sexta-feira, 28 de julho de 2017

“A Volta ao Mundo em Oitenta Dias”, de Júlio Verne – da “Coleção eu Leio” – de volta ao tuíste; Fix por testemunha; atraso impede a descida em Plum Creek; o condutor propõe que o duelo se realize no último vagão; não seria por falta de tiros que a “questão de honra” não se resolveria

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2017/07/a-volta-ao-mundo-em-oitenta-dias-de_27.html antes de ler esta postagem:

Fogg e Proctor marcaram o encontro mortal para Plum Creek, a próxima estação.
O inglês retornou ao seu vagão, tranquilizou a jovem Aouda explicando que não se pode temer os tipos que bancam os valentões... Depois trocou palavras com Fix, apenas o suficiente para pedir-lhe que fosse sua testemunha no duelo. O policial aceitou...
Então os três jogadores retornaram às suas partidas de uíste como se nada de grave estivesse para ocorrer... Vemos que Fogg confirmou sua “saída” com o dez de espadas.
(...)
O trem chegou à estação Plum Creek às 11 horas da manhã...
Phileas Fogg levantou-se e caminhou pelo corredor em busca da saída... Fix o seguiu e, um pouco mais atrás, Passepartout encaminhou-se com os dois revólveres que o patrão utilizaria no combate.
A jovem Aouda permaneceu onde estava sem que conseguisse disfarçar todo o seu pavor.
No outro vagão, o coronel Proctor também dirigiu-se ao corredor e encaminhou-se para a saída. Um tipo o seguiu. Evidentemente tratava-se de sua testemunha.
Os dois duelistas estavam prestes a descer da composição quando o condutor apareceu anunciando aos gritos que ninguém poderia descer à estação. Proctor quis saber o motivo e o funcionário explicou que estavam com um atraso de vinte minutos...
O trem parou apenas para o desembarque dos que haviam chegado ao seu destino (e também para que novos passageiros subissem)... Todos ouviram a sineta que sinalizava a partida imediata da composição.
O coronel insistiu que tinha que duelar com o inglês...
O condutor respondeu que lamentava a situação, mas não podia permitir mais atrasos... Apesar disso, considerou a possibilidade de os dois resolverem seu entrevero no próprio trem em movimento.
Proctor deu a entender que não fazia nenhuma objeção, todavia acrescentou que o cavalheiro inglês talvez não concordasse com a solução. No mesmo instante, Fogg disse que a ideia era “perfeitamente aceitável”.
(...)
Passepartout ouviu a tudo o que disseram e pensou que o que estava acontecendo devia-se ao fato de estarem em terras da América. Espantou-se sobretudo com o modo como o condutor remediou a situação que tanto desagradou os duelistas sem se importar com o fato de a alternativa sugerida potencializar um homicídio em seu trem.
Formou-se uma “comitiva”... À frente estava o condutor, que foi seguido pelos duelistas, suas testemunhas e Passepartout. Eles percorreram os vários vagões em direção ao “fundo do trem”, onde havia uns doze passageiros.
Tudo o que o condutor teve de fazer foi solicitar às pessoas que deixassem o vagão livre por um breve instante... Explicou-lhes que dois cavalheiros tinham de resolver uma “questão de honra”.
Ninguém objetou. Pelo contrário! Todos os passageiros do último vagão entenderam perfeitamente a situação e “com grande prazer” retiravam-se para que os dois cavalheiros resolvessem sua pendenga.
(...)
O último vagão tinha quinze metros...
Os duelistas iniciariam sua disputa, cada um numa das extremidades, avançando em direção ao oponente e disparando suas armas.
Cada um portava dois revólveres... Cada arma havia sido carregada com seis balaços. Munição mais suficiente para provocar muito barulho.
A questão não se resumia a saber quantos tiros seriam disparados pelos contendores. Ao final do tiroteio haveria um vencedor?
Leia: A Volta ao Mundo em Oitenta Dias – Coleção “Eu Leio”. Editora Ática.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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