Paula é a filha do doutor...
Filha única de um casal bem colocado socialmente, a jovem pôde experimentar a formação tradicional tanto em casa quanto nas escolas destinadas aos filhos das famílias mais abastadas.
Vemos a moça participar de um disciplinado grupo de jovens bailarinos. O número que ensaiam evidencia que Paula terá um papel de destaque na próxima apresentação pública. Por isso a professora a chama para um exercício de concentração que a ajudará a expressar um sentimento interior evocado pela música e próprio de sua personagem.
(...)
O jovem Santiago é o namorado de Paula.
Aos
poucos, “como deve ser”, ele inicia a sua participação em alguns eventos da
família da moça... Sendo de “boa estirpe”, o rapaz é bem recebido na casa da
namorada. Mas neste ponto vale destacar que o seu desejo por um relacionamento
mais íntimo sofre alguns revezes. É verdade que Cláudio não é o tipo de pai
permissivo, todavia não é isso que trava o namoro. Santiago sabe que há algumas
incompatibilidades, já que ele parece não se interessar pelo balé da namorada.
Além disso, Paula é uma garota “de família”, é “caseira” e evidentemente ele
mesmo não a vê participando de suas aventuras noturnas com os amigos.
À
distância, Santiago vê o ensaio da namorada... Nota que a convivência no grupo
de balé e a própria peça da qual é protagonista levam a moça a contatos físicos
com outro jovem. Por isso, e também por causa de certas reações de Paula,
Santiago se sente enciumado.
(...)
Trata-se
de um amigo de Cláudio... Vivas, que é casado com Mabel.
Certo
dia ele apareceu no escritório com ares de mistério... Foi logo perguntando se o
doutor não tinha algum segredo que só podia ser revelado e debatido com um
amigo fiel... Sem dúvida aquela conversa era de causar espanto, sobretudo
porque de fato havia um segredo que Cláudio (o caso do estranho que ele
abandonou no deserto à própria sorte) não cogitava desabafar com ninguém, nem
mesmo com Vivas, velho amigo e frequentador de sua casa.
O advogado embaraçou-se e não conseguiu responder
objetivamente, então o outro o sossegou ao confessar que era ele quem estava
disposto a contar-lhe um segredo. Acontece que Vivas estava interessado em
tomar posse de uma “casa abandonada”. O imóvel localizava-se a alguns quarteirões
de onde ele morava. Estava muito empolgado e insistiu que o amigo precisava
conhecer a casa, de bom tamanho e com excelente área de quintal e jardim.
Temos de esclarecer aqui que a casa em questão é aquela
mesma que aparece logo no começo do filme... A casa que estava sendo saqueada!
O distinto senhor que chega no final da cena é este Vivas.
(...)
Mas então, do que se trata exatamente?
Vivas
insiste que a casa foi abandonada... Há tempos ninguém a reivindica! Seu plano consiste
em arranjar documentos que comprovem que ele a comprou. Cláudio mostrou-se
espantado e falou algo sobre uma possível ocupação e comprovação de “usocapião”,
que seria mais “razoável”.
Mas Vivas está convencido de que sua ideia é a melhor. Ela
já consultara um corretor e até sabia dos valores que deviam constar dos
papéis. O problema é que precisava da intervenção do amigo advogado (ninguém
mais apropriado!) e mais uma outra pessoa que se passasse por “vendedora” da
casa. Necessitava basicamente de documentos carimbados e registrados, além de
assinaturas.
Cláudio
sabia que o plano do amigo não era nada mais nada menos do que um golpe. Vê-se nitidamente
que ele se sentiu incomodado. O nome que podia dar àquela operação era
corrupção! Estaria disposto a arriscar sua reputação?
Vivas insiste que não há motivos para temores... Tinha
certeza de que tudo se acertaria, e para convencer o amigo convidou-o a uma
visita ao local.
Indicação (14 anos)
Um abraço,
Prof.Gilberto