sábado, 24 de agosto de 2019

Filme – “Vermelho Sol” – do início no qual se vê uma casa sendo saqueada; desagradável tumulto no restaurante e desdobramento inesperado para o doutor Cláudio e a esposa

No começo vemos uma casa de onde várias pessoas saem aos poucos, sós ou em pequenos grupos, e a intervalos não regulares. Elas levam objetos e utensílios diversos, relógio de parede, aparelho telefônico, televisão, sacolas e carriolas carregadas... Num primeiro momento temos a impressão de que se tratam de moradoras do local e que estão se dirigindo aos afazeres do cotidiano.
Essa é a abertura do filme...
Por fim, um tipo bem vestido aparece e cumprimenta uma distinta senhora que acabava de se retirar... Ele sai de cena, mas logo após retorna à casa e também entra, provavelmente depois de constatar que não estava sendo notado. Aí percebemos que a movimentação das pessoas não era normal... Evidentemente algo de errado estava acontecendo na casa! Ela estava sendo saqueada!
(...)
Numa noite de 1975...
Cláudio era um reconhecido advogado de provinciana cidade argentina. O vemos à mesa do movimentado restaurante. Ao seu redor estão famílias, casais e grupos de amigos que jantam animadamente.
Todas as mesas estão ocupadas... Um impaciente rapaz observa o doutor, que está à espera de Susana, sua esposa. O moço não se conforma porque Cláudio não fez nenhum pedido e mesmo assim permanece à mesa. Ele se aproxima e diz coisas ofensivas sobre sua condição de cliente que tem necessidade de se alimentar e não pode porque o outro ocupa a mesa sem nada pedir.
A situação é das mais desconfortáveis e o garçom intervém explicando ao estranho que o doutor chegou antes, e que ele bem faria aguardando uma mesa na antessala... A casa oferecia-lhe uma bebida.
O moço não aceita e insiste que além de estar sendo prejudicado, o estabelecimento cometia o erro de permitir que o outro ocupasse a mesa sem nada gastar. A movimentação chama a atenção dos demais clientes. Todos conhecem Cláudio e estranham o episódio... Ele percebe o inconveniente e anuncia ao garçom que está disposto a ceder para que o rapaz possa se satisfazer.
O advogado acomoda-se a um canto, onde acende um cigarro ao mesmo tempo em que encara o tipo. Este percebe e inicia nova discussão... Cláudio diz que certamente o moço teria muitos problemas porque era mal-educado, grosseiro e que isso só podia ser resultado de uma péssima formação familiar. Suas palavras foram provocativas e o jovem respondeu aos gritos. Seu tom de voz mais uma vez chamou a atenção dos demais... Ele percebeu e passou a agredi-los verbalmente, pois entendeu que não estavam aceitando a sua presença. Esquecendo-se de que estava ali para jantar, manifestou aversão e passou a chamá-los de fascistas.
Houve muito empurra-empurra até que um grupo de homens o cercou e o retirou do restaurante. Enfim tudo se acalmou e Cláudio pôde retornar à mesma mesa enquanto saudava a todos. Logo Susana chegou e puseram-se a jantar.
(...)
Aquilo não poderia acabar bem...
Depois de bela refeição, o casal deixou o restaurante... Mal colocou o carro em movimento, o advogado notou que o estranho aguardava a sua saída. O tipo atirou pedras contra os vidros de seu veículo e correu pelo entorno escurecido.
Susana implorou para que tomassem o caminho de casa. O primeiro movimento do marido foi de bater em retirada, mas ao perceber mais uma vez a presença do agressor, quis tirar satisfação e correu atrás do estranho.
Aconteceu que de repente o moço surgiu no seu encalço, o agrediu fisicamente e sacou uma arma... Cláudio implorou para que não atirasse, pois ele era casado e pai de uma filha (a jovem Paula).
No momento mais dramático, em vez de o tipo atirar contra o seu desafeto, posicionou o cano contra a boca e disparou contra a própria cabeça. Cães começaram a ladrar nas imediações...
A tensão tomou conta da atmosfera.
Indicação (14 anos)
Um abraço,
Prof.Gilberto

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