esses estavam reservadas situações que exigiam "destemor", bravura, heroísmo... Medo era para os demais mortais, aqueles que passavam a maior parte da vida no estafante trabalho braçal. E de que se tinha medo?
As pessoas tinham medo da escuridão, do desconhecimento das selvas habitada por feras como lobos, dos estrangeiros... Não por acaso as cidades eram muradas, e havia cidades (como Augsburgo) com muralhas estratégicas. Nessas, o visitante passava por portas de ferro e era vigiado por seguranças... Caso necessário homens instalados em certo compartimento (armados e em montaria) entravam em ação contra o intruso... O estrangeiro era ou não autorizado mediante pagamento em dinheiro.
Temiam-se os castigos que poderiam ser despejados pela ira de Deus.
As pessoas comuns tinham medo da morte, e de cometerem deslizes em relação aos senhores proprietários e ao clero... Tinham medo do Inferno... Os comportamentos considerados excêntricos eram perseguidos implacavelmente e, assim, normas eram estabelecidas para identificar e capturar bruxos, bruxas e certos animais que, de repente, tornavam-se mal afamados e vistos como agourentos. Tinha-se medo da Peste e dos moribundos de Peste...
Leia: História do Medo no Ocidente (1300-1800). Companhia das Letras.
Continua em https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2011/05/referencia-eneida-de-virgilio-no-inicio.html
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Um abraço,
Prof.Gilberto