O livro começa com uma carta à Camila, garota de
oito anos que vai ter um irmãozinho em breve... Quem escreve é Joakim. Com ele
a menina havia passado as “ultimas férias de outubro”, com passeios na praia,
pelo ancoradouro... Na ocasião, Camila brincou com o “telescópio de astrônomo
durante as noites claras”... Quando não deu, fizeram panquecas na cozinha.
Podemos entender que
a narração que segue é o conteúdo da carta que Joakim escreveu à garota. A
leitura contribuirá para algumas reflexões... Talvez uma "introdução ao filosofar”...
Joakim resolveu escrever
sobre quando tinha a mesma idade de Camila e também estava para receber um
irmãozinho ou irmãzinha... Ele segue narrando que se lembra que a mãe dizia que
o bebê estava de ponta cabeça em sua barriga e que dava-lhe pontapés... O
menino Joakim entendia que o bebê incomodava...
Adulto, Joakim tece
palavras sobre o modo como as pessoas tratam umas às outras... O que é uma
pessoa comum? O que é um dia comum? Galinhas e ovos são realidades com as quais
nos acostumamos... Mas não é tão fácil aceitarmos que as aves vivem para servir
aos humanos (?)... Sem trauma algum, nos apossamos dos ovos (potenciais filhotes
das galinhas) e os utilizamos para gemadas, panquecas, omeletes e receitas
diversas...
Aquelas indagações tumultuavam a cabeça de Joakim quando ele tinha os seus
oito anos... Comparava o irmãozinho que nasceria a um astronauta do espaço
sideral... Sua chegada deveria significar algo mais ou menos como a aterrissagem
de um astronauta em um planeta estranho...
Na noite em que seus
pais foram para o hospital, Joakim foi acordado pelo pai... Ficou sabendo que
deveria ficar só em casa até que a tia Helena viesse para fazer-lhe
companhia... Então decidiu que brincaria montando espaçonaves com o lego, um de
seus passatempos prediletos.
Estava em seu
entretenimento quando ouviu um estrondo no jardim... A noite já não era a “escuridão
total”, pois passava a um “azul escuro”. Joakim recorda-se de ter visto uma
estrela cadente... Considerou mesmo que aquilo podia significar um prenúncio da
chegada de seu irmãozinho... Obviamente o barulho o fez seguir para o jardim,
onde se deparou com um garoto pendurado de ponta cabeça na macieira...
O
tipo estranho disse que aquilo só podia ser um sonho... Joakim pensou se ele
mesmo não poderia proferir as mesmas palavras... Ao vê-lo, o pendurado quis
saber quem era aquele que o observava. Joakim disse o seu nome e ouviu que o
outro se chamava Mika.
Continua em https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2012/12/ei-tem-alguem-ai-de-jostein-gaarder-as.html
Leia: Ei! Tem alguém aí? Companhia das Letrinhas.
Um abraço,
Prof.Gilberto