História do medo no Ocidente, de Jean Delumeau, cita um trecho de “O sonho de uma noite de verão”, de Shakespeare, e tem a ver com um dos medos que a humanidade vivencia desde os seus primórdios – o medo da noite:
Eis a hora em que o leão ruge,
Em que o lobo uiva para a lua,
Enquanto ronca o rude lavrador,
Estafado por sua penosa tarefa,
Eis a hora em que as tochas crepitam apagando-se,
Enquanto a coruja, com seu pio agudo,
Lembra ao miserável, em seu leito de dor,
A recordação da mortalha.
Eis a hora da noite
em que as sepulturas escancaradas
Deixam escapar cada uma o seu espectro,
Para que vagueie pelos caminhos da igreja.
Um abraço,
Prof.Gilberto