sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Filme – “Vermelho Sol” – a respeito de Paula, a ajustada filha do advogado; Santiago, o namorado de “boa família”, e suas inseguranças; Vivas, velho amigo de Cláudio e um golpe que pode render um bom dinheiro; segredo e intenções em relação à “casa abandonada” da vizinhança

Talvez seja interessante retomar https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2019/08/filme-vermelho-sol-do-carater-funesto.html antes de ler esta postagem:

Paula é a filha do doutor...
Filha única de um casal bem colocado socialmente, a jovem pôde experimentar a formação tradicional tanto em casa quanto nas escolas destinadas aos filhos das famílias mais abastadas.
Vemos a moça participar de um disciplinado grupo de jovens bailarinos. O número que ensaiam evidencia que Paula terá um papel de destaque na próxima apresentação pública. Por isso a professora a chama para um exercício de concentração que a ajudará a expressar um sentimento interior evocado pela música e próprio de sua personagem.
(...)
O jovem Santiago é o namorado de Paula.
Aos poucos, “como deve ser”, ele inicia a sua participação em alguns eventos da família da moça... Sendo de “boa estirpe”, o rapaz é bem recebido na casa da namorada. Mas neste ponto vale destacar que o seu desejo por um relacionamento mais íntimo sofre alguns revezes. É verdade que Cláudio não é o tipo de pai permissivo, todavia não é isso que trava o namoro. Santiago sabe que há algumas incompatibilidades, já que ele parece não se interessar pelo balé da namorada. Além disso, Paula é uma garota “de família”, é “caseira” e evidentemente ele mesmo não a vê participando de suas aventuras noturnas com os amigos.
À distância, Santiago vê o ensaio da namorada... Nota que a convivência no grupo de balé e a própria peça da qual é protagonista levam a moça a contatos físicos com outro jovem. Por isso, e também por causa de certas reações de Paula, Santiago se sente enciumado.

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Há outro tipo sobre o qual temos de tecer algumas considerações...
Trata-se de um amigo de Cláudio... Vivas, que é casado com Mabel.
Certo dia ele apareceu no escritório com ares de mistério... Foi logo perguntando se o doutor não tinha algum segredo que só podia ser revelado e debatido com um amigo fiel... Sem dúvida aquela conversa era de causar espanto, sobretudo porque de fato havia um segredo que Cláudio (o caso do estranho que ele abandonou no deserto à própria sorte) não cogitava desabafar com ninguém, nem mesmo com Vivas, velho amigo e frequentador de sua casa.
O advogado embaraçou-se e não conseguiu responder objetivamente, então o outro o sossegou ao confessar que era ele quem estava disposto a contar-lhe um segredo. Acontece que Vivas estava interessado em tomar posse de uma “casa abandonada”. O imóvel localizava-se a alguns quarteirões de onde ele morava. Estava muito empolgado e insistiu que o amigo precisava conhecer a casa, de bom tamanho e com excelente área de quintal e jardim.
Temos de esclarecer aqui que a casa em questão é aquela mesma que aparece logo no começo do filme... A casa que estava sendo saqueada! O distinto senhor que chega no final da cena é este Vivas.
(...)
Mas então, do que se trata exatamente?
Vivas insiste que a casa foi abandonada... Há tempos ninguém a reivindica! Seu plano consiste em arranjar documentos que comprovem que ele a comprou. Cláudio mostrou-se espantado e falou algo sobre uma possível ocupação e comprovação de “usocapião”, que seria mais “razoável”.
Mas Vivas está convencido de que sua ideia é a melhor. Ela já consultara um corretor e até sabia dos valores que deviam constar dos papéis. O problema é que precisava da intervenção do amigo advogado (ninguém mais apropriado!) e mais uma outra pessoa que se passasse por “vendedora” da casa. Necessitava basicamente de documentos carimbados e registrados, além de assinaturas.
Cláudio sabia que o plano do amigo não era nada mais nada menos do que um golpe. Vê-se nitidamente que ele se sentiu incomodado. O nome que podia dar àquela operação era corrupção! Estaria disposto a arriscar sua reputação?
Vivas insiste que não há motivos para temores... Tinha certeza de que tudo se acertaria, e para convencer o amigo convidou-o a uma visita ao local.
Indicação (14 anos)
Um abraço,
Prof.Gilberto

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