O texto que produzi segue abaixo:
“Relação técnica-homem-tecnologia-cidadania” na análise da máquina do sistema funicular da vila de Paranapiacaba.

O funicular é um sistema de cabos que puxava e fazia descer composições ferroviárias a eles engatadas. Uma visita a Paranapiacaba revela-nos a relação técnica-homem-tecnologia-cidadania. Vejamos: a máquina não mais funciona, Há uns trinta e cinco anos o funicular (escrevi o texto em 2007) foi trocado por um sistema mais moderno e mais seguro conhecido como “cremalheira”. A presença daquele portentoso exemplar garante-nos que houve um momento (A máquina e o tempo da máquina) em que ela era a solução para o transporte da riqueza econômica serra abaixo. A máquina leva-nos a refletir sobre a sua criação, produto de uma necessidade e possibilidade advinda de uma tecnologia que, por aquele tempo, era o que havia de mais avançado. Podemos dizer que a máquina “regeu” a formação da vila. A vila e os homens ali existiram por causa dela. O seu funcionamento e manutenção dependiam do trabalho de homens ali empregados. Podemos detectar, a partir da observação de ferramentas remanescentes, dadas as suas dimensões e peso, o quanto sofreram aqueles ferroviários trabalhadores, cidadãos de uma vila caracterizada pela máquina, seus trens, sua estação... Notamos o seu abandono, vagões (alguns muito curiosos, como o funerário e o do imperador) ao relento sendo corroídos... Esquecidos... Mas a máquina lá está. Pronta, em potência, para re(funcionar).
Um abraço,
Prof.Gilberto