sexta-feira, 30 de novembro de 2012

“A invenção de Hugo Cabret”, de Brian Selznick – dona Emile conta o caso do cadáver encontrado no fundo do Senna; o menino Cabret é descoberto por ela, pelo senhor Frick e pelo inspetor da estação; Hugo é perseguido até ser capturado

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/11/a-invencao-de-hugo-cabret-de-brian_27.html antes de ler esta postagem:

O menino Cabret passou a ter outro objetivo... Pretendia chegar à estação, seguir até os aposentos e de lá retirar o autômato para entregá-lo a Méliès. Sua tarefa, sabia bem, não seria fácil, dado o lastimável estado de sua mão.
A estação estava lotada e Hugo aproximou-se do café, onde se apropriou de gelo para aliviar as suas dores, e de uma garrafa de leite. Não pôde deixar de atentar-se à conversa da senhora Emile, dona do café, com o senhor Frick, o jornaleiro. A mulher falava sobre um corpo que havia sido encontrado no fundo do rio Sena... O cadáver só foi descoberto por causa da dragagem que se operava no rio... Dona Emile demonstrava espanto porque o caso policial era mesmo intrigante... O corpo, dizia, devia estar a muito tempo no fundo do rio, talvez anos... A polícia só chegou a identificá-lo depois de periciar um frasco de prata que estava num dos bolsos do homem... Nele estava gravado o nome do tipo...
Então a mulher revelou que o cadáver era Claude, o cronometrista da estação (tio de Hugo) que vivia bêbado... O menino sabia mesmo que o tio devia estar morto, mas tinha certeza de que a narrativa da mulher exagerava no tempo de sua morte... Hugo sabia que, no máximo, a morte do tio poderia ter ocorrido há alguns meses. Mas neste ponto da conversa o garoto percebeu que a trama era um pouco mais complicada.
Ele ouviu o senhor Frick lamentar não ter sido o primeiro a saber do ocorrido e destacar que ninguém havia notado a falta do cronometrista... A senhora Emille o fez notar que enquanto ninguém incomodou o cadáver do bêbado Claude, seu fantasma tratou de fazer a manutenção dos relógios da estação, mas com o resgate de seu corpo o fantasma “sentiu-se incomodado” e deixou de cuidar dos relógios... A mulher destacava que era por isso que os relógios estavam parando. E concluiu: “A estação está assombrada!”
Ao ouvir a história contada pela mulher, Hugo notou que aquilo dizia-lhe respeito. Fatalmente sua condição de intruso seria descoberta. Assustado, largou gelo e garrafa de leite, que caíram provocando barulho. A mulher gritou ao descobrir quem vinha roubando-lhe garrafas de leite e pães. O menino saiu em disparada no meio da multidão e conseguiu chegar até o seu esconderijo.
Foi com muito esforço que Hugo arranjou a melhor forma de transportar o boneco. Quando estava para sair, bateram na porta e ele supôs que fosse Isabelle... Mas antes que ele abrisse, a porta foi brutalmente arrombada... Eram a senhora Emille e o senhor Frick, que chegaram acompanhados pelo inspetor da estação... O inspetor agarrou o braço do menino que, na tentativa de se desvencilhar, deixou cair o autômato.
A dona Emille e o senhor Frick reconheceram o gatuno acusado dos furtos de leite e croissants... O inspetor disse que cuidaria do assunto a partir daquele momento. Frick queria saber que lugar era aquele e o inspetor revelou que tratava-se do apartamento do cronometrista... A senhora Emille retirou-se em disparada no mesmo instante. Evidentemente ainda pensava no “caso do fantasma da estação”. O senhor Frick fez o mesmo, retirando-se na sequência.
O inspetor olhou em volta viu o boneco mecânico no chão e perguntou o que estava acontecendo ali. O pequeno Hugo apavorou-se com seu carrasco... Notou  seus dentes horríveis, sua orelha faltando um pedaço e o seu fedor que lembrava repolho apodrecido. Tanto circulou pelo quarto arrastando o menino, que deparou-se com os envelopes contendo os cheques-salários de Claude. Então o homem insistiu em saber o que ocorreu com o cronometrista e como é que o menino conhecia aquele apartamento...
Um “vacilo” do inspetor e Hugo conseguiu escapar.
Uma grande sequência de ilustrações nos leva a perceber a determinação do perseguidor e o pavor do perseguido. Vemos Hugo de olhos arregalados, correndo pelos interiores das paredes da estação, subindo escadas com o inspetor em seu encalço. Conhecedor dos porões, o menino conseguia esconder-se por algum tempo, mas logo o inspetor aparecia...
Vemos Hugo num dos mais altos relógios, mas também ali ele foi alcançado... Nova corrida e sabemos que ele conseguiu escapar pela portinhola e se misturou entre os usuários da estação. Mas o inspetor também é ágil e logo se aproximou do menino.
Não teve jeito. Hugo acabou tropeçando e, caindo, foi dominado pela senhora Emille e por Frick. O menino foi colocado de pé... Em prantos pedia que o soltassem ... Agarrado pelos dois braços, ele viu a chegada do inspetor que sentenciava que só o soltaria na cadeia.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/12/a-invencao-de-hugo-cabret-de-brian.html
Leia: A invenção de Hugo Cabret. Edições SM.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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